sexta-feira, 10 de maio de 2019

Redes sociais


                 Co-fundador afirma que “é hora de desmantelar Facebook”

Bissau, 10 mai 19 (ANG) - O co-fundador do Facebook, Chris Hughes, disse, num artigo de opinião publicado no The New York Times, que "é hora de desmantelar" a rede social, e apelou aos reguladores a tomarem medidas.
 
Chris Hughes,  que ajudou a criar a maior rede social do mundo, há 15 anos,  descreve Mark Kuckerberg, em artigo retomado pela Newsletter DN_Insider, como “uma pessoa boa e generosa” e que  “tem uma influência que mais ninguém tem no  sector privado ou no governo”.

Criticando o monopólio da empresa que ajudou a criar e onde já não trabalha há mais de dez anos, Chris Hughes refere que Mark Zuckerberg “criou um leviatã  que expulsa o empreendedorismo e restringe a escolha do consumidor”.

Perante este cenário, o co-fundador da rede social pede aos reguladores medidas para limitar a operação do Facebook.
Enquanto empresa, o Facebook tem a seu cargo o Messenger, o Instagram e também o WhatsApp, com as estimativas a apontar que Zuckerberg controle cerca de 80% das receitas das redes sociais.
De acordo com Chris Hughes, Mark Zuckerberg “controla três plataformas de comunicação nucleares – Facebook, Instagram e WhatsApp – usadas por milhares de milhões de pessoas todos os dias”.

“O Mark consegue decidir sozinho como configurar os algorítmos do Facebook, para determinar aquilo que as pessoas vêem nos feeds de notícias, que definições de privacidade usam e que tipo de mensagens são entregues. Ele define as regras”, escreve no artigo de opinião.

 “O governo deve responsabilizar Mark. Há demasiado tempo que os legisladores estão maravilhados com o crescimento explosivo do Facebook, e desvalorizam a responsabilidade de garantir que os americanos estejam protegidos e que os mercados sejam competitivos”, aponta Chris Hughes.

Nos últimos anos, têm sido flagrantes os problemas de privacidade do Facebook, com as críticas a adensarem-se. O caso Cambridge Analytica é o maior exemplo, levando até Mark Zuckerberg a reconhecer que a reputação da empresa, relativamente ao tema da privacidade, não é a melhor.

Esta semana, tornou-se conhecido que, além de uma multa avultada, as negociações entre o Facebook e a FTC (regulador norte-americano) poderão também implicar a integração de novos executivos no quadro da rede social, para discutir as questões de privacidade na actividade da empresa.ANG/Angop


Sudão


                                            Junta Militar opta pela charia

Bissau, 10 mai 19 (ANG) - O porta-voz do Conselho Militar de Transição, general Shamseddine Kabbashi, disse lamentar o "silêncio óbvio" dos manifestantes civis sobre a possibilidade de o Sudão introduzir a lei islâmica.
Deveríamos recorrer à charia para reformar as leis sudanesas”, instou. Esta questão veio juntar-se aos temas sobre os quais os líderes da contestação e os do CMT tiveram dificuldade a chegar a acordo.
O CMT, que dirige o país desde o derrube do presidente Omar al-Bashir, diz ter "muitas reservas" sobre as reformas propostas pelos líderes das manifestações.
O conselho diz deplorar o "silêncio manifesto" face à lei islâmica.
O general Shamseddine Kabbashi declarou aos repórteres que os militares aprovaram a maioria das propostas dos líderes civis do movimento de contestação, mas os manifestantes não disseram nada sobre a charia e a tradição islâmica, que deveriam ser as fontes das próximas leis para governar o Sudão, um país predominantemente muçulmano.
"Acreditamos que a charia islâmica deveria ser a fonte das normas (...) da República do Sudão", afirmou o porta-voz do CMT.
A Constituição actual do país especifica que a charia - considerada rigorosa e denunciada por algumas organizações de defesa dos direitos humanos - é o "princípio orientador" das leis sudanesas.
No entanto, com o governo de al-Bashir, a lei islâmica foi utilizada para prejudicar as mulheres, de acordo com algumas organizações de direitos das mulheres.
Estas organizações afirmam que milhares de mulheres foram flageladas por "comportamento indecente", conforme a lei da charia.
Os dirigentes do movimento de protesto propuseram reformas ao governo interino liderado pelos militares.
Mas as negociações entre o exército e os civis continuam no impasse há vários dias. ANG/Angop



