quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Legislativas antecipadas/”PR pede parecer da CNE para realização do processo à 31 de Março do ano em curso”, diz Npabi Cabi

Bissau, 31 Jan 31 (ANG) - O Presidente da República solicitou a CNE um parecer sobre as possibilidades de realização das eleições  legislativas antecipadas a 31 de  Março próximo.

O pedido de parecer foi esta quarta-feira revelada pelo presidente interino da da CNE,Npabi, à saida de uma audiência com o Chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló.

“A ideia do Presidente da República é de marcar as eleições a curto prazo, ou seja daqui à 31 de Março do ano em curso. Só que, mostramos que o Governo precisa de ter meios financeiros para fazer face às diferentes situações, caso contrário será difícil “disse aquele responsável.

Acrescentou  que, para a realização de eleições num período de três ou quatro meses, a CNE precisa entrar em ação desde já, e que se não houver meios para tal, será impossível cumprir a data prevista.

“Também temos outro problema, que é o de atualização de Caderno Eleitoral. Porque, os cidadãos guineenses que acabaram de completar 18 anos têm o direito de exercer os seus deveres cívicos. Por isso, decidimos que  a atualização será feita anualmente a partir de mês de Janeiro à Março de modo a facilitar o processo”, referiu Npabi Cabi.

Questionado sobre qual é a data apropriada para realização das eleições do ponto de vista da CNE, Cabi respondeu que, na realidade não podem pronunciar sobre a data mas  que só querem que haja condições que lhes permitirão realizar o processo na data anunciada pela entidade competente.

A Constituição da República determina que dissolvida a Assembleia Nacional Popular novas eleições deverão realizar-se num período de 90 dias. E o parlamento foi dissolvido em Outubro passado.ANG/AALS/ÂC//SG

Circulação de drogas/PCA da Agência de Aviação Civil e Diretor-geral da APGB dizem que duvidam das denúncias de Nuno Nabiam

Bissau,31 Jan 24(ANG) – O Presidente do Conselho de Administração(PCA) da Agência de Aviação Civil da Guiné-Bissau, e o Diretor-geral da Administração dos Portos de Bissau(APGB), dizem que duvidam das denúncias  de circulação de muita droga” no país, feita recentemente pelo líder da APU-PDGB, Nuno Gomes Nabiam.

José António Có e Felix Nandunguê reagiam assim hoje em conferência de imprensa, às recentes denúncias do líder da Assembleia do Povo Unido Partido Democrático da Guiné-Bissau(APU-PDGB), Nuno Gomes Nabiam que diz existir  sinais de que a droga está a circular em abundância no país tendo pedido à comunidade internacional para  ajudar as autoridades nacionais a controlarem o seu tráfico  no país.

O PCA da Agência de Aviação Civil da Guiné-Bissau considerou  de “muito complexa”, o processo de controlo de pessoas e cargas em todos os Aeroportos do mundo.

José António Có referiu que,  em termos de funcionamento, o aeroporto dispõe de várias entidades que nele intervêm e que cada qual tem as suas competências próprias.

Aquele responsável disse que no Aeroporto de Bissau existem dois tipos de voos: os regulares de passageiros e cargas e os voos particulares(especiais).

Adiantou que, no que toca aos voos particulares que pretendem aterrar no país, devem fazer um pedido de autorização à Agência a Aviação Civil para sobrevoar o espaço aéreo e aterrar no território nacional.

“No que toca aos voos regulares de passageiros e cargas, existem todo um conjunto de entidades que intervêm no sentido de facilitar os passageiros nos seus embarques e desembarques e das suas bagagens”, frisou.

José António Có salientou que as referidas entidades trabalham no sentido de assegurar que os passageiros não transportassem nada de ilícito, em termos aduaneiros ou fiscais, de contrafação e perigoso para o país.

Informou que essas entidades, apesar de estarem no Aeroporto não dependem e nem integram a estrutura orgânica da Agência de Aviação Civil da Guiné-Bissau.

“Temos os casos da Brigada Fiscal da Alfândegas que depende do Ministério das Finanças, temos Polícia Judiciária do Aeroporto, Serviços de Migração e Fronteiras, Serviços de controle de transporte de animais e plantas, que pertence ao Ministério de Agricultura, entre outros e constituem várias estruturas orgânicas   que têm como papel saber o que uma aeronave trouxe e vai levar”, disse.

