Política/Analista
político Diamantino Lopes considera novo governo da Iniciativa Presidencial dum
misto de experiècia e juventude
Bissau ,22 Dez 23 (ANG) – O analista político
Diamantino Lopes considerou esta quinta –feira que o novo Governo da iniciativa Presidencial
é um misto da experiência e a juventude
uma vez que conta com caras bem conhecidas que já exerceram muitas funções
ministeriais.
Citado pela RFI o também jornalista frisou que apesar de ter caras novas nessas andanças, é um governo com muita experiência.
“Agora, o problema tem a ver com a sua ilegalidade, ou seja não é um governo legal, não é um governo que vem das eleições e não é um governo do qual se pode esperar muito, porque não tem compromisso com o povo e é um governo que, de certo modo, não vai ser fiscalizado. Quem vai fiscalizar o governo é o Presidente da República, e o Chefe de Estado também é executivo. Então está-se numa situação complicada”, disse Diamantino Lopes.
E segundo ele, se tudo continuar dessa forma, sem um parlamento em função para solucionar esse problema, apesar de no governo existir um ministro da Presidência e também de Assuntos Parlamentares, tudo indica que a luta política para a reposição da ordem constitucional vai continuar.
Lopes considera que há o que chamou de muita timidez por parte da comunidade internacional na abordagem desse assunto. é agora a entidade que pode ajudar, uma vez que por exemplo não há no momento uma sociedade civil bem forte para enfrentar esse tipo de desafio ou para exigir o Estado de Direito democrático.
Questionado se o novo executivo pode ser considerado de plural uma vez que integra elementos do PAIGC, Lopes disse que é lógico que sim, não obstante, o PAIGC não reconhece esse governo.
Além do mais, de acordo com Diamantino, o PAIGC não dá orientação aos seus militantes e dirigentes para participarem no governo. Portanto, esses elementos que estão no governo e que são dirigentes e militantes do PAIGC, estão lá por conta própria segundo consta no comunicado dese partido tornado público ontem, o PAIGC disse que não reconhece esse governo e não dá autorização a nenhum dos seus membros para participar no governo.
“ Por conseguinte, estou vendo aqui uma fractura entre esses elementos e o PAIGC. Carlos Pinto Pereira é o advogado do PAIGC. Ele participou durante todo este processo nessa luta pela reposição da legalidade, até chegarmos a esse ponto no qual assumiu a função de Ministro dos Negócios Estrangeiros. Aly Hizazy (agora Ministro da Administração Pública), até ao último congresso do PAIGC, era o secretário Nacional do partido. Portanto, tudo indica que há uma fractura entre esses dirigentes do PAIGC e a própria direcção do partido”,salienta Diamantino Lopes
De acordo com o analista, a interpretação que se faz aqui é que se trata de uma espécie de desobediência à orientação do partido. Geralmente, a consequência é a suspensão desses elementos, como aconteceu no passado.
“Agora, o que está por detrás disso? Também falta esclarecer o que motivou toda essa situação de desobediência às orientações do partido. Tanto Rui Duarte Barros como Aly Hizazy e também Carlos Pinto Pereira são dirigentes do PAIGC. Precisamos de tempo para perceber no que é que isso vai dar”, salientou.ANG/MSC/ÂC
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