Política/ Domingos Simões Pereira diz estar preparado para novo desafio na sua carreira política
Bissau, 25 jul 23 (ANG) – O líder do Partido Africano da
Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e da Coligação Pai Terra Ranka,
disse estar preparado para um novo desafio na sua carreira política.
“E eu estou preparado para isso. Espero ter capacidade e
competência necessária para poder traduzir isso em sucesso", acrescentou
Simões Pereira.
Para o sociólogo Diamantino Lopes ao falar à DW-África,
a nomeação de Domingos Simões Pereira para a mesa da Assembleia Nacional
Popular "faz todo o sentido, à luz do passado", justificando que é
uma tentativa de garantir a estabilidade governativa via Parlamento.
"Uma figura como Domingos Simões Pereira que
lidera uma coligação com 54 mandatos no Parlamento, pode fazer alguma
diferença", destacou.
de acordo com o mesmo órgão, o jornalista Armando Lona vê outros
motivos por trás da decisão da Plataforma da Aliança Inclusiva, afirmando que
com esta decisão, Simões Pereira acabará por beneficiar de "mais uma
proteção política", sustentando que o líder do PAIGC enquanto Presidente
da ANP terá outro tipo de tratamento.
"Domingos Simões Pereira não conseguia deslocar-se
ao estrangeiro, era sistematicamente impedido. Portanto, enquanto Presidente da
Assembleia Nacional Popular, ele teria outro tipo de tratamento", frisou o
jornalista Armando Lona.
No que tange aos desentendimentos passados entre Domingos
Simões Pereira e o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló o
sociólogo Diamantino Lopes não considera que a população tenha razões
para ficar dececionada, sustentando que estando o Simões Pereira no parlamento
está a responder à expetativa do povo e aos seus anseios.
O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, que
durante a campanha eleitoral disse que não nomearia Domingos Simões Pereira
para o cargo de primeiro-ministro, voltou atrás na decisão e já disse em várias
ocasiões que, caso o líder partidário fosse proposto para o cargo, dar-lhe-ia
posse para trabalharem juntos.
Segundo o jornalista Armando Lona, agora que Simões
Pereira foi indicado para a presidência do Parlamento, o Presidente da
República, Umaro Sissoco Embaló não sai bem do "episódio".
"Há uma contradição e, politicamente, o Presidente da República terá
de pagar a fatura", sublinha o Lona.
A investidura dos 102 novos deputados da nação está
marcada para quinta-feira, dia 27 do mês em curso. ANG/DMG/ÂC
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