Afirmou que a única competência da Agência de Aviação Civil  é garantir a segurança da navegação aérea e não o controle de mercadorias e de produtos proibidos.

Perguntado sobre os mecanismos de controle de malas diplomáticos, António Có respondeu que  não é controlado, mas diz existirem canais  que podem detectar se estão munidos de objetos ilícitos ou armas.

“No caso de controlo de pessoas e bagagens, em todos os Aeroportos do mundo se deparam com a mesma situação da Guiné-Bissau, porque é difícil e complexa controlar o movimento das pessoas e dos traficantes”, salientou.

Aquele responsável considerou, contudo, de “muito frágil”, o sistema de controlo do Aeroporto de Bissau, e a título de exemplo, disse que atualmente as bagagens de mãos não são controlados nos canais próprios mas sim através das Alfândegas, e que atualmente não dispõe de aparelho de Raio X de embarque.

Por sua vez, o Diretor-geral da Administração dos Portos da Guiné-Bissau(APGB),  alega existir igualmente  no Porto de Bissau diferentes entidades que trabalham no controlo e segurança das mercadorias, nomeadamente a Polícia Judiciária, Serviços de Migração e Fronteiras, Alfândegas entre outros.

Felix Nandunguê disse que ficaram preocupados com as denúncias do líder da APU-PDGB, mas que, enquanto responsável daquela instituição, nunca ouviu  que  drogas teriam entrado do Porto de Bissau.

Disse que as referidas informações não correspondem a verdade, porque ativaram os serviços de segurança portuária mas que nada  foi detectado.

O ex-primeiro-ministro que atualmente desempenha a
s funções de Conselheiro do Presidente da República e membro do Conselho de Estado fez a denúncia no sábado num comício popular em Bissorã, norte da Guiné-Bissau.ANG/ÂC//SG

Desporto-futebol/Empresas de Telecomunicação “MTN” e “Orange” patrocinam o campeonato da 1ª e 2ª divisão em futebol

Bissau, 31 Jan 24 (ANG) – As empresas de telecomunicações, MTN e Orange Bissau, que operam há anos no país , são novos patrocinadores do campeonato nacional da primeira e segunda divisão em futebol na Guiné-Bissau.

O acordo para o efeito foi assinado, no fim-de-semana, entre a Liga Guineense dos Clubes de Futebol e os  responsáveis das respeitivas empresas.

No ato de assinatura, o Presidente da Liga Guineense dos Clubes de Futebol Dembo Sissé disse que o referido acordo vai ajudar na melhoria de alguns aspectos nos clubes.

“Após 50 anos da independência, os nossos campeonatos, pela primeira vez, terão patrocinadores oficial, que pelo menos, vão ajudar a melhorar alguns aspectos que dificultam os clubes”, disse Sissé.

O responsável máximo da Liga Guineense dos Clubes de Futebol (LGCF), declarou que devido ao acordo alcançado entre as partes, a primeira liga de futebol, anteriormente  denominada  “Guiness-Liga”, passa a ser designada  de “Liga Orange”, enquanto que a Segunda-Liga, que era chamada de Guines-Bola passa a ser “Liga MTN”.

Segundo Dembo Sissé, as duas empresas se comprometeram a apoiar os clubes de futebol com doações de  equipamentos de balneários, instalação internet para a transmissão dos jogos, requalificação da sede de Liga dos Clubes, e disponibilização de alguns valores em dinheiro aos 38 clubes que atuam na primeira e segunda liga de futebol.

“O acordo prevê também um retorno para as empresas em causa, por parte do do Estado Guineense, no domínio de utilização de  seus produtos no país”, sustentou Sissé. ANG/LLA/ÂC//SG   

   


Economia
/Compra de moedas de quarta-feira, 31 janeiro de  2024

Moedas

Compra

VENda

Euro

655,957

655,957

Dollar us

602,750

609,750

Yen japonais

4,075

4,135

Livre sterling

765,000

772,000

Franc suisse

699,250

705,250

Dollar canadien

448,250

455,250

Yuan chinois

83,500

85,250

Dirham Emirats Arabes Unis

163,500

166,500

 Fonte: BCEAO

Kampala/Centenas de etíopes morreram à fome e milhões precisam de ajuda alimentar

Kampala – Pelo menos 400 pessoas morreram de fome nas regiões de Tigray e Amhara, na Etiópia, nos últimos meses, afirmou hoje o Provedor de Justiça nacional, uma rara admissão de mortes relacionadas com a fome de um organismo federal.


