quinta-feira, 7 de novembro de 2019

CPLP


Responsáveis pela igualdade de Género defendem reforço  do combate à violência contra mulheres
Bissau, 07 nov 19 (ANG) -  A directora-geral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Georgina Mello, apontou quarta-feira a "mais-valia linguística" como meio para desenvolver "acções conjuntas" e conseguir "mudanças concretas" no combate à violência contra as mulheres na comunidade.
 "Podemos e devemos fazer valer a nossa mais-valia linguística e a nossa cooperação multilateral, para desenvolver acções conjuntas e inclusivas, partilhando boas práticas, trabalhando em rede, promovendo as sinergias já existentes e a interligação entre os atores nacionais e os internacionais", defendeu a cabo-verdiana, citada pela Lusa.
Georgina Benrós de Mello falava na cidade da Praia, em representação do secretário-executivo da CPLP, Francisco Ribeiro Telles, na abertura da VI Reunião de Ministros e Responsáveis pela Igualdade de Género da comunidade lusófona, sob o tema "Combate à VBG e ao Feminicídio".
A directora-geral notou que a prevalência de mortes relacionadas com o género tem alcançado "proporções alarmantes", estimando-se que 35% das mulheres do mundo já experimentaram algum tipo de violência e em alguns desses países essa percentagem chega a ultrapassar os 70%, algo que considerou ser "assustador e inadmissível".
Apesar da falta de consensualização sobre o conceito e de dados diferentes, díspares e difíceis de comprar em cada um dos países, Georgina Mello notou que se sabe que os maiores números absolutos de violência registam-se na Ásia e que a maior percentagem de feminicídios acontece em África, continente onde estão seis dos nove Estados-membros da CPLP.
Por isso, disse ser necessário "romper com o silêncio, acabar com a impunidade e exigir responsabilidades" perante este flagelo social que afecta todos os Estados-membros da CPLP, "influenciando de modo inequívoco o desenvolvimento e o progresso das sociedades".

Referindo que a comunidade é composta por países com especificidades e contextos distintos e com processos de desenvolvimento em estágios diversos, a directora-geral disse acreditar, porém, que a CPLP pode conseguir "mudanças culturais significativas", através da educação e formação, para eliminar as práticas nefastas e discriminatórias contra as mulheres.
"Queremos, conjuntamente, contribuir para a mudança de atitudes e comportamentos. Para tal, precisamos de caminhar no sentido de tornar as nossas intenções mais concretas, mas direccionadas para a implementação de acções e projectos no terreno, junto das populações", reforçou.
Georgina de Mello disse que não basta criar quadros legais para prevenir e punir esses crimes, mas sim sistemas integrados de apoio às vítimas, que sejam accionados no momento em que se identifica o primeiro sinal de violência, bem como sistemas de coordenação dos serviços de apoio social, acesso à saúde, à justiça e à polícia.
"Queremos dar passos mais visíveis e com mais impacto, que respondam aos interesses e prioridades dos nossos Estados que reflictam a CPLP, como um espaço de cooperação com impacto na agenda de desenvolvimento global", prosseguiu a directora-geral, defendendo igualmente sistemas que continuem a apostar no trabalho de sensibilização das populações.
Georgina Mello entendeu que para a CPLP sustentar todos os esforços, é necessário dispor de "dados estatísticos oficiais, compreensíveis e acessíveis", preparados pelas instituições estatísticas dos países lusófonos, em coordenação com as organizações de mulheres.
A VI Reunião de Ministros e Responsáveis pela Igualdade de Género conta com a presença de representantes de todos os Estados-membros da CPLP e foi presidida pela ministra da Família e Inclusão Social de Cabo Verde, Maritza Rosabal.
A ministra sublinhou os passos dados até agora por Cabo Verde, com destaque para a Lei da Paridade, aprovada na semana passada no parlamento, considerado um "ato de justiça" e que "marca muito" a violência de género no país.
Maritza Rosabal também salientou a importância da procura de consensos, de medidas pragmáticas e de acções para combater o feminicídio, a forma extrema de violência contra as mulheres e raparigas. ANG/Angop


