Sociedade/ Mulheres dizem que paridade de género não foi cumprida nas legislativas
Bissau, 14 Jul 23 (ANG) - O conselho das mulheres guineenses considera que não foi cumprida a paridade de género nas legislativas do 4 de Junho visto que dos 102 deputados, apenas 11 sao mulheres.
O Conselho das
Mulheres lamenta que a lei que estabelece uma quota mínima de 36% de mulheres
no Parlamento não esteja a ser aplicada.
Diz o Conselho num comunicado que nas ultimas eleições
legislativas, de 04 de junho passado, foram eleitas apenas 11
parlamentares num universo de 102 deputados.
Nas eleições legislativas de 2019, 13 mulheres foram eleitas
deputadas.
O Conselho das
Mulheres vê isso como um retrocesso no cumprimento da lei e pede ao próximo
Governo, a ser formado pela coligação PAI Terra Ranka, que retifique "esse
erro histórico".
Liderado pela antiga diretora-geral da Polícia Judiciária, a
magistrada jubilada do Ministério Público, Lucinda Barbosa Aukarié, o Conselho
das Mulheres quer ver mais mulheres no Governo e noutras instâncias em que as
pessoas são nomeadas.
O órgão foi criado em 2018 pela extinta UNIOGBIS, gabinete
integrado das Nações Unidas para a consolidação da paz na Guiné-Bissau, para
ser um consórcio de organizações da sociedade civil para promover a igualdade
de género sobretudo na política.
O Conselho das
Mulheres começou por aproximar as partes então desavindas, nomeadamente o
Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, ao líder do partido PAIGC, Domingos
Simões Pereira, mas depois alargou a sua intervenção para outras esferas de
mediação entre a classe política.
O Conselho começou por ser dirigido por Francisca “Zinha” Vaz,
veterana dirigente política, mas que ultimamente retirou-se da política para se
dedicar ao associativismo.
Os novos deputados tomam posse no próximo dia 27 deste mês de
julho.ANG/RFI
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