As autoridades locais já tinham comunicado anteriormente a ocorrência de mortes por fome nos seus distritos, mas o Governo federal da Etiópia tem insistido que esses relatos estão "completamente errados".

O gabinete do Provedor de Justiça da Etiópia enviou peritos para as regiões que são afectadas pela seca e ainda estão a sofrer as consequências de uma guerra civil devastadora que terminou oficialmente há 14 meses.

Os peritos concluíram que 351 pessoas morreram de fome em Tigray nos últimos seis meses, tendo havido mais 44 mortes em Amhara.

Apenas uma pequena fracção das pessoas necessitadas em Tigray recebem ajuda alimentar, de acordo com um memorando de ajuda a que a Associated Press teve acesso, mais de um mês depois de as agências de ajuda terem retomado as entregas de grãos após uma longa pausa devido a roubo.

Apenas 14% dos 3,2 milhões de pessoas visadas para ajuda alimentar por agências humanitárias em Tigray este mês a receberam até 21 de Janeiro, de acordo com o memorando do Tigray Food Cluster, um grupo de agências de ajuda co-presidido pelo Programa Alimentar Mundial da ONU e por funcionários etíopes.

O memorando insta os grupos humanitários a "aumentar imediatamente" as suas operações, alertando que "a falta de acção rápida agora resultará em grave insegurança alimentar e desnutrição durante a estação de escassez, com possível perda das crianças e mulheres mais vulneráveis da região".

As Nações Unidas e os Estados Unidos suspenderam a ajuda alimentar a Tigray em meados de Março do ano passado, depois de terem descoberto um esquema "em grande escala" para roubar cereais para fins humanitários.

A suspensão foi estendida ao resto da Etiópia em Junho.

As autoridades norte-americanas acreditam que o roubo pode ser o maior desvio de cereais de sempre e os doadores responsabilizaram funcionários do Governo etíope e os militares pela fraude.

A ONU e os EUA levantaram a suspensão em dezembro, depois de introduzirem reformas para travar o roubo, mas as autoridades de Tigray dizem que os alimentos não estão a chegar aos que deles necessitam.

Dois trabalhadores humanitários disseram à AP que o novo sistema - que inclui a instalação de localizadores GPS nos camiões de alimentos e a colocação de códigos QR nos cartões de racionamento - tem sido dificultado por problemas técnicos.

As agências de ajuda estão também a debater-se com a falta de fundos.

Um terceiro trabalhador humanitário disse que a suspensão na ajuda alimentar e a sua lenta retoma significam que algumas pessoas em Tigray não recebem ajuda alimentar há mais de um ano.

Os trabalhadores humanitários falaram com a AP sob condição de anonimato porque não estavam autorizados a falar com a imprensa.

Cerca de 20,1 milhões de pessoas em toda a Etiópia necessitam de ajuda alimentar humanitária devido à seca, aos conflitos e à economia em recessão.

Tigray, onde vivem 5,5 milhões de pessoas, foi o centro de uma guerra civil devastadora de dois anos que matou centenas de milhares de pessoas e se espalhou pelas regiões vizinhas.

Um painel da ONU acusou o Governo da Etiópia de usar "a fome como método de guerra" ao restringir a ajuda alimentar a Tigray durante o conflito, que terminou em Novembro de 2022 com um acordo de paz. ANG/Angop

 

    CAN 2023/Completo o quadro das oito melhores seleções africanas

Bissau, 31 Jan 24 (ANG) - Com a realização na noite de terça-feira da última ronda dos oitavas-de-final da 34ª edição do Campeonato Africano de Futebol (CAN`2023), que se disputa na Côte d`Ivoire, fica completo o quadro das melhores oito seleções africanas.

Em função dos resultados, as quartas-de-final, que se iniciam sexta-feira (2), compreendem o seguinte cartaz:

Sexta-feira, dia 2 de Fevereiro, às 18 e 21 horas:

Nigéria-Angola e RDC-Guiné  

Sábado, dia 3 de Fevereiro, às 18 e 21 horas

Mali-Côte d`Ivoire e Cabo Verde -África do Sul

A ronda de terça-feira (oitavas-de-final) ficou marcada pela eliminação de mais uma equipa favorita, desta vez foi Marrocos.