Justiça


              Ministério Público retira a PJ arroz apreendido em operação

Bissau , 10 mai 19 (ANG) -  As forças de segurança retiraram quinta-feira de um armazém em Bissau o arroz apreendido pela Polícia Judiciária no âmbito da operação "Arroz do Povo", na sequência de um pedido do magistrado do Ministério Público responsável pelo processo, segundo a Lusa.

"As forças de segurança estão a retirar do armazém o arroz apreendido", confirmou à Lusa fonte da Polícia Judiciária (PJ).

Fonte da Procuradoria-Geral da República disse também à Lusa que as forças de segurança estão a cumprir um ofício do magistrado do Ministério Público enviado ao Ministério do Interior.

No final de Abril, o Ministério Público guineense ordenou à PJ a devolução dos sacos de arroz, doados pela China, apreendidos na quinta do ministro da Agricultura por aquela força de investigação criminal.

No mesmo despacho, datado de 24 de Abril, o Ministério Público ordenou também a abertura de um processo-crime contra cinco agentes da PJ.

Segundo o Ministério Público, a Polícia Judiciária tinha um mandado de busca para efectuar diligências na cidade de Bafatá, nomeadamente nos "armazéns e domicílios dos suspeitos assim como nos domicílios de quaisquer pessoas na posse do referido produto".
"Sucede, porém, que a PJ alargou essas diligências para outras localidades não abrangidas no mandado", acrescenta o Ministério Público.

Em resposta, a PJ guineense afirmou que não iria entregar o arroz, que as buscas à quinta do ministro da Agricultura foram legais e abriu uma investigação contra ao magistrado do Ministério Público responsável pelo processo.
A Polícia Judiciária da Guiné-Bissau apreendeu no âmbito da operação denominada "Arroz do Povo", várias centenas de toneladas de arroz doado pela China, que segundo aquela força de investigação criminal, estava a ser preparado para ser vendido ao público.
O arroz apreendido estava num armazém em Bafatá, propriedade do antigo ministro do Interior Botché Candé, e numa quinta do ministro da Agricultura, Nicolau dos Santos.
No âmbito da operação, a PJ tentou ainda deter o ministro da Agricultura, mas foi impedida pelas forças de segurança.
O embaixador da China no país, Jin Hong Jun, disse à Lusa que está a seguir com muita atenção a investigação da Polícia Judiciária e salientou que o arroz doado "não é para venda".
O embaixador explicou que foram doadas, no total, 2.638 toneladas de arroz, no valor de três milhões de dólares, e que o donativo chegou a 26 de Janeiro.
Segundo o embaixador chinês, a China e as autoridades guineenses assinaram um acordo para que o arroz não seja e vendido, e para que seja doado às populações mais carenciadas do país.ANG/Angop


EUA


     Documento reúne 10 milhões de assinaturas por impeachment de Trump

Bissau, 10 mai 19 (ANG) -  Dois legisladores democratas e vários activistas apresentaram na quinta-feira, em Washington, um cartão de memória com mais de 10 milhões de assinaturas pedindo ao Congresso que inicie o processo de impeachment do presidente Donald Trump, noticiou a AFP.
Em nossas mãos temos 10 milhões de razões para estar aqui hoje", declarou o congressista Al Green, ao lado de sua colega Rashida Tlaib e de representantes das organizações MoveOn e Women's March, diante do Capitólio, sede do Congresso.
"Diante desta situação particularmente obscura para nosso país, este é um momento de luz", destacou Tlaib, que defende o impeachment de Trump há meses.
Na Câmara de Representantes desde Janeiro, Tlaib apresentou em Março uma resolução solicitando ao Comité Judicial da casa uma investigação sobre se Trump cometeu crimes passíveis do impeachment.
Trump foi isento, em Abril, da suspeita de conluio com os russos na campanha presidencial de 2016, no relatório do procurador especial Robert Mueller, mas alguns democratas questionam a investigação. ANG/Angop

quinta-feira, 9 de maio de 2019

Diplomacia




Representante da ONU em Bissau
Bissau,09 Mai 19(ANG) - Os chefes das missões de paz das Nações Unidas na África Ocidental reúnem-se sexta-feira em Bissau, Guiné-Bissau, para analisar e partilhar informações sobre paz e segurança na região, informou hoje, em comunicado, a ONU.