Presidenciais 2019


Secretária Executiva da Comissão Nacional das Eleições pede maior responsabilidade aos jornalistas neste período eleitoral

_____________________________________________________________________________________________________________________________ Bissau, 07 nov 19 (ANG) – A Secretária Executiva da Comissão Nacional das Eleições (CNE) Felisberta Moura Vaz pediu aos jornalistas para se cuidarem das mensagens que divulgam nos meios de comunicação social sobretudo neste período eleitoral.

Felisberta Moura Vaz que falava no encerramento do ateliê de capacitação dos profissionais da Comunicação Social sobre a cobertura mediática das eleições, organizada pela Rede de Estruturas de Gestão Eleitoral na África Ocidental (RESAO) e Comissão Nacional das Eleições (CNE), pede  aos jornalistas para serem pessoas que vão tranquilizar os corações dos cidadãos, acrescentando que, na situação em que o país se encontra, os jornalistas não devem levar só mensagem informativas, mas também de paz e de união entre os guineenses.

“ Sabe-se que as mensagens transmitidas nos meios de comunicação social, em segundos, chegam em velocidade que ninguém imagina.Por isso devem ser sempre cuidadosos e apaziguadores”, referiu.

Disse que é fundamental colocar na prática os ensinamentos adquiridos no seminário, e agradeceu aos facilitadores e participantes pela disponibilidade demonstrada durante os dois dias de formação.

Com esse ateliê almeja-se criar um grupo de profissionais da Imprensa treinados para a cobertura eleitoral, que colabore na prevenção de conflitos, potencie informações credíveis e que promova a paz durante as eleições , para  minimizar os riscos de desinformação potenciados pela imprensa digital e redes sociais.

A construção de relações benéficas entre a Imprensa e outros atores eleitorais e políticos, incluindo a administração eleitoral, segundo Felisberta Moura, constitui também um objetivo da Rede das Comissões Nacionais de Eleições da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (ECONEC).

A ECONEC, através deste ateliê, espera estabelecer uma rede de jornalistas especializados em cobertura eleitoral ao nível regional, rede esta que agrupa profissionais da Imprensa dos setores tradicional e digital, comprometidos em reportar/cobrir eleições com base nas melhores práticas e padrões internacionais.

A organização ainda espera estabelecer um Código de Conduta e Diretrizes de Cobertura Eleitoral da Imprensa na região da CEDEAO, um desejo alinhado com os objectivos da Organização de consolidar a democracia através de eleições credíveis, justas e transparentes, que potenciem a paz duradoira e desenvolvimento das Nações e dos povos na sub-região. ANG/DMG//SG

CPLP


             Ministros da Igualdade assinam apoio ao Aristides Gomes

Bissau, 07 nov 19 (ANG) - Os ministros da Igualdade de Género da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) assinaram quarta-feira uma moção de apoio ao executivo da Guiné-Bissau, liderado por Aristides Gomes, defendendo "reconhecer o Governo legítimo" que resultou das legislativas de Março.