A seleção marroquina, semifinalista no Mundial'2022, era das favoritas a vencer a prova, mas acabou eliminada pela África do Sul, com derrota de 0-2, e juntou-se ao campeão Senegal e ao vice-campeão Egipto, todas fora nos "oitavos".

No entanto, no primeiro jogo do dia, o Mali bateu o Burkina Faso, por 2-1, e também seguiu para a próxima ronda, algo que não acontecia desde 2013.

Em San-Pédro, após uma primeira parte sem golos, a África do Sul colocou-se com surpresa na frente do marcador, aos 57 minutos, através de Makgopa, mas ainda pior acabaria por acontecer depois a Marrocos.

Hakimi, a grande estrela da equipa, falhou uma grande penalidade, quando acertou na barra, aos 85 minutos, e Amrabat viu o vermelho direto, aos 90+4, por interromper uma clara oportunidade de golo.

Logo na jogada seguinte, aos 90+5 minutos, Mokoena selou a surpresa e o apuramento, com um livre directo que não deu hipóteses ao guarda-redes Bono.

Em Korhogo, a equipa maliana chegou à qualificação com golos de Edmond Tapsoba, antigo jogador do Vitória de Guimarães, na própria baliza, e Lassine Sinayoko, aos três e 47 minutos, respetivamente, enquanto o Burkina Faso ainda reduziu de grande penalidade, aos 57, por Bertrand Traoré.

Recorde-se, para chagar aos “quartos”, Angola venceu a Namíbia por expressivos 3-0, com dois golos de Gelson Dala e um de Mabululu. ANG/Angop

 


         
França
/ Nova lei de imigração fomenta “a preferência nacional”

Bissau, 31Jan 24 (ANG) - O Presidente francês promulgou na sexta-feira, 26 de Janeiro, a nova lei da imigração, mas, mais de um terço do documento final foi censurado pelo Conselho Constitucional, acusado pela direita de ter cometido um “golpe de Estado de direito”. 

Isabel Borges Voltine, ativista franco-cabo-verdiana, diz-se “chocada” com o facto de o Governo ter proposto uma lei “típica da ideologia de extrema-direita” e acusa o executivo de fomentar “a preferência nacional”.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, promulgou na sexta-feira da semana passada, 26 de Janeiro, a nova lei da imigração. Mais de um terço do documento final acabou por ser amplamente censurado pelo Conselho Constitucional, acusado pela direita de ter cometido um “golpe de Estado de direito”. 

O texto foi publicado em Diário da República, jornal oficial, neste sábado, 27 de Janeiro. As primeiras indicações para a sua aplicação já tinham sido apresentadas aos diferentes governadores civis franceses. Emmanuel Macron promulgou a lei a partir de Nova Deli, na Índia, onde se encontrava em deslocação oficial.

A lei contempla 86 artigos, 35 deles foram completa ou parcialmente retocados pelo conselho de sábios. Fazem parte das medidas chumbadas novos dispositivos de acesso de estrangeiros a ajudas sociais, novas regras para o reagrupamento familiar ou a instauração de medidas para o regresso de estudantes estrangeiros. 

Sobre a nova lei, o ministro do Interior, Gerald Darmanin sublinhou que “nunca a França teve um texto que prevê tantos meios para expulsar delinquentes e tantas exigências para a integração de estrangeiros”.

A direita e a extrema-direita, favoráveis ao documento e indignadas com a posição do Conselho Constitucional, pedem uma reforma da Constituição para responder aos atuais desafios migratórios. Opção já colocada de lado pelo executivo.

Por outro lado, estes cortes do Conselho Constitucional foram recebidos com “satisfação” pela esquerda, que condena fortemente a nova lei da imigração. 

Isabel Borges Voltine, ativista franco-cabo-verdiana, muito implicada na vida política francesa, diz-se “chocada” com o facto de um Governo “que não é de extrema-direita” ter proposto uma lei “que é a típica das ideologias de extrema-direita”. Acusa o executivo de estar a fomentar “a preferência nacional” numa lei que coloca à margem a divisa francesa de “igualdade e fraternidade”. 