A reunião vai ser presidida pelo representante especial do secretário-geral da ONU para a África Ocidental, Mohamed Ibn Chambas, que deverá ser recebido pelo Presidente guineense, José Mário Vaz, na sexta-feira de manhã.

No encontro participam também o representante do secretário-geral da ONU para a Guiné-Bissau, José Viegas Filho, os representantes das missões de paz no Mali e República Centro-Africana e os coordenadores residentes das Nações Unidas na Costa do Marfim e na Libéria. ANG/Lusa


Política





Bissau,09 Mai 19(ANG) - O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC) apelou quarta-feira as centrais sindicais a suspenderem as suas acções reivindicativas até a existência de um novo governo.
 
O apelo foi feito durante a conferência de imprensa conjunta dos partidos que constituem a maioria parlamentar para a estabilidade governativa

Segundo Domingos Simões Pereira, as organizações sindicais devem analisar com atenção o quadro político vigente no país.

“Lanço um apelo as organizações sindicais e confederações dos trabalhadores a analisarem com atenção o quadro político vigente evitando de viabilizar involuntariamente aproveitamentos políticos, e na medida do possível suspender as acções reivindicativas até a existência do novo governo que terá todo o interesse e abertura em discutir um quadro de compromisso e de responsabilização social”, apelou.

O sector público guineense está paralisado desde o dia  7 de Maio cumprindo a greve geral de três dias das duas centrais sindicais do país.

Domingos Simões Pereira admite que por mais esforço que o FMI desenvolve no país, será impossível concluir a revisão com vista ao estabelecimento de um programa de referência.

“Está no país uma importante missão do FMI que tem chamado atenção para a situação financeira bastante preocupante assim como a necessidade urgente de medidas de reforma estruturantes, o controlo das despesas e a necessidade de melhoria da coleta fiscal”, disse.

 Adiantou que, todavia, por mais esforços que o FMI quer desenvolver, será impossível concluir a revisão com vista ao estabelecimento de um programa referência o que significa a impossibilidade de assistência nomeadamente as promessas recolhídas durante a mesa redonda de Bruxelas.

A missão técnica do Fundo Monetário Internacional FMI está de visita no país desde segunda-feira, tendo já realizado encontros com o primeiro-ministro igualmente ministro da economia e finanças, presidente da República, para  avaliações preliminares do primeiro semestre. ANG/Rádio Sol Mansi




Greve na Inacep


“Actual Governo não paga serviços prestados pela INACEP ao Estado”, diz  Director-geral  

Bissau,09 Mai 19(ANG) - O Director-geral da Imprensa Nacional-Empresa Pública (INACEP), afirmou hoje que a falta de pagamento, pelo actual governo, de serviços prestados pela gráfica ao Estado guineense, dentre os quais a publicação de boletins oficiais, é  um dos factores da crise financeira com que se depara a empresa.

Vladimir Djolme, em entrevista exclusiva à ANG sobre as diligências para a liquidação de três meses de salários dividos aos funcionários da INACEP, que hoje observam uma greve, disse que o governo devia pagar mensalmente um montante de 20 milhões de francos CFA pelos  serviços prestados ao Estado pela gráfica, mas que não tem estado a pagar.

“Esse montante permitiria à INACEP pagar os seus funcionários e fazer face à outras despesas”, disse.

Aquele responsável sustenta  que é de conhecimento de todos que o país está em crise profunda, razão pela qual  as duas centrais sindicais do país decretaram  greve na função pública para exigir o governo o pagamento de salários.

