Religião/“O fenómeno de radicalismo e extremismo
violento é um dos maiores desafios que a
humanidade enfrenta” diz ministra da família
Bissau, 14 Jul 23(ANG) – A
ministra da Mulher, Família e Solidariedade Social afirmou na quinta-feira que
o fenómeno de radicalismo e extremismo
violento constitui um dos maiores desafios que a humanidade enfrenta atualmente.
Maria da Conceição Évora
falava na cerimónia de abertura
de uma formação destinada aos líderes Islâmicos, no domínio da prevenção do
radicalismo e extremismo violento, organizado pela Liga Guineense dos Direitos
Humano (LGDH) em parceria com o Instituto Marquês do Valle Flor, no âmbito do
projeto “Observatório da Paz”.
Aquela governante disse que este fenómeno tem como consequência
a desestruturação dos tecidos económicos, sociais e culturais das nações.
Maria da Conceição Évora
assegurou que a luta pelo reforço da coesão nacional deve passar por um diálogo
construtivo como estratégia de resolução de conflitos, também constitui uma
ferramenta poderosa para criar as barreiras às iniciativas desestabilizadoras
seja de que proveniência for.
Por sua vez, o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos,
Augusto Mário da Silva afirmou que o
país é conhecido pelo grau de tolerância, mas isso não impede a adoção e mecanismo
de prevenção para evitar eventualidades futuras .
“O nosso país é conhecido
pelo grau de tolerância, pelo nível da convivência pacífica entre deferentes
grupos étnicos e confissões religiosas, mas isto não nos impede de começar a
adoptar medidas e mecanismos de prevenção para evitar que, no futuro, esta
situação, que já está a afetar alguns países aqui próximo, também possa vir a
ter alguns efeitos aqui na
Guiné-Bissau”, disse.
Silva referiu que a região
do Shael tem vindo a sofrer com a crescente insegurança que agravou certas
fragilidades existentes e diz que a situação espalhou-se para além das
fronteiras do Shael e que hoje assiste-se uma situação regional multidimensional, com
vertentes económico, social, política e humana que se estendem para o Mali,
Burkina Faso e Níger.
Segundo o Chefe da Secção
Política da União Europeia na Guiné-Bissau, Pedro Saraiva essa extensão também afeta outros países costeiros da África Ocidental.
“A situação também afeta
atualmente os países costeiro da África Ocidental, correm o risco de ver esse
conflito se alastrar a essa geografia, situação que devemos monitorizar com maior cuidado e
proximidade para conter as repercussões da insegurança, apoiando assim um arco
de estabilidade na vizinhança do Shael, incluindo os países da costa atlântica
ocidental”, asseverou
O vice-presidente da União
Nacional dos Imames, Mussa Buaro, avisou que “não existe espaço na religião
Islâmica para o extremismo violento, porque a religião Islâmica é como o seu
próprio nome, uma religião de paz, da harmonia e do humanismo”.
No entender do
Secretário-geral do Conselho Nacional Islâmico, Sene Sissé os políticos sãos os
principais responsáveis pelo conflito étnico no país.
O encontro do género já foi
organizado com os líderes católicos e jornalistas com o mesmo propósito, que é
de capacitá-los no domínio de prevenção
do radicalismo e extremismo violento no âmbito do projecto “Observatório da
Paz”. . ANG/JD//SG
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