Questionada sobre se um maior controlo da imigração, não poderia levar a uma melhor integração da mesma, Isabel Borges Voltine é peremptória: “Não estou a ver uma melhor integração da imigração quando se vai dificultar o dia-a-dia das pessoas” e defende uma maior fiscalização dos apoios sociais atribuídos, esclarecendo de forma cabal a amálgama que criaram na cabeça das pessoas, dizendo que todo o estrangeiro vem para França aproveitar-se do sistema.”

Eu tenho um passaporte francês, mas acha que, na rua, sou identificada como francesa?

Sinto-me cidadã francesa, porque participo, contribuo, tive filhos para continuar a perpetuar e pago os meus impostos. Mas qual é o respeito que tenho?

Sou Imigrante. Escolhi vir para cá. Mas os meus filhos que nasceram cá, que mantêm esta cor de pele que os faz diferente, quando é que se vão sentir integrados?

Se a integração é pelo trabalho, eu sou um exemplo máximo: trabalho pago os meus impostos, contribuo. Em que momento é que vou ter o carimbo de integrada?

De alguma forma aliviada com a posição do Conselho Constitucional, a ativista franco-cabo-verdiana fala de um sentimento agridoce, na medida em que, neste momento, não há garantias políticas de que, no futuro, medidas mais severas não possam vir a ser adoptadas. ANG/RFI

Nova Iorque/ONU denuncia execuções extrajudiciais de Israel em hospital de Jenin

Bissau, 31 Jan 24 (ANG) - As Nações Unidas denunciaram hoje que a operação israelita realizada na terça-feira no Hospital Ibn Sina, em Jenin, que causou três mortos, "aponta para uma execução extrajudicial planeada".

O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUD) afirmou que entre os três palestinianos mortos nesta operação está um jovem de 18 anos com paralisia parcial devido a ferimentos sofridos num ataque aéreo em Jenin, no norte da Cisjordânia, que estava deitado numa das camas do hospital quando foi baleado na cabeça.

O exército israelita justificou que os palestinianos mortos estavam a planear ataques terroristas em Israel para breve.
No seu relatório diário sobre o conflito, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) reiterou as dificuldades de envio de ajuda para a Faixa de Gaza, especialmente para a metade norte do enclave, onde as autoridades israelitas negaram o acesso a 29 das 51 missões planeadas para Janeiro.

"A maioria das missões permitidas estavam relacionadas com a distribuição de alimentos, mas as que visavam apoiar hospitais ou unidades de saúde foram, na sua maioria, negadas", lamentou o OCHA.

O OCHA referiu que desde 01 de Dezembro, após o final de uma semana de cessar-fogo, as autoridades israelitas emitiram ordens de retirada da população que afectaram 158 quilómetros quadrados de Gaza, 41% da área do enclave.

Antes do início das hostilidades, 1,38 milhões de palestinianos viviam naquela área e, como resultado do conflito, existiam 161 abrigos com mais de 700 mil pessoas deslocadas internamente.

O relatório destacou que as hostilidades nas últimas 24 horas concentraram-se especialmente na cidade de Khan Yunis, no sul de Gaza, onde ocorrem combates nas proximidades dos hospitais Al-Nasser e Al-Amal.

Neste último, de acordo com o Crescente Vermelho Palestiniano, um deslocado interno que se refugiava no Al-Amal morreu e nove ficaram feridos por estilhaços durante os combates e tanto aquele hospital como os escritórios circundantes da organização humanitária foram invadidos pelos militares israelitas que forçaram a evacuação dos edifícios.

Outro facto que o relatório referiu foi a detenção de um grande número de homens palestinianos num dos postos de controlo de segurança em Khan Yunis, alguns destes posteriormente despidos, vendados e levados para locais não declarados.

O relatório recordou que há poucas horas as diferentes agências das Nações Unidas assinaram uma declaração conjunta na qual pediam aos Estados da ONU que não interrompessem o financiamento da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA).

Com as suspensões da ajuda recentemente decididas por alguns dos principais doadores, na sequência da denúncia da possível colaboração de uma dezena de funcionários da UNRWA com o Hamas, "pode haver consequências catastróficas para a população de Gaza", alertou o comunicado conjunto das agências da ONU.ANG/Angop

 

            Paquistão/Ex-PM  condenado a mais 14 anos de prisão

Bissau, 31 Jan 24 (ANG) - O antigo primeiro-ministro do Paquistão Imran Khan e a mulher foram condenados hoje a 14 anos de prisão por corrupção.