“As dificuldades financeiras com que se depara o país acaba por afectar todas as empresas públicas sobretudo a INACEP, que depende em 90 por cento da subvenção financeira do governo, através do Ministério das Finanças”, disse.

Vladimir Djolme sublinhou que é desumano estar a testa de uma instituição que depara com enormes problemas e não dispor de formas de superá-los.

Afirmou, contudo, ter a  esperança de que, nos próximos dias, a situação de salários em atraso na INACEP será atenuada porque algumas facturas já foram liquidadas no Tesouro público faltando apenas o seu pagamento.

Declarou que, outro problema com que enfrenta a INACEP tem a ver com os equipamentos obsoletos e que já não correspondem com a actual era moderna.

Segundo Djolme estão em curso diligências para a aquisição de equipamentos para a renovação da parte gráfica bem como a resolução de um conjunto de problemas relacionados a  matérias primas que não existem no país e que são adquiridos no Senegal ou Gâmbia em valores avultados. ANG/ÂC//SG

Inacep


                              Trabalhadores observam greve de um dia

Bissau,09 Mai 19(ANG) – O sindicato de base dos trabalhadores da Imprensa Nacional-Empresa Pública(INACEP), cumpri hoje  uma greve de um dia, reivindicando  o pagamento de três meses de salários em atraso, ou seja dos meses de Fevereiro à Abril do ano em curso.

Em entrevista exclusiva à ANG, o Presidente do Sindicato dos trabalhadores da INACEP, Januário Intumbo afirmou que a empresa com estatuto de autonomia administrativa e financeira está agora à beira da falência.

“O Estado é o nosso maior cliente e nos últimos tempos nota-se a prática de desvio das encomendas de produção para outras gráficas. A título de exemplo, os Serviços de Migração e Fronteiras  deixou há muito tempo de nos encomendar a produção de salvos condutos por motivos desconhecidos”, disse.

O Presidente do sindicato da INACEP, a maior gráfica do país, acrescentou que já fizeram várias diligências junto do patronato mas nada surtiu efeito.

Disse que a paralisação vai afectar  a produção da caderneta de passaportes, jornais, boletins informativos dos organismos internacionais, cartões de vacinas, livros entre outros.

Januário Intumbo disse que estão abertos ao diálogo com o patronato para encontrar soluções para a resolução dos seus problemas, tendo apelado aos trabalhadores da INACEP para manterem serenos e calmos “porque a situação será resolvida”.ANG/ÂC//SG   