Uma nota divulgada no 'site' na Internet da CPLP dá conta do apoio ao executivo guineense, "tomando em consideração o agravamento da crise política vivida neste momento na Guiné-Bissau e congratulando com o posicionamento da CPLP e demais membros da comunidade internacional", que "declararam reconhecer o Governo legítimo liderado por" Aristides Gomes.
No documento salienta-se, em função da posição da Organização das Nações Unidas (ONU), União Africana (UA), Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) e União Europeia (UE), a legitimidade do executivo "em funções em resultado das eleições legislativas de 10 de Março de 2019".
"A presente moção de apoio e solidariedade para com o Governo da Guiné-Bissau, para com o povo guineense e, em especial, as mulheres e as crianças, que são as que mais sofrem as consequências das cíclicas crises políticas" foi aprovada hoje, por unanimidade, pelos ministros e responsáveis pela Igualdade de Género da CPLP, reunidos na Cidade da Praia, em Cabo Verde.
A Guiné-Bissau vive um momento de grande tensão política, tendo o país neste momento dois governos e dois primeiros-ministros: Aristides Gomes e Faustino Imbali, segundo a agência lusa.
O Presidente guineense concedeu posse, em 31 de Outubro, a um novo Governo, depois de ter demitido o Governo liderado por Aristides Gomes, em 28 de Outubro, e afirmou no domingo que a sua decisão "é irreversível".
A União Africana, a União Europeia, a CEDEAO, a CPLP e a ONU já condenaram a decisão do Presidente José Mário Vaz de demitir o Governo liderado por Aristides Gomes e afirmaram que apenas reconhecem o executivo saído das eleições legislativas de 10 de Março, que se  mantém em funções.
Na segunda-feira, o Conselho de Segurança das Nações Unidas ameaçou com novas sanções a todos aqueles que "minem a estabilidade" da Guiné-Bissau.
A Guiné-Bissau realiza eleições presidenciais em 24 de Novembro e a campanha eleitoral, na qual participam 12 candidatos aprovados pelo Supremo Tribunal de Justiça, teve início sábado e termina em 22 de Novembro. ANG/Angop

CEDEAO


                 Faustino Imbali e seu elenco instados a se demitirem
Bissau, 07 nov 19 (ANG) - A CEDEAO deu  ultimato aos membros do considerado inconstitucional Governo chefiado por  Faustino Imbali para que apresentem demissão individual dentro de 48 horas a contar de quarta-feira.
Representante da CEDEAO Blaise Dipló
A organização avisa que se até sexta-feira, não tiverem lugar as demissões individuais, a CEDEAO vai aplicar "sanções pesadas" a cada um dos membros do Governo de Imbali.
Até quinta-feira, todos os membros do Governo de Faustino Imbali devem apresentar a sua demissão, caso contrário serão alvos de pesadas sanções. Foi o que disse esta quarta-feira, Blaise Dipló, o marfinense representante da CEDEAO em Bissau, lendo um comunicado da organização sub-regional.
Blaise Dipló pediu a todos os que “integram, de forma abusiva, o Governo ilegal de Faustino Imbali a se distanciarem de qualquer iniciativa que possa comprometer as eleições presidenciais do próximo dia 24”.
O representante da CEDEAO em Bissau voltou a frisar que para a sua organização a Constituição da Guiné-Bissau, os resultados das últimas eleições legislativas de 10 de Março e as decisões da cimeira de líderes da organização, realizada em junho, na Nigéria, não deixam dúvidas sobre a legalidade do Governo do primeiro-ministro, Aristides Gomes.
Blaise Dipló sublinhou que se até quinta-feira, os membros do Governo de Faustino Imbali que não apresentarem a carta de demissão na sede da organização em Bissau, será alvo de pesadas sanções, a serem adoptadas na cimeira de líderes da CEDEAO a ter lugar na sexta-feira, dia 08, em Niamey, no Níger.
A cimeira de Niamey foi convocada para debater a crise política na Guiné-Bissau, o Presidente José Mário Vaz, o primeiro-ministro Aristides Gomes e a ministra dos Negócios Estrangeiros, Suzy Barbosa, foram convidados a participar na reunião. ANG/RFI


quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Política


Governo condena convocação da “pretensa” reunião do Conselho Superior da Defesa Nacional

Bissau,06 Nov 19(ANG) – O governo  condenou  a convocação da “pretensa”, reunião do Conselho Superior da Defesa Nacional pelo candidato José Mário Vaz, nos moldes em que o fez e no momento em que decorre a campanha eleitoral para as presidenciais de 24 de Novembro.

