Futebol
Feminino/ Mundial arrancou
com triunfo da Nova Zelândia
Bissau, 20 Jul 23 (ANG) - O Mundial feminino 2023 arrancou com um
sabor agridoce na Nova Zelândia devido a um ataque armado na manha de
quinta-feira e que vitimou três pessoas, e à noite, a população festejou o
triunfo da equipa da casa sobre a Noruega.
O público estava chocado pelo
acontecimento, visto que a Nova Zelândia é um dos países mais seguros do mundo,
mas como afirmou o Primeiro-ministro neo-zelandês, Chris Hipkins, “foi um caso
isolado e a segurança nacional não está em perigo”.
A FIFA também deixou bem claro que o
ataque foi um acontecimento grave, mas que a prova ia seguir normalmente o seu
caminho em consonância com as autoridades.
O Estádio Eden Park, em Auckland, recebeu
o jogo de abertura perante 42 137 espectadores. A cerimónia de abertura
decorreu em pouco mais de dez minutos com uma homenagem à cultura
neo-zelandesa.
Antes de uma homenagem às vítimas do
ataque com um minuto de silêncio antes do apito inicial da árbitra japonesa
Yoshimi Yamashita.
O jogo arrancou sob os aplausos do público
presente nas bancadas e onde várias nacionalidades estavam como uma adepta
brasileira, Gracie, que veio apoiar a selecção neo-zelandesa, ela morando na
Nova Zelândia há mais de 20 anos, e isto apesar de acreditar num triunfo do
Brasil neste Mundial.
As neo-zelandesas entraram melhor no
Estádio Eden Park, mais habituado a receber os encontros dos ‘All Blacks’, a
selecção de râguebi masculina.
As ‘Ferns’, alcunha da equipa da casa,
criavam oportunidades, sobretudo graças à velocidade de Hannah Wilkinson, que
conseguia sempre ganhar à sua adversária do ponto de vista da rapidez, mas
perdia depois na parte técnica.
A Noruega sobrevivia graças à
ponta-de-lança, Ada Hegerberg, primeira jogadora a ter vencido a Bola de Ouro
Feminina atribuída pela revista francesa ‘France Football’. A jogadora do Lyon,
em França, tentava estar em todas as ofensivas norueguesas, mas não conseguia
fazer tudo sozinha. Aos 20 minutos de jogo, após um cruzamento, Ada Hegerberg
numa posição complicada, com defesas à sua volta, decidiu dar a bola a Frida
Maanum, isolada na área, que acabou por rematar por cima da baliza.
Até ao intervalo, pouco mais se viu das
norueguesas, enquanto as neo-zelandesas pecavam na finalização.
A segunda parte começou com a mesma
fisionomia do que a primeira, no entanto o resultado vai mudar rapidamente.
Aos 48 minutos de jogo, Jacqueline Hand,
lançado em profundidade, ultrapassou a sua adversária no lado direito do ataque
neo-zelandês, e cruzou para a área onde Hannah Wilkinson ‘apenas’ teve de
empurrar para o fundo da baliza de Aurora Mikalsen.
Hannah Wilkinson, ponta-de-lança
neo-zelandesa de 31 anos, já tinha apontado dois golos em mundiais, em 2011 e
em 2015. Desta vez a jogadora abriu o marcador e sobretudo apontou o primeiro
tento da competição que decorre na Nova Zelândia.
De notar que Hannah Wilkinson já
representou vários clubes na Nova Zelândia, nos Estados Unidos, na Alemanha, na
Suécia, na Austrália e... em Portugal onde vestiu a camisola do Sporting Clube
de Portugal na época 2019/2020 tendo apontado 16 golos em 20 jogos.
As norueguesas não conseguiram empatar
apesar dos esforços e das melhorias do conjunto europeu. Aos 82 minutos, a
norueguesa Tuva Hansen rematou de pé direito à baliza, mas a guarda-redes da
Nova Zelândia, Victoria Esson, desviou a bola que acabou por bater na trave.
A Nova Zelândia teve uma oportunidade
soberana para apontar um segundo tento aos 89 minutos visto que a árbitra
assinalou uma grande penalidade após uma mão na bola, na área, da norueguesa
Tuva Hansen após um cruzamento de Malia Steinmetz. No entanto, na marcação da
grande penalidade, a capitã Ria Percival atirou... ao poste e falhou o segundo
golo neo-zelandês.
Em dia ensombrado pela morte de dois
civis, a Nova Zelândia reergueu-se e ainda conseguiu sorrir nesta quinta-feira
20 de Julho após o triunfo por 1-0 perante a Noruega, selecção campeã do mundo
em 1995.
Na segunda jornada, a Nova Zelândia
defronta as Filipinas, enquanto a Noruega vai ter de reagir frente à Suíça, a
25 de Julho. ANG/RFI
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