Educação/SINAPROF entrega
caderno reivindicativo ao novo governo
Bissau, 28 Dez 23 (ANG) - O Sindicato Nacional dos Professores (SINAPROF) entregou esta quarta-feira, um caderno reivindicativo ao Ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica, exigindo resolução dos problemas que afetam o setor.
No caderno reivinticativo consta 22 pontos, entre os quais o pagamento de dívidas aos professores de 2003, um ano de salários aos professores contratados, a efetivação dos professores com direito à efetivação, a colocação imediata dos professores e a aplicação na íntegra do Estatuto da Carreira Docente.
Em declarações aos
jornalistas, à saída da entrega formal do caderno reivindicativo, o presidente
do Sindicato Nacional dos Professores, Domingos Carvalho, disse que querem que o novo ministro da educação
esteja ciente da atual situação do setor de ensino guineense.
Segundo o
sindicalista, as cargas horárias devem começar a ser pagas e criticou o antigo
primeiro-ministro, Nuno Gomes Na Bian, de ter “menosprezado e gozado” com a
vida dos professores,relativamente aos quinhentos milhões de francos CFA que
diz serem disponibilizados para o pagamento de dois meses de da carga horária,
tendo questionado o paradeiro do dinheiro.
O responsável da
organização sindical denunciou que cinquenta e nove mil e quatrocentas e
setenta e duas crianças, de pré-escolar ao décimo segundo ano de escolaridade
ficaram sem professores no ano letivo 2021/2022.
Domingos de Carvalho
disse que o sindicato já esgotou todos os mecanismos e que “já basta. É
suficiente todo o benefício de dúvidas dado até ao momento aos sucessivos
governos”, tendo apelado a todos os professores a prepararem-se para o próximo
mês de janeiro.
Disse que se a
situação não for resolvida até à segunda semana de janeiro de 2024 serão
obrigados a entregar um pré-aviso de greve.
“Temos ponderado no
passado com os sucessivos governos de não ir à greve, mas já não há como fazer
por isso entregamos um caderno reivindicativo e caso não seja resolvida a
situação logo na primeira e segunda semana de janeiro entregaremos um pré-aviso
de greve”, disse.
Em relação à situação
dos professores retirados do sistema, Domingos Carvalho afirmou que nenhum
professor novo foi retirado do sistema, através do despacho do então
primeiro-ministro, a menos que tenha viajado para estrangeiro ou para
estudar.
“Se o pré-aviso
entrar em vigor, será fácil travar as paralisações. As pessoas devem assumir as
suas responsabilidades”,disse.ANG/MI/ÂC
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