Em comunicado da reunião do Conselho de Ministros Extraordinário, realizado esta quarta-feira, na qual se analisou a actual situação política do país, o colectivo ministerial refere que essa iniciativa de José Mário Vaz configura uma grave atentado ao clima de paz e estabilidade reinante na Guiné-Bissau e confirma a tentativa de golpe de Estado denunciado em tempo útil pelo primeiro-ministro.

O Conselho de Ministros denunciou a ignóbil tentativa do candidato José Mário Vaz de impor, à todo o custo, o Governo inconstitucional e ilegal por ele instituído e que foi condenado por toda a comunidade internacional.

O executivo condenou toda e qualquer tentativa de coacção e ameaças sobre os agentes de segurança e ordem, visando levá-los a executar o plano de golpe de Estado.

Congratulou-se e encoraja as forças  de segurança e ordem pública a manterem-se fiéis aos desígnios da paz, e estabilidade, e determinados ao cumprimento da sua missão republicana de defesa da ordem democrática estabelecida.

O Governo exortou as forças de Defesa e Segurança a manterem-se equidistantes das actuais querelas políticas cuja responsabilidade cabe, por inteiro , ao candidato José Mário Vaz.

Apela aos funcionários públicos que prestem serviços no Palácio do Governo a retomarem os trabalhos naquelas instalações a partir de amanha, dia 07 de Novembro.

O executivo de Aristides Gomes apela ainda  as forças vivas da nação e ao Povo em geral a se manterem calmos e serenos perante esta vã tentativa do candidato José Mário Vaz, de provocar a desestabilização do país e comprometer o processo eleitoral em curso, bem como impedir a realização do julgamento dos suspeitos de tráfico de droga, detidos no quadro da Operação Carapau, levada a cabo pela Polícia Judiciária guineense, em colaboração com as suas congéneres internacionais. ANG/ÂC//SG


Campanha eleitoral


Úmaro Sissoco Embaló lamenta “estado miserável” dos mercados de Bissau

Bissau,06 Nov 19(ANG) – O candidato presidencial do Movimento para a Alternância Democrática(Madem G15), lamentou o estado miserável em que se encontra os mercados de Bissau.

“Tudo o que os citadinos de Bissau consomem em termos alimentícios tanto peixes, carnes, legumes entre outros são adquiridos em diferentes mercados”, referiu Úmaro Sissoco Embaló, no final de uma visita que efectuou hoje ao Mercado de Bandim, Caracol e de Cuntum Madina.

O político disse constatar que os referidos mercados estão a funcionar sem  o mínimo  de sanidade, ou seja sem casas de banho, frisando que isso constitui um perigo para a sociedade.

“Avisei aos comerciantes feirantes de que se for eleito Presidente da República vou usar a minha influência para mudar essa situação”, disse.

Instado a falar sobre a actual situação política do país,  Úmaro Sissoco Embalo respondeu que esta triste quando vê que os principais responsáveis dos órgãos da soberania estão sendo escoltados pelas tropas estrangeiras.

“O próprio Presidente da República cessante José Mário Vaz, o ex-primeiro-ministro e líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, o actual chefe do executivo Aristides Gomes e o Presidente da Assembleia Nacional Popular Cipriano Cassamá, todos são escoltados pelas tropas estrangeiras, o que considero de triste”, criticou.

O político questionou ainda  como é que os candidatos José Mário Vaz e Domingos Simões Pereira podem estar em campanha eleitoral junto das populações com  tropas armadas com AK, atrás das suas comitivas.ANG/ÂC//SG

Campeonato/Inter Bairros


     Adeptos satisfeitos com  desempenho da Comissão Organizadora da prova

Bissau, 06 Nov 19 (ANG) – Alguns adeptos e amantes de futebol guineenses, mostraram-se hoje satisfeitos com o desempenho e os trabalhos demostrados, pela comissão  organizadora do Campeonato Inter Bairros em Bissau.