Num processo relativo a presentes recebidos quando estava no poder, anunciaram os “media” locais.

A decisão surge um dia depois de Khan ter sido condenado a dez anos de prisão por divulgar documentos confidenciais e a poucos dias das eleições legislativas e provinciais de 08 de Fevereiro, para as quais já era inelegível.

Imran Khan foi acusado juntamente com a mulher,  Bushra Bibi, com quem casou em 2018, alguns meses antes de se tornar primeiro-ministro de ter recebido presentes enquanto estava no poder e os desvalorizar antes de os vender a um preço elevado.

Todas os presentes devem ser declarados e só os que têm um preço inferior ao estipulado podem ser conservados ou comprados a um valor acordado oficialmente.

Os dois julgamentos tiveram lugar na prisão de Adiala, onde Imran Khan se encontra detido.

Imran Khan é acusado em dezenas de casos e foi declarado inelegível por cinco anos.

A campanha eleitoral tem sido marcada por acusações de fraude e repressão contra o Paquistão Tehreek-e-Insaf, o partido que fundou. ANG/Angop

 

Transparency International / "Maioria dos países fez poucos ou nenhuns progressos"

Bissau, 31 Jan 24 (ANG) -  A organização Transparency International, tal como todos os anos, publicou o seu relatório sobre a luta anti-corrupção a nível mundial.

De acordo com esta entidade, «a maioria dos países fez poucos ou nenhuns progressos no combate à corrupção », sendo que "a média global mantém-se inalterada (43), pelo 12° ano consecutivo, com mais de dois terços dos países a registarem resultados inferiores a 50», o que na sua óptica «indicia graves problemas de corrupção".

Segundo este índice em que foram classificados 180 países de acordo com a percepção do nível de corrupção vigente nas suas respectivas estruturas públicas numa escala de zero (forte corrupção) a 100 (sem corrupção), a Dinamarca (90) lidera pelo 6° ano consecutivo o ranking dos países menos corruptos, seguida pela Finlândia e a Nova Zelândia.

Nesta classificação, a Somália (11), a Venezuela (13), a Síria (13), o Sudão do Sul (13) e o Iémen (16), todos eles afetados por guerras ou crises prolongadas, ocupam os derradeiros lugares.

Classificada em 20º lugar, a França obteve uma pontuação de 71 no Índice de Percepção da Corrupção de 2023, sensivelmente a mesma classificação que em 2013. Apesar de "esta pontuação ter evoluído ligeiramente durante esta década, oscilando entre 69 e 72/100, esta estagnação de dez anos está relacionada com a comunicação governamental que não atribui qualquer prioridade à política de luta contra a corrupção" considera a Transparency International.

No caso de Portugal, a ONG que classifica o país em 34ª posição com 61 pontos, observa que está abaixo do valor médio da sua região (65 pontos) e refere que Portugal é "um dos países da Europa em que se registam falhas ao nível da integridade na política». Neste âmbito, a Transparency International destaca «a necessidade de serem reforçadas as regras relativas aos conflitos de interesses, às normas éticas e à transparência no exercício de funções públicas e nas atividades de lobbying" em Portugal.

No continente africano, a Tranparency International destaca que existem relatos de corrupção, extorsão e interferência política nos sistemas judiciais em países como a Nigéria (25), no Burundi (20) e na República Democrática do Congo (22) e, neste sentido, "apela aos governos para que deem aos sistemas judiciais a independência, os recursos e a transparência necessários para punir eficazmente todos os crimes de corrupção e garantir o equilíbrio entre as instâncias no poder".

A ONG observa que alguns países melhoraram o seu desempenho, nomeadamente Angola, que este ano alcançou 33 pontos, fixando-se no 121° lugar, o que marca uma melhoria de 14 pontos desde 2019. Uma evolução que, segundo o relatório, tem a ver com a adopção de medidas de luta contra a corrupção que aplicou “de forma consistente” para recuperar bens roubados e responsabilizar os alegados autores desses atos.

Segundo a Transparency International, "à excepção de Portugal e de Cabo Verde (que recolhe 64 pontos), que é agora o país com a pontuação mais alta dentro desta Comunidade,(…) todos os países da CPLP têm uma pontuação inferior a 50, correspondendo a nações com sérios problemas de corrupção".

