Pescas/Ministro nega desvio de 300 toneladas de pescado para Senegal
Bissau,18 Dez 23(ANG) – O ministro
das Pescas e Economia Marítima nega que tenha havido desvio de mais de 300
toneladas de peixe para o Senegal, quantificado em mil milhões de fcfa.
Em declarações à imprensa no
Centro de Transformação e Conservação do Pescado de Alto Bandim, Dionísio do
Reino Pereira disse que os denunciantes
foram ainda mais longe ao acusá-lo de ter adequirido uma casa no bairro de Antula no valor de 150
milhões de francos CFA bem como a apreensão de 8 camiões carregados de pescado
com destino ao Senegal.
“Por isso, entendo que tenho
a obrigação de deslocar-se hoje ao Centro de Tratamento e Conservação do
Pescado para vir esclarecer a opinião pública do que aconteceu e que foi muito
propalado nas redes sociais”, disse o governante.
Pereira disse que, os 300
toneladas de peixe foram recuperados no âmbito de operação de fiscalização
levadas a cabo nas águas territoriais do país, frisando que durante a primeira
operação apreenderam duas embarcações, que foram multados num vaolor não revelado.
Adiantou que, na segunda
operação, detiveram quatro barcos e cujo processo foi conduzido à Comissão
Interministerial constituída pelos ministros das Finanças, da Defesa, do
Interior e das Pescas.
Informou que a Comissão
analisou os processos enviados pelos técnicos e decidiram aplicar aos armadores
do referido navio uma multa de 100 milhões de francos CFA , para além da confiscação do pescado.
Confirmou que a empresa pagou a multa aplicada, numa
conta bancária, salientando que, inicialmente a empresa declarava que a
totalidade do pescado que tinha no bordo era de 113 toneladas.
“Para termos a certeza da
referida quantidade, obrigamos a empresa, a fazer a descarga na presença dos
nossos técnicos e no fim constatamos que tinham no bordo 307 toneladas de
pescado”, disse.
Dionísio Pereira frisou que
os pescados foram armazenados no Centro de Tratamento e Conservação do Pescado
de Alto Bandim, acrescentando que, os técnicos avaliaram as suas
qualidades e constataram que existem espécies
de sardinelas e outras que não são consumíveis no país.
“Decidimos armazenar os
pescados que têm procura no mercado nacional para consumo interno e o resto
vendê-los no Senegal”, sublinhou.
O ministro das Pescas
afirmou que na altura em que os compradores senegaleses estão a transportar os
pescados, na presença dos técnicos do Ministério, foram abordados pelas Forças
de Guarna Nacional sobre o destino do pescado, com base nas denúncias recebidas
da venda ilegal do pescado.
“Os técnicos do Ministério
das Pescas foram conduzidos às instalações do Guarda Nacional onde foram
interrogados e cujos processos foram transferidos para o Mnistério Público”,
disse.
Dionísio Pereira frisou que,
o próprio Ministério Público, em colaboração com a Polícia Judiciária, depois
de analisar o processo e averiguações feitas, entenderam que não houve nada de
ilegal ou atos de corrupção no caso de venda de pescados.
O governante salientou que
as ondas de calúnias e difamação contra a sua pessoa e equipa tem a ver com ação de combate a
corrupção que tem estado a levar a cabo naquela instituição.ANG/ÂC//SG
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