Cabo Verde


      Oposição contesta venda de liceu aos EUA para erguer nova embaixada

Bissau, 9 mai 19 (ANG) - A venda de um liceu na cidade da Praia aos Estados Unidos, por quase 5,2 milhões de euros, está a ser criticada pela oposição, mas o executivo cabo-verdiano respondeu hoje que se trata de um "óptimo negócio".
Vista da cidade de Praia
Numa portaria publicada segunda-feira no Boletim Oficial, os ministros das Finanças e dos Negócios Estrangeiros informaram que o Governo mandou vender a Escola Secundária Cónego Jacinto, na Várzea, aos Estados Unidos da América, que vai aproveitar o edifício e juntar um terreno anexo para ali construir a sua nova embaixada em Cabo Verde.
Na portaria conjunta, o executivo cabo-verdiano explicou que o espaço "não se adequa às necessidades futuras, devido ao crescimento populacional na área abrangida e a integração de ensino do 1.º ao 12.º ano de escolaridade".
O Governo notou ainda que o projecto da nova embaixada dos EUA vai ter impactos na geração de empregos, na dinamização da economia e na relação protocolar existente entre os dois países.
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Com a venda da propriedade do Estado, que ocupa uma área de quase 13 mil metros quadrados, o Governo vai receber 5,8 milhões de dólares (5,177 milhões de euros). O negócio prevê que o edifício regresse à posse do Estado de Cabo Verde, caso haja incumprimento ou desvio em relação ao fim que justificou a venda, de acordo com a portaria.
A transação está a ser criticada por vários quadrantes da sociedade cabo-verdiana, entre elas a oposição, com a presidente do PAICV a considerar que o que está a acontecer é "uma autêntica venda da terra, numa reedição daquilo que aconteceu na década de 90".
"Para nós, toda e qualquer embaixada ou representação diplomática tem o direito a espaços dignos para construção. Mas, não à custa do património edificado do Estado", escreveu a líder do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), Janira Hopffer Almada, numa publicação na rede social Facebook.
A líder partidária deixou uma série de perguntas ao Governo na publicação e disse que "é hora de o povo começar a dizer que escolheu um Governo para governar e não para vender" a terra.
Em conferência de imprensa em São Vicente, o presidente da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), António Monteiro, também se posicionou contra o negócio, considerando que "vender uma escola é vender a alma de um povo".
"A atitude do Governo foi pouco pensada e sem uma reflexão profunda sobre os seus impactos sociais sobre a comunidade da Várzea e da cidade da Praia", considerou o dirigente partidário, citado pela agência Inforpress.
António Monteiro questionou ainda as normas de segurança interna, já que a embaixada dos Estados Unidos será erguida num terreno "paredes-meias" com o Palácio do Governo.
"Foi vender por vender e fica a ideia de que a educação não tem valor para este Governo", atirou Monteiro.
Por sua vez, a ministra da Educação, Maritza Rosaball, garantiu que a venda do liceu foi "um óptimo negócio", que vai permitir redimensionar a rede educativa nos bairros da Várzea e Terra Branca.
A governante indicou que vão ser requalificadas e ampliadas três escolas, uma na Várzea e duas na Terra Branca, para que se transformem em complexos educativos que recebam alunos desde o 1.º até ao 8.º ano de escolaridade.
"É uma óptima intervenção, sobretudo porque vai fluidificar a rede, vai criar novas oportunidades e permitir que os alunos até ao fim do ensino básico, que é o 8.º ano, estejam nas suas zonas", mostrou a ministra.
Maritza Rosaball deu conta ainda que será construído um novo liceu na zona do Taiti, ao lado do espaço onde se situa o Memorial Amílcar Cabral, a cerca de 300 metros do actual liceu, para os 9.º até ao 12.º anos de escolaridade.
A ministra disse ainda que a deslocação do actual liceu será realizada num prazo de dois anos, período de construção da nova escola secundária no Taiti.
A Escola Secundária Cónego Jacinto, situada na zona baixa da cidade da Praia, alberga 1.800 alunos, 110 professores e 20 funcionários.ANG/Angop

Togo


   Revissão constitucional permite Faure Eyadema  concorrer em 2020 e 2025
Bissau, 09 mai 19 (ANG) - Os deputados togoleses votaram quarta-feira, em Lomé, a revisão constitucional que prevê a limitação dos mandatos presidenciais, e que permite o Presidente Faure Gnassingbé a candidatar-se nas eleições de 2020 e 2025.
Segundo a AFP, a reforma constitucional foi aprovada por 90 dos 91 deputados presentes, e dois terços pertencem ao partido governante.
A principal coligação da oposição boicotou as legislativas de Dezembro de 2018.
A nova Lei magna togolesa indica que “o Presidente da República é eleito ao sufrágio universal, livre, directo, igual e secreto, por um mandato de cinco anos renovável uma vez.
“ Esta disposição apenas pode ser modificada através de um referendo”, sublinha o texto, precisando que os mandatos já cumpridos e o que está em vigor da nova Lei constitucional “ não são tidos em conta”.
O mesmo acontece com os deputados cujos mandatos são fixados por seis anos, renováveis apenas duas vezes.
Na actual Constituição, os deputados são eleitos por cinco anos mas o número dos seus mandatos não é limitado.ANG/RFI