Entre os países da África lusófona, a ONG refere nomeadamente que a Guiné-Bissau, com 22 pontos, é o 160º país mais corrupto entre os 180 países analisados. ANG/RFI

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

CCIAS/Novo presidente eleito exorta união no seio dos atores da fileira de caju para sucesso da campanha que se avizinha

Bissau,30 Jan 24(ANG) – O recém eleito Presidente da Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços(CCIAS), apelou a união no seio dos atores da fileira de caju , para o sucesso da campanha de comercialização do produto que se avizinha.

Mama Samba Embaló falava hoje num encontro com o candidato derrotado na Assembleia Geral Extraordinário da CCIAS, realizada no último fim de semana, Ibraima Djaló(Obama).

Embaló defendeu  que o país deve adoptar uma estratégia para  incentivar a transformação local da castanha de caju, e diz que exportar o produto em bruto, significa oferecer uma  riqueza aos outros.

“Penso que isso deve ser o desafio da atual direção da CCIAS, em parceria com todos os atores da fileira de caju e do Governo”, salientou.

Aquele responsável frisou que já dispõe de vários projetos em carteira, dentre os quais a de criação de um fundo de apoio aos operadores do setor privado, de forma a autofinanciar as suas actividades.

Por sua vez, Ibraima Djaló declarou  que está de braços abertos para colaborar com o novo Presidente da CCIAS, de forma a tirar o setor privado guineense da “situação caótica” em que se encontra.

“Estou disponível para apoiar com  estratégias e  ideiais, para colaborar com o Presidente eleito rumo ao desenvolvimento do setor privado guineense”, prometeu Ibraima Djaló.

Mama Samba Embaló foi eleito Presidente da CCIAS, no sábado(27), na Assembleia Geral Extraordinária da organização,  com 267 votos a favor, contra 104 votos de Ibraima Djaló e 08 votos de Antônio Barbosa, seus adversários.

ANG/ÂC//SG

 


Regiões
/Confrontos entre alunos e polícias no liceu de Mansoa causam cinco feridos graves

Bissau, 30 Jan 24 (ANG) – O liceu Quemo Mané, em Mansoa, região de Oio, norte do país, viveu, segunda-feira, momentos de confrontos entre a polícia e alunos que se manifestavam contra o novo diretor indicado pelo Governo, e houve  cinco feridos graves.


A informação foi dada à Lusa, em Bissau, num contacto telefónico com o administrador setorial (a mais alta autoridade do Estado) de Mansoa, Fernando Yalá, testemunha ocular dos confrontos.

“Fui informado que os alunos estavam a protestar no liceu, desloquei-me ao local e eu mesmo vi-me envolvido na situação. Os alunos estavam a atirar pedras e garrafas contra a escola”, disse Yalá.

Os confrontos começaram quando se estava a proceder à passagem de dossiers entre o anterior e o novo diretor do liceu Quemo Mané, indigitado pelo Ministério da Educação guineense.

O novo diretor do liceu de Mansoa é Adulai Djá, um político que já esteve naquele setor como administrador.

Uma fonte da associação de alunos do liceu Quemo Mané, que pediu para não ser identificada, disse à Lusa que “Adulai Dja não tem condições, nem morais, nem académicas para ser diretor”.

De acordo com o administrador Fernando Yalá, os alunos atiraram pedras e garrafas e ainda queimaram pneus dentro das instalações do liceu, interrompendo a cerimónia de transferência de dossiers.

“O novo diretor teve que se barricar no liceu durante mais de duas horas até ser resgatado pelas forças de segurança”, contou Yalá.

Na tentativa de retirar Abulai Djá do liceu, dois alunos e três agentes policiais ficaram feridos, por terem sido atingidos por pedras, acrescentou o administrador, indicando que se encontram em tratamento médico no hospital de Mansoa.

Uma equipa da Polícia de Intervenção Rápida (PIR) saiu de Bissau e encontra-se em Mansoa, onde, relataram os populares, atirou granadas de gás lacrimogéneo nas imediações do liceu Quemo Mané.

Os mesmos relatos indicam que o diretor que estava a ser substituído, Lassana Sanhá, terá sido detido e levado para Bissau.