Numa auscultação feita pela Agência de Notícias da Guiné (ANG), Paulo da Cruz, Katya Gomes, Gerson Fonseca, Nela Jomila Gomis, Flávio de Oliveira foram unânimes no elogio  a equipa organizadora da competição.
IMAGEM ILUSTRATIVO

Paulo Cruz , um dos adeptos da equipa de Djolo, lovou a iniciativa dos jovens em a favor do desporto nacional, razão pela que disse ser importante que o governo e as pessoas de boa vontade apoiem a organização.

“Sou  torcedor da equipa de Djolo, mas também tenho grande respeito para a equipa da Praça, porque já tive a oportunidade de assistir uma partida  desta equipa e foram muito bons. Apesar de tudo, confio na minha equipa,por termos jogadores com mais qualidades e acredito que seremos o justo vencedor deste campeonato”, disse Da Cruz.

Por seu turno, Katya Gomes, adepto da equipa de Praça revelou que é de conhecimento das pessoas que acompanharam de perto o campeonato que a equipa de Praça iniciou mal o campeonato mas chegou à uma dada altura em que decidiu investir reforçando a equipa com alhuns atletas, o que permitiu a equipa chegar ao final.

Tendo enconta esta situação, Katya Gomes  disse tem a certeza  que a sua equipa vai  mesmo ganhar a competição no próximo sábado frente ao seu adversário, Djolo.

Agradeceu a  comissão Organizadora do referido evento desportivo,apelando a Federação Nacional de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB), para instituir o campeonato defeso Inter-Bairros na primeira liga de futebol guineense, por terem mais  adeptos.

Gerson Fonseca, adepto de Mindará, não pretende apoiar nenhuma das duas equipas finalista, mas estará lá com a intenção de assistir “um bom final” apesar de o seu Bairro for eliminado da prova.

 Disse que espera encontrar um bom ambiente no estádio, e pede aos adeptos de  ambas as para se comportarem bem e aceitarem o resultado final do jogo.

Entretanto, a Nela Jomila Gomis adepto da equipa de Lala Quema eliminada pela equipa de Praça,  encoraja a comissão organizadora do mesmo campeonato para prosseguir com a sua missão tendo declarado o seu apoio ao Bairro de Djolo.

 Flávio de Oliveira, um dos moradores e torcedores da Equipa de Praça, disse ter ficado  muito satisfeito com a iniciativa das três Associações que trabalham ligados ao futebol nacional nomeadamente, Treinadores, os antigos Jogadores de Futebol e dos Árbitros de organizar a  competição durante o período das férias para divertirem os amantes desta modalidade.

“Acredito que o meu Bairro será o vencedor da 3º edição de campeonato Inter Bairros, porque temos uma equipa muito bem organizada e estamos a praticar um bom futebol. Temos ainda melhor guarda-redes que até ao momento está com menos golos sofrido. Sem  dúvidas seremos a equipa campeã desta prova”, sustentou Flávio de Oliveira. 

 ANG/LLA/LPG//SG
   

Campeonato de futebol inter-bairros


                    Comissão Organizadora solicita mais apoios de empresas

Bissau, 06 Nov 19 (ANG) – O Presidente de Comissão Organizadora da 3ª edição de Campeonato “Inter-Bairros” que decorre em Bissau, solicitou hoje o apoio de mais empresas do país, como forma de contribuírem positivamente na dinamização da referida competição.

Em entrevista exclusiva á Agência de Notícias da Guiné (ANG), Miguel António da Costa vulgo “Mister Mendes”, revelou que no total são 20 equipas dos Bairros da Capital Bissau, que tomaram parte na 3ª edição de Campeonato de defeso denominado “Inter-bairros.

Informou que a referida competição é organizada pelas três Associações Desportivas, nomeadamente de Treinadores, de Árbitros e antigos futebolistas da Guiné-Bissau, e que a iniciativa visa ajudar no desenvolvimento do desporto nacional, enquanto jovens que trabalham dia a dia nesta área.