Angola


                          Catumbela acolhe exercícios militares da CPLP

Bissau, 9 mai 19 (ANG) - O município benguelense da Catumbela, em Angola, vai acolher este ano os exercícios militares da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), denominados “Felino”, anunciou esta quarta-feira, o chefe de Estado-maior general das Forças Armadas Angolanas (FAA).
Egídio de Sousa e Santos discursava numa reunião com as chefias dos diferentes ramos e serviços das forças armadas, bem como altas patentes militares, num encontro que visou preparar a 18ª edição dos exercícios da comunidade.
Segundo Santos  os exercícios têm como objectivo a preparação de um estado-maior e uma força-tarefa conjunta capaz de participar em missões de apoio à paz e de ajuda humanitária.
Explicou que o tema dos exercícios “Felino” do ciclo 2018/2019 é “operação de apoio à paz e de ajuda humanitária”, que no terreno será desenvolvida por uma força constituída por subunidades representativas de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
O general do Exército considerou importante a preparação contínua das forças armadas em operações para dar respostas a eventuais situações de crise, catástrofes e calamidade naturais.
A última edição (17ª) do Exercício Felino foi realizada de 18 e 29 de Setembro de 2017, na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), em Resende, no Estado brasileiro do Rio de Janeiro.ANG/Angop

quarta-feira, 8 de maio de 2019

Greve na Função Pública





Bissau,08 Mai 19(ANG) - A sociedade civil guineense aponta a falta de vontade politica como factor que resultou na greve geral iniciada terça-feira pelas duas centrais sindicais do país, nomeadamente a Confederação Geral dos Sindicatos Independentes e  União Nacional dos Trabalhadores da Guiné, UNTG.
Fodé Carambá Sanha

Em entrevista à Radio Sol Mansi, o presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil, Fodé Caramba Sanhá, disse que a concretização desta greve na função pública tem a ver com a falta de vontade do governo em negociar com os sindicatos.

“No nosso entender, pensamos que podia se descartar esta greve se houvesse a vontade política do governo chamando os sindicatos para discutir possíveis entendimentos. Qualquer greve tem seu impacto negativo, seu efeito devastador no aspecto económico-social, razão pela qual achamos que é lamentável quando se concretiza uma greve”, afirma.

Caramba Sanhá aconselha ao governo para negociar com os parceiros a fim de se evitar as paralisações nos serviços públicos.

“Há muito tempo que o governo devia chamar à mesa os sindicatos para conversar e buscar uma solução. Os sindicatos são parceiros do governo, por isso merecem a atenção do mesmo”, concluiu.

A propósito, na semana passada na celebração do 1º de Maio, dia dos trabalhadores, as duas organizações sindicais do país “União Nacional dos Trabalhadores da Guiné e Confederação Geral de Sindicatos Independentes” realizaram uma manifestação para exigir do executivo a harmonização de salários dos servidores públicos e o pagamento de salários referentes aos meses de Março e Abril, e anunciaram o início da greve de 3 dias, em curso, na função pública guineense. ANG/Rádio Sol Mansi

Greve na função pública


             Porta Voz da UNTG fala em  adesão superior a 90 por cento  
Bissau,08 Mai 19(ANG) – O porta-voz da comissão negocial da greve da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), José Alves Té, disse que a adesão a greve foi  superior a 90 por cento após o cumprimento do primeiro de três dias da greve na função pública guineense.
Vista da sede da UNTG
“Quero agradecer à todos os funcionários pela aderência porque afinal sentiram na pela a forma como estão a ser tratados e ganharam a consciência ao ponto de reivindicarem os seus direitos. Portanto, quero informar a todas as estruturas filiais da UNTG que a adesão é superior a 90%”, disse.
José Alves Té afirmou que nunca foi o propόsito dos sindicatos irem para a greve,  a última arma dos trabalhadores, mas que, devido a falta de mecanismos de resolução dos problemas, foram empurrados para a via  da greve  como forma de fazer valer os seus direitos.
Referiu  que a UNTG entregou o caderno reivindicativo ao governo desde passado mês de janeiro, mas que nunca recebeu uma convocatória do executivo para se discutir alguns pontos elencados no caderno e que em Abril avançou com um pré-aviso de greve com 37 pontos em reivindicação.
Alves Té declara  que a comissão negocial de greve está disposta a sentar-se com governo assim que este solicitar as duas centrais sindicais do país  que reivindicam o pagamento dos salários de Março e Abril e o aumento do salário mínimo de 50 mil para 100 mil francos cfa. ANG/ÂC//SG

