Sociedade/CNE promete implementar a política de
género nos processos eleitorais
Bissau, 19 Dez 23 (ANG) - O presidente
interino da Comissão Nacional de Eleições (CNE), M’ Pabi Cabi, manifestou esta
segunda-feira, o seu total engajamento na implantação da Política de Género nos
processos eleitorais, como pré-condição para a realização da democracia plena e
efetiva em obediência à Constituição da República da Guiné-Bissau.
M’Pabi Cabi falava na
abertura do Seminário de Avaliação do Sistema Eleitoral da Guiné-Bissau,
organizado pela
Rede Nacional de Luta Contra a Violência Baseada no Género e Criança na
Guiné-Bissau (RENLUV-GC/GB) em colaboração com a Casa dos Direitos conta com a
participação de várias entidades da Sociedade Civil do país.
O encontro vai durar três dias e visa contribuir na
qualidade da participação pública no processo eleitoral, particularmente na
participação dos jovens e das mulheres, com vista à consolidação da democracia
participativa na Guiné-Bissau, através de um lobby e advocacia para revisão
parcial da Lei Eleitoral, de forma a contribuir para que o país disponha da
observação doméstica.
Exortou as
autoridades políticas e administrativas do país a implementarem, com a maior celeridade que se
impõe, a Convenção sobre a Eliminação de todas as formas de Discriminação
contra as Mulheres e Pessoas com Deficiências, para tornar as eleições mais
abrangentes e inclusivas.
“Quero deixar-vos uma mensagem clara de que a CNE
manifesta o seu total engajamento de tudo fazer, no que estiver ao seu alcance,
na implementação da Política de Género nos processos eleitorais, assumida por
nós, como pré-condição para a realização da democracia plena e efetiva, em
obediência à Constituição da República, política nacional para a igualdade e
equidade, Convenção Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, assim como
a Lei Eleitoral que consagra a igualdade de participação para todos os
cidadãos”, disse.
Cabi sublinhou que a
importância das Organizações da Sociedade Civil no Processo Eleitoral é mais do
que evidente, um dado adquirido capaz de catapultar e enraizar novos
horizontes, num contexto de concentração permanente e de congregação de
esforços, visíveis, a modernização do quadro legal e de forma estruturada
ajustar a instituição aos desafios da atualidade.
Por seu torno, a Presidente da RENLUV-GC/GB, Aissatu Camará
Indjai, realçou que a abertura política no país contribuiu
para que as organizações da sociedade civil assumissem um importante papel
cívico de seguimento e apoio ao Estado na implementação das políticas públicas,
sobretudo na defesa dos direitos humanos e da participação cidadã na esfera
politico-democrática.
Dise que apesar da
importante mudança no cenário político nacional, quando se procura observar no
panorama eleitoral o papel dos eleitores ou das organizações da sociedade
civil, verifica-se que sempre ficou reduzido ao ato de votar e não de um
interveniente ativo do processo”, disse.
Aquela responsável
refere que com a criação do Grupo de Organizações da Sociedade Civil para
Eleições (GOSCE) e a Casa das Mulheres em 2014 para o acompanhamento das
eleições, foi apreciada e reconhecida pelas autoridades nacionais e organismos
internacionais.
Indjai sublinhou que
esta iniciativa contribui para a transparência do escrutínio e também o
reconhecimento por parte do executivo da necessidade da observação doméstica do
processo eleitoral por parte das Organizações da Sociedade Civil (OSC).
“Temos a necessidade
de reforçar a coordenação da intervenção das organizações da sociedade civil no
processo eleitoral, dinamizar espaços de diálogo e reflexão sobre processo
eleitoral da Guiné-Bissau, reforçar o diálogo entre as organizações da
Sociedade Civil com os Órgãos da Soberania e Partidos Políticos sobre a matéria
eleitoral”, concluí Aissatu Camará Indjai.ANG/MI/ÂC
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