sexta-feira, 28 de julho de 2023

Educação/ Secretário-geral do Ministério pede mais atenção do Governo para sector

Bissau, 28 jul 23 (ANG) – O secretário-geral do Ministério da Educação Nacional pediu mais atenção do Governo para o sector da educação, porque o sistema do ensino não pode continuar  a funcionar só com apoio dos parceiros.


Bernardo Pinto Pereira  qua falava hoje na cerimónia de encerramento do ano lectivo 2022/2023, voltou a defender que o Governo, através do Ministério da Educação não pode continuar a pagar pessoas que não estão a prestar o serviços ao Estado.

Na ocasião, fez um balanço positivo do ano lectivo, por ter terminado sem greve.

Paulo Có, diretor-geral do Ensino Básico e Segundário do Ministério da Educação Nacional, manifestou a sua satisfação com fecho do ano, com pouca interrupção, graças ao diálogo permanente e descreto com sindicatos do sector.

Em termos de perspectiva, Paulo Có disse que pretedem iniciar as aulas no mês de setembro razão pela qual já iniciou o processo de matriculas em todas as escolas que irão decorrer até o meio do mês de agosto.

Para além disso, segundo Paulo Có, estão a trabalhar na melhoria de condições de infraestruturas e algumas escolas que precisam para que possam funcionar em condições normais.

O Presidente da Confederaçâo das Associações Estudantis da Guiné-Bissau(Conaiguib), Rosália  Djedju disse que  o ano foi concluido com grande esforços e sem paralizações.

Disse contudo estar preocupada com a falta de profesores nas escolas e  não conclusão da boa parte dos conteúdos programáticos, porque a educação se faz com o cumprimento dos conteúdos programados para que os alunos possam apreender.

Para o efeito, encoraja a ministra a prosseguir com os trabalhos levados a cabo para elevar qualidade do ensino.

“Propus ao novo Governo no sentido atribuir ou aumentar  a percentagem no orçamento ao sector da educação , porque os 11 por centos são insuficientes para atender as necessidades na ârea”, disse.

O Presidente da Associação dos Pais e Encarregados de Educação das escola públicas, Abu indjai destacou os esforços e os trabalhos que foram desenvolvidos durante o ano letcivo pelas diferentes direções do Ministério e com apoio dos parceiros do sector, tais como a reforma curricular e elaboração de novos manuais de primeiro à quarto ano entre outros.

Abu indjai se congratulou com decisão do Governo, através dos serviços dos Recursos Humanos do Ministério no levantamento do número real  dos quadros em função no terreno e ao serviço de inspeção na identificação das escolas privadas proliferadas em termos de condições ou não para funcionamento.

Pediu aos Pais, no sentido de acompanhar o processo de educação dos seus filhos, porque o professor não pode desempenhar a função de instrutor académico e educador ao mesmo tempo.

O Presidente do Sindicato Nacional dos Professores (SINAPROF), Domingos de Carvalho, disse que a insuficiência das infraestruturas escolares, o fraco investimento dos sucessivos Governo e de pouca capacidade de atrair investimentos no sector, por causa da falta da vontade politica, tem contribuído negativamente para desenvolvimento da educação e um ensino de qualidade gratuito e inclusivo.

“Na Assembleia Geral das Nações Unidas de  2000, os chefes de Estados e de Governo para além de declararem o seus apoios a democracia e aos direitos humanos, fixaram oito objectivos para desenvolvimento e erradicação da pobreza até 20215”, lembrou.

Acrescentou que, era para alcançar a parceria mundial para desenvolvimento, mas infelizmente a Guiné Bissau falhou  e não atingiu a metas, razão pela qual a taxa de analfabetismo continua elevada com 48 por cento.

 Disse que, o objectivo de desenvolvimento sustentável de 2015/2030 está a quem da expectativa na Guiné-Bissau, que ainda depara com a falta das infraestruturas e ausência de um plano de capacitação pedagógica dos professores e falta dos materiais dedáticos para os alunos.

Por isso, pediu as organizações internacionais parceira, no sentido de continuarem a apoiar o sector educativo com vista a responder as exigências impostas pela conjuntura atual para alcançar a meta definida pelos objectivos do desenvolvimento sustentável 2015 2030.

“A elevada taxa de analfabetismo, fraca capacidade dos professores, a degradação avançada da infraestruturas, greves constantes na educação constituiram preocupações das organizações sindicais do sector da educação”, afirmou Domingos de Carvalho.

Disse que, mais de 59 mil crianças de pré-escolar até 12 anos, ficaram sem professores desde outubro de 2022 até julho de 2023.

Por isso, disse ser urgente recrutamento e colocação dos professores de novos ingressos de acordo com vagas existentes, pagamento de todos os atrasados salarial aos professores que trabalharam durante o ano lectivo findo e a conclusão do processo de efetivação de todos os docentes entre outras exigências como forma de melhorar o nivel do ensino guineense.

O Representante do Fundo das Nações Unidas para Infância(Unicef),  wesley Galt, disse que o encerramento do ano lectivo é sempre uma ocasião de celebração por ter finalizado uma etapa, mas também deve servir de reflexão sobre os prinicipais conquistas e particularmente dos desafios.

“Esta análise acontece em diferentes níveis entre alunos, professores e diretores das escolas, é por isso que, com muito prazer que estou aqui para felicitar a todos pelo esforços feitos para conclusão de mais um ano lectivo”, afirmou. 

Disse que os parceiros congratularam-se com os esforços empreendidos para conclusão deste ano e que vão continuar apoiar o sector da educação.

Wesley Galt exortou ao Ministerio da Educação a garantir que todas as crianças tenham acesso a uma educação de qualidade, por forma a garantir que o apreendizagem aconteça sem deixar ninguém para atrás.ANG/LPG/ÂC

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