EUA/Supremo do Colorado considera Trump inelegível para as presidenciais de 2024 no Estado
Bissau,22
Dez (ANG) – O Supremo Tribunal do Colorado
decidiu quarta-feira que Donald Trump é inelegível para as presidenciais de
2024, devido às suas ações durante as eleições de 2020, e determinou a retirada
do seu nome nas primárias republicanas naquele Estado.
Com uma maioria de quatro dos
sete juízes, o Supremo manteve a decisão de primeira instância, de novembro,
concluindo que Trump se envolveu numa rebelião em 06 de Janeiro de 2021,
durante o ataque ao Capitólio dos Estados Unidos e considerou que a 14.ª Emenda
da Constituição, invocada para reivindicar a sua inelegibilidade, se aplica de
facto a um presidente.
A decisão desta instância
foi ainda suspensa até 04 de Janeiro, prazo final para a certificação das
cédulas de voto das primárias no Colorado, para o caso de haver recurso para o
Supremo Tribunal dos EUA antes dessa data, noticiou a agência France-Presse
(AFP).
“Se um recurso for
apresentado ao Supremo Tribunal antes que esta suspensão expire, este
permanecerá em vigor e ainda deverá ser incluído o nome de Trump na votação
primária de 2024 até que receba qualquer liminar ou mandato do Supremo
Tribunal”, pode ler-se na decisão.
Steven Cheung, porta-voz de
Donald Trump, classificou, em comunicado, a decisão judicial como
antidemocrática, garantindo que a defesa do magnata republicano irá recorrer ao
Supremo Tribunal dos Estados Unidos.
Na decisão de 17 de
Novembro, a juíza Sarah Wallace tinha referido que Trump “agiu com a intenção
específica de incitar a violência política e direcioná-la para o Capitólio com
o objetivo de impedir a certificação da eleição” do seu adversário democrata
Joe Biden.
Por outro lado, considerou
que a 14.ª Emenda da Constituição, invocada pelos requerentes, o grupo
liberal Cidadãos pela Ética e Responsabilidade em Washington, não se
aplicava ao presidente, embora reconhecesse a existência de dúvidas sobre este
ponto.
A disposição foi adicionada
à Constituição para impedir que os ex-confederados regressassem aos seus cargos
governamentais após a Guerra Civil.
A linguagem presente na
Secção 3 da 14.ª Emenda tem sido examinada devido à forma como define quem está
impedido de ocupar cargos se tiver “envolvido em insurreição ou rebelião”.
O grupo liberal reivindicou
uma vitória e saudou, através da rede social X, um “grande momento para a
democracia”.
A histórica acusação do
ex-presidente em 01 de agosto a nível federal e depois em 14 de Agosto pelo
Estado da Geórgia (sudeste), pelas suas tentativas alegadamente ilícitas de
obter a reversão dos resultados das eleições de 2020, abriu um debate jurídico
sobre a sua possível inelegibilidade, levando a recursos em vários estados.
A mais alta instância
judicial do país nunca se pronunciou sobre a Secção 3 da 14.ª Emenda.ANG/Inforpress
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