O liceu Quemo Mané destaca-se na Guiné-Bissau por ser o primeiro estabelecimento do ensino público onde foi iniciada a autogestão, iniciativa que consiste no pagamento do funcionamento da escola por parte dos pais e encarregados de educação dos alunos.

O objetivo é garantir o pagamento de professores, indicados pelo Ministério da Educação, para que não haja a adesão dos mesmos  às greves recorrentes no sistema público de ensino.

Entretanto, de acordo com a rádio CFM, os alunos do Liceu de Háfia, arredores de Bissau, também se manifestaram hoje contra a substituição do Diretor da escola, na pessoa de Mamadu Lamine Mango.

De acordo com a CFM, os agentes da polícia, desta vez, não tiveram uma atitude repressiva.

Os alunos estão a exigir uma escola de qualidade que dizem ser  possível através de uma boa administração. ANG/Lusa/CFM

 

Política/Líderes do PRS e da APU-PDGB negam ter acusado o País de tráfico de drogas

Bissau, 30 Jan 24 (ANG) –Os líderes de Partido da Renovação Social (PRS) e de Assambleia de Povo Unido- Partido Democratico da Guiné-Bissau  (APU-PDGB) negam ter acusado o País de tráfico de drogas, mas que sim alertaram pela sua crescente proliferação nos últimos tempos.

A refutação dos dois líderes dos referidos partidos politicos Fernando Dias e Nuno Gomes Nabian, foi feita através de um comunicado à imprensa à que a Agência de Notícias da Guiné (ANG) teve acesso hoje.

O ministro do Interior e da Ordem Pública, Botché Candé, deu, segunda-feira, uma semana ao Secretário de Estado da Ordem Pública e demais estruturas de seu pelouro, para demonstrarem que, de facto, existem “muita droga” a circular no país, conforme denúncias  do ex-Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabian,  que deve ser chamado a prestar colaboração as autoridades judiciais.

Nuno Nabian fez a denúncia no sábado, num comício popular organizado conjuntamente pela APU-PDGB e PRS, formações políticas que recentemente firmaram um acordo de estreitamento de estratégias  visando as próximas eleições.

Fernando Dias e Nuno Gomes Nabian defendem  que as diclarações proferidas no comício popular no setor de Bassorá não passam de alerta as autoridades devido a incapacidade do Estado para o combate ao tráfico de drogas.

Falando num comício político em Bissorã, no norte do país, Nuno Nabiam lançou “um vibrante apelo” à comunidade internacional no sentido de ajudar as autoridades nacionais a controlarem a droga no país.

“Hoje existem sinais de que a droga está a circular em abundância no país. Quando eu era primeiro-ministro trabalhei com parceiros internacionais para combater a droga no país”, declarou Nabiam.

Em conferência de imprensa realizada, segunda-feira, perante dirigentes do Ministério do Interior e Ordem Pública e de dezenas de oficiais da polícia guineense, Candé disse serem “muito tristes as declarações de Nuno Nabiam”.

“Não estamos a falar de declarações de uma pessoa qualquer, estamos a falar de alguém que foi primeiro-ministro, primeiro vice-presidente do parlamento e actual Conselheiro Especial do Presidente da República”, observou o ministro

Os  dois líderes, segundo o comunicado, dizem terem sido surpreendidos   com as declarações do ministro do Interior e da Ordem Pública Botché Candé, e dizem que tudo está a ser feito no sentido de desviar a atenção das populações e parceiros da Guiné-Bissau face à esse “grave situação”.  “Quem não deve não teme” o porquê do alarmismo do Botché Candé perguntam.

“A Comunidade Internacional sabe e acompanha com atenção a problemática da proliferação de drogas no país”, reforça o comunicado.

Os dois questionam por outro lado, o porquê da insistência de nomeação de Botché Candé nas funções de ministro do Interior.

De acordo com o mesmo documento, os dois líderes defendem que a política num país democrático faz-se através dos partidos políticos legalmente constituídos e, que, por conseguinte, são eles os legitimos representantes do povo, daí, as lideranças dos partidos políticos terem a suprema responsabilidade de cuidar da situação social e política vigente na Guiné-Bissau .

“As instituições do Estado estão totalmente sequestradas pela Presidência da República, e corre risco de se colapsar socialmente com consequências imprevisíveis”, dizem no comunicado. ANG/LLA//SG