Angola/Polícia afirma que recurso à força resulta de excessos dos manifestantes
Bissau, 14 Jul 23 (ANG) - O director de Segurança Pública da Polícia Nacional (PN), Orlando Bernardo, afirmou, esta sexta-feira, que a corporação tem um papel didáctico nas manifestações e o recurso ao uso da força acontece, de forma proporcional, quando está em causa a violação de outros direitos.
Segundo o oficial, que
falava à ANGOP a propósito de uma petição da Amnistia Internacional
Portugal, para pôr fim ao suposto "uso da força excessiva,
desproporcionada e letal pelas forças de segurança angolanas", essa acção
da Polícia só acontece quando há excessos dos manifestantes.
Conforme a fonte, a
Polícia não impede manifestações que estão consagradas na Lei, mas intervém
quando as mesmas perigarem a ordem e a integridade dos cidadãos.
Segundo Orlando
Bernardo, as forças de defesa e segurança têm o papel de repor a ordem pública,
em caso de violação desta. "Do nosso lado, temos que ter em atenção a Lei
e o dever de proteger as pessoas, os seus bens e o Estado de Direito e
Democrático", afirmou.
Nos termos da Lei
angolana, o agente da PNA pode usar os meios coercivos de que dispõe, entre
outras circunstâncias, para suster ou impedir atentados contra instalações do
Estado, de utilidade pública, sociais, ou contra aeronave, navio, comboio,
veículo de transporte colectivo de passageiros ou veículo de transporte de bens
perigosos.
Nos últimos anos, Angola
registou algumas manifestações ditas pacíficas, que resultaram em actos de
arruaça e vandismo de bens públicos, por parte dos manifestantes, reprimidas
pelas forças de defesa e segurança. ANG/RFI
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