Política


                  MADEM-G15 impugna eleição da mesa da ANP junto ao STJ

Bissau,08 Mai 19(ANG) - O Movimento para a Alternância Democrática (MADEM – G 15) entregou na semana passada, junto ao Supremo Tribunal de Justiça(STJ), um pedido de impugnação da eleição de presidente, do primeiro vice-presidente e restantes membros da Mesa da Assembleia Nacional Popular.
O anúncio da impugnação foi revelado pelo porta-voz do partido, Arcenio Djibril Baldé, que na sua comunicação aos jornalistas esta terça-feira, mostrou-se esperançado que os juízes conselheiros estarão à altura de fazer a interpretação correta das leis da República.
 “Espero que os juízes conselheiros tenham em consideração o interesse nacional, porque o juiz não faz o julgamento baseando apenas na lei, mas sim com a sua consciência e avalia também o interesse público que está em causa”, notou o porta-voz do MADEM, para de seguida, assegurar que a Guiné-Bissau está parada há quatro anos por responsabilidade de políticos e que alguns dos mesmos estão a brincar com o povo.
Reafirmou aos jornalistas a posição do seu partido em trabalhar durante a X legislatura na defesa da Constituição e das demais leis, contudo exortou a todos os atores políticos a conformarem-se com as disposições da Constituição da República e do Regimento da ANP.
O Madem G-15 responsabilizou ainda o PAIGC e os seus aliados políticos por aquilo que considera de “acusações infundadas” proferidas contra a figura do Presidente da República e pelos bloqueios político-institucionais com consequências económicas e sociais que, no seu entender, poderão mergulhar o país num caos total.
Ainda responsabiliza-os das consequências que possam advir desses seus “comportamentos irresponsáveis”, se continuarem a persistir no caminho da confrontação, do incitamento à desordem e à violência e da violação da Constituição da República e do Regimento da ANP.
Arcenio Djibril Baldé condenou toda e qualquer tentativa do PAIGC de criar equívocos sobre a independência política e os verdadeiros compromissos patrióticos do MADEM – G 15.
Ao Presidente da República, o MADEM G-15 renova seu apelo, na sua qualidade de garante da Constituição, a respeitar e fazer respeitar a Constituição da República e das demais leis da Guiné-Bissau.
Exigiu neste sentido aos libertadores (PAIGC) e aos seus aliados políticos para acatarem integralmente as recomendações constantes do comunicado final da missão ministerial da Comunidade Económica dos Estados de África Ocidental (CEDEAO), que apontam para a conclusão da composição da mesa do parlamento à luz dos resultados eleitorais das legislativas de 10 de março último e subsequente formação do governo.
A ANP já elegeu quatro dos cinco elementos que deverão constituir a mesa que preside o parlamento , faltando por eleger apenas o 2º vice-presidente, lugar destinado ao Madem G-15 mas que não foi preenchido por o candidato indigitado para essas funções pelo partido, Braima Camará não ter conseguido votos suficientes para o efeito, na primeira votação decorrida no dia 18 de Abril. ANG/O Democrata

Sociedade






Bissau,08 Mai 19(ANG) - A presidente da confederação das mulheres empresárias da Guiné-Bissau, Munira Jauad, defendeu terça-feira  maior envolvimento da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP) na promoção do empreendedorismo feminino.

"A CPLP deve fazer mais pelas mulheres empresárias", afirmou aos jornalistas à margem do Fórum das Mulheres Empresárias da CPLP, que decorreu na Faculdade de Direito em Bissau, no âmbito do Dia da Língua Portuguesa e da Cultura daquela organização.

Para Munira Jauad, o fórum serve precisamente para as mulheres falarem sobre a CPLP, as suas potencialidades e exporem as suas expectativas em relação ao empreendedorismo feminino.

"A CPLP tem uma missão muito importante e vamos desafiá-la a apoiar o empreendedorismo feminino", disse, salientando que há necessidade de criar fundos de créditos especializados para as mulheres.

