Ano
2023/”Guiné-Bissau ficou marcado por eventos extremos”, revela artigo de
opinião de DW
Bissau, 27 Dez 23 (ANG) - O ano
2023 ficou marcado na Guiné-Bissau por
eventos extremos entre os quais: a festa das eleições legislativas de 4
de junho e dissolução do Parlamento, pelo Presidente da República no passado
dia 04 do Dezembro em curso.
De acordo com o artigo de
opinião de DW publicado recentemente, depois da esperança de 04 de junho e da
redução dos preços de produtos de primeira necessidade, os guineenses tinham a
esperança em viver melhores dias.
“O ano de 2023 ficou marcado
igualmente com a realização de eleições legislativas, e da indicação de Geraldo
Martins pela Coligação PAI – Terra Ranka para assumir a liderança do Governo”,
refere o mencionado artigo.
No mesmo artigo consta
também que, apenas quatro meses de governação do Governo legítimo foram
suficientes para o Presidente da República fazer análises e concluir dissolver
o Parlamento, dirigido por Domingos Simões Pereira, que é o Presidente do PAIGC e da Coligação
PAI-Terra Ranka que venceu as eleições legislativas.
“Umaro Sissoco Embaló
dissolveu o Parlamento em 2023, tal como o fez em 2022, ao aproveitar-se da
atuação, sem precedentes, da Guarda Nacional, que numa decisão operacional que
o Governo disse não ter sancionado, retirou das celas da Polícia Judiciária, o
ministro da Economia e Finanças, Suleimane Seide, e o secretário de Estado do
Tesouro, António Monteiro, que, segundo o Presidente, foi uma tentativa de
golpe de Estado”, lê-se no artigo.
Sgundo o artigo de opinião
publicado pelo DW, dois militares morreram num incidente que envolveu trocas de
tiros entre o Batalhão da Presidência da
República e a Guarda Nacional (GN), que culminou com a detenção do comandante
Guarda Nacional Victor Tchongo numa prisão militar do país.
“Não obstante, a decisão de
Umaro Sissoco Embaló em dissolver o Parlamento foi contestada dentro e fora do
país, com entidades, como a CEDEAO, a CPLP e o secretário-geral da ONU à apelarem
o respeito à Constituição da República, que, na perspetiva da Coligação PAI –
Terra Ranka, vencedora das últimas eleições legislativas, foi “profundamente”
violada”, de acordo com artigo de opinião.
O artigo de opinião
esclareceu que, tudo aconteceu depois do pagamento, pelo Governo, de seis
biliões de francos CFA, (10 milhões de dólares), em dívida, a um grupo de
empresários nacionais, através de um dos bancos comerciais da Guiné-Bissau.
Conforme o artigo de opinião de DW, O ministro da Economia e Finanças Suleimane
Seide foi ouvido no Parlamento no qual
nega ter cometido qualquer violação procedimentais a respeito do pagamento de10
milhões de dólares à um grupo de empresários nacionais. Mas, o seu
argumento não convenceu alguns deputados
e na semana seguinte, a mando do Ministério Público, Seide e António Monteiro
foram ouvidos e presos.
Concernente ao setor
judicial, o artigo de opinião relatou que, o Presidente do Supremo Tribunal de
Justiça, José Pedro Sambú, foi forçado a renunciar ao cargo, alegando razões de
segurança, no rescaldo de uma guerra interna no seio do Conselho Superior da
Magistratura Judicial, marcada pela ocupação por homens armados, até agora
desconhecidos, da sede do órgão supremo da justica e da residência de Sambú.
“Enquanto pairavam dúvidas de quem pertencia a força
ocupante, o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, veio refutar o seu
suposto envolvimento. E, hoje, o Supremo Tribunal de Justiça está a ser
dirigido pelo seu vice-vresidente, Lima António André”, refere.
O mesmo artigo de opinião anotou também a celebração dos 50 anos da
independência da Guiné-Bissau que teve dois momentos: a primeira, aconteceu no
próprio dia 24 de setembro com a recriação da primeira Constituinte em Boé,
onde foi proclamada a Independência da Guiné-Bissau, num ato liderado pelo Presidente
do Parlamento, Domingos Simões Pereira, mas sem a presença do Chefe de Estado.
O segundo momento aconteceu na capital, Bissau, no Dia das Forças Armadas, 16
de novembro, com um desfile militar e notável presença de algumas
personalidades estrangeiras. Um ato presidido por Presidente da República Umaro
Sissoco Embaló.
Outra marca registada em 2023 segundo o artigo de opinião de DW, tem que ver com o apagão que afetou a capital Bissau por um periodo de mais de
24 horas e que causou prejuízos “graves” junto aos consumidores.
O artigo registou também a situação do Governo ter apontado em Conselho de
Ministros, a Convenção sobre a Transferência de Pessoas Condenadas entre a
Guiné-Bissau e o Senegal, e entre a Guiné-Bissau e os Estados-membros da
Comunidade dos Países da Língua
Portuguesa (CPLP).ANG/DW
Sem comentários:
Enviar um comentário