Niger/General Abdourahmane Tchiani é o líder da nova junta no poder do Níger
Bissau, 28 jul 23 (ANG) - O general Abdourahmane Tchiani apresentou-se hoje, na televisão estatal do Níger, como o líder dos soldados amotinados que detiveram o Presidente eleito democraticamente e levaram a cabo um golpe de Estado neste país africano.
Tchiani dirigiu-se hoje à
nação, dois dias depois do golpe de Estado contra o Presidente Mohamed Bazoum,
e explicou que, como o país precisava de mudar de rumo para evitar a
"gradual e inevitável morte", ele próprio e outros decidiram
intervir.
Enquanto falava, a televisão
estatal identificou-o com o líder do Conselho Nacional para a Salvaguarda da
Pátria, o nome do grupo de soldados que fizeram, na quarta-feira, um golpe de
Estado neste país da região do Sahel.
Havia uma "retórica
política" que queria fazer crer que "tudo estava bem", mas havia
"a dura realidade com mortos, deslocados, humilhação e frustração",
disse o novo homem-forte do Níger, para quem "a abordagem atual em matéria
de segurança não permitiu garantir a segurança do país, apesar dos pesados sacrifícios
feitos pelo povo do Níger e do apoio apreciado e valorizado dos nossos
parceiros externos".
Classificado pela agência
francesa de notícias, a France-Presse (AFP), como um "discreto oficial
superior", Tchiani é comandante da guarda presidencial desde a sua
nomeação em 2011 por Issoufou Mahamadou, o antecessor de Mohamed Bazoum.
O general Tchiani estava
ausente quando os golpistas anunciaram o golpe na televisão nacional, na
quarta-feira à noite, mas foi representado pelo seu adjunto, o coronel Ibroh
Amadou Bacharou.
O presidente deposto está
detido desde a manhã de quarta-feira no palácio presidencial, na sua residência
privada situada no interior do campo militar da Guarda Presidencial comandada
precisamente pelo general Tchiani.
Depois do Mali e do Burkina
Faso, o Níger, até agora aliado dos países ocidentais, tornou-se o terceiro
país da região do Sahel, assolada por ataques de grupos ligados ao Estado
Islâmico e à Al-Qaeda, a sofrer um golpe de Estado desde 2020.ANG/Lusa
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