Bélgica/União Europeia diz que golpe de Estado no Gabão é
diferente do Níger
Bissau, 01 Set 23 (ANG) - O
líder da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, disse hoje antes do
início da reunião em Toledo dos ministros dos Negócios Estrangeiros do 27
Estados-membros desta organização, que o golpe de Estado no Gabão aconteceu
após "uma eleição cheia de irregularidades" e que não se pode
comparar ao que aconteceu no Níger.
Para Josep Borrell, alto representante
da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, os golpes de
Estado do Níger e do Gabão "não são equivalentes". Antes da reunião
dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia que decorre hoje em
Toledo, Espanha, Borrell contextualizou o fim da permanência de Ali Bongo no
poder.
"Naturalmente,
os golpes militares não são a solução, mas não nos podemos esquecer que o Gabão
teve eleições com muitas irregularidades", lembrou o antigo
ministro espanhol.
Segundo Borrell, os diplomatas europeus estão
agora a trabalhar na mediação da crise no Gabão, não havendo quaisquer planos
para evacuar os cidadãos europeus do país, ao contrário do que aconteceu com o
Níger.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da
União Europeia reúnem-se para debater a situação global, com este encontro a
contar com a presença do presidente da Comissão da Comunidade Económica
dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Omar Alieu Touray, assim como o ministro
dos Negócios Estrangeiros deposto do Níger.
Em declarações à CNN, o líder da diplomacia
europeia foi mais longe e afirmou que não se pode dizer que o Gabão antes do
golpe de Estado fosse "uma democracia completa", já que era a mesma
família que liderava o país há mais de 50 anos, enquanto que no Níger o
Presidente tinha sido eleito democraticamente.
Também a Ucrânia estará em discussão, com o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, a marcar presença em Toledo e a pedir aos críticos da demora na contra-ofensiva contra a Rússia "que se calem". Kuleba está em Espanha para continuar a pedir o reforço da doação de armas e outro material bélico para combater os russos. ANG/RFI
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