A empresária guineense recordou também que a "mulher na Guiné-Bissau e em todo o lado do mundo ocupa hoje um papel muito importante na economia das famílias". ANG/Lusa


Comércio internacional


               “Guerra”  entre Estados Unidos e China sem fim à vista
Bissau, 8 mai 19 (ANG) - O Presidente Donald Trump anunciou que a partir de sexta-feira as taxas alfandegárias dos produtos chineses importados pelos Estados Unidos aumentarão de 10 para 25%, o que contraria o espírito positivo saído da última ronda a 3 de Maio em Pequim.
O anúncio do aumento de taxas aduaneiras de 10 para 25% foi feito este domingo (5/05) pelo presidente Donald Trump (como habitualmente através da sua conta twetter) e abrange cerca de 200 mil milhões de dólares de produtos importados anualmente da China,visando obrigar o gigante asiático a submeter-se às exigências americanas, para a conclusão de um acordo comercial mútuo.
Esta reviravolta do Presidente Trump, que em Dezembro suspendeu os aumentos das tarifas alfandegárias, devido à retoma positiva das negociações com a China (cuja última ronda teve lugar em Pequim no passado dia 3 de Maio), revela uma reescalada na tensão entre as duas maiores potênciais económicas mundiais, no momento em que uma nova ronda estava agendada para dia 8 de Maio.
Trump acusa a China de roubo de propriedade intelectual, de opôr barreiras à entrada de empresas norte-americanas no país, de subenvencionar as empresas públicas e pretende acima de tudo reequilibrar as trocas comerciais entre os dois países,de forma a reduzir o colossal défice bilateral dos Estados Unidos para com a China que foi de 378,73 mil milhões de dólares em 2018.
Trump denuncia ainda a demasiada morosidade de Pequim, que, segundo ele, pretende renegociar o acordo comercial, mas Pequim continua a preparar a nova ronda, embora de momento não se saiba se esta será anulada o que relançará a guerra comercial, ou adiada e neste caso, se o vice primeiro ministro chinês Liu He a presidirá como inicialmente previsto.
Se tal acontecer poderá seguir uma cimeira entre Donald Trump e Xi Jinping para assinarem um tratado comercial, que terá valor histórico.
Trump escreveu como sempre na sua conta twerter no domingo "durante 10 meses a China pagou aos Estados Unidos taxas de 25% sobre 50 mil milhões de dólares de produtos de alta tecnologia e de 10% sobre 200 mil milhões de dólares de outros produtos, estes 10% serão elevados a 25%  na sexta-feira...325 mil milhões de dólares de bens que a China nos expede serão brevemente sujeitos a 25% de taxas".
Este anúncio provocou uma queda imediata na segunda-feira (6/05) da moeda chinesa o yuan que perdeu 1,3% face ao dólar e da Bolsa de Shangai que perdeu 5%, bem como da Bolsa de Nova Iorque onde o índice de Dow Jones perdeu 1,61% e o Nasdaq 2,23%, bem como os das grandes multinacionais como Apple que perdeu 1,96% e Caterpillar que registou uma queda de 2,50%, ou ainda o sector de semi-condutores fortemente dependente das relações com a China, caso de Advanced Micro Devices que perdeu 4,29% ou Nvidia 3,25%.
Os mercados interrogam-se sobre se as ameaças do Presidente Donald Trump correspondem a uma mera técnica de negociação, ou se a guerra comercial entre os dois países se vai acentuar, mas alguns analistas avançam que estas ameaças têm apenas 40% de probabilidade de se concretizarem.  
Os Estados Unidos começaram a aumentar os direitos alfandegários aos produtos chineses no verão de 2018, o que suscitou uma retaliação imediata por parte da China e importaram em 2018, 539,5 mil milhões de dólares de produtos chineses, que ameaçam aumentar para 25% se não for concluido um acordo.
Donald Trump publicou esta segunda-feira um novo tweet, indicando que os Estados Unidos perdem anualmente entre 600 e 800 mil milhões de dólares nas suas trocas comerciais e que só com a China perdem 500 mil milhões de dólares.
As exportações chinesas para os Estados Unidos representam cerca de 5% do PIB chinês, enquanto as exportações dos Estados Unidos para a China equivalem a 0,5% do PIB norte-americano, logo em caso de guerra comercial aberta Pequim terá mais a perder do que Washington. ANG/RFI