Questionado sobre se a Comissão Organizadora já pensou em alargar um dia a iniciativa para o interior do país, Miguel António da Costa esclareceu que é um dos motivos que levaram a organização a pedir maior envolvimento das empresas, em termos de patrocínio, para permitir que a competição seja organizada ao nível das regiões do país.

“Era bom que as outras empresas nacionais tanto estrangeiras como nacionais que operam na Guiné-Bissau tivessem a mesma ideia que a empresa Orange Bissau teve de nos apoiar com um valor de 13.000 000,00 FCFA, para a realização desta 3ª edição do Campeonato Inter-Bairros”, sustentou o desportista.

Disse que apesar de algumas dificuldades encontradas durante a prova,  a final de competição vai ser disputada entre as equipas de Praça e  Djoló de (Bairro militar), no próximo sábado, dia 09, no Estádio Lino Correia, em Bissau, às 16 horas, na presença de alguns membros de Federação de Futebol da Guiné-Bissau.

O Presidente da Comissão Organizadora revelou que dispõe de  8.000 000  de FCFA para a permeação de algumas categorias.

Segundo ele, o vencedor da prova vai receber 5.000 000 de FCFA,o  segundo lugar terá 2.000 000 de FCFA, e a equipa “Far Play” 300.000 de FCFA, o melhor marcador do campeonato 250 mil FCFA e por último guarda-redes menos batido 200.000 FCFA.

A terceira edição de Campeonato Inter-Bairros contou com a participação  de  20 Bairros da Capital Bissau, nomeadamente Bairro Militar, Bairro de Ajuda, Quelelé, Sam Paulo, Cupilum de cima e de Baixo, Bairro de Amedalai, Luanda, Pulubá, Bairro de Plack 2, Bairro de Hafia, Bandim, Mindará, Reno, Sintra Nema, Praça, Lala Quema, Brá, Barro de Missira, e por último Bairro Internacional. 

ANG/LLA/LPG//SG   

China Popular/Clima


Xi Jinping  e Emmanuel Macron pedem 90.000 ME para combater alterações climáticas

Bissau, 06 nov 19 (ANG) -  O Presidente chinês Xi Jinping e o seu homólogo francês, Emmanuel Macron apelaram hoje aos países desenvolvidos que invistam 100.000 milhões de dólares (90.000 milhões de euros), até 2025, para combater as alterações climáticas.
Numa declaração conjunta, intitulada “O apelo de Pequim à conservação da biodiversidade e ao combate às alterações climáticas”, os dois líderes reafirmaram o seu “firme apoio ao Acordo de Paris”, que consideraram “um processo” irreversível e uma “bússola” para uma “acção forte” na questão ambiental.
 Xi e Macron disseram que “estão determinados a fazer esforços sem precedentes para garantir o futuro das novas gerações” e “intensificar os esforços internacionais” para combater as alterações climáticas, além de “acelerar a transição para o desenvolvimento verde”.
A declaração pede que “todos os países, autoridades internacionais, empresas e organizações não-governamentais publiquem, até ao próximo ano, as suas estratégias de desenvolvimento a longo prazo, até 2050, para reduzir as emissões de gases de efeito estufa”.
Os dois chefes de Estado apelaram ainda a “um compromisso activo dos líderes políticos ao mais alto nível”, em favor da biodiversidade, e ao trabalho conjunto para “reverter a curva de perda da biodiversidade” até 2030.
Ambos os países pediram ainda um compromisso para com a restauração dos ecossistemas e medidas ambiciosas para interromper e reverter a degradação da terra e do mar, recuperando pelo menos 30% dos ecossistemas degradados.
Os dois líderes enfatizaram que o “Fundo Verde” para o clima das Nações Unidas “desempenha um papel essencial na mobilização de recursos financeiros para os países em desenvolvimento”.
A declaração conjunta, emitida durante a visita de Estado de Macron a Pequim, surge após os Estados Unidos informarem a Organização das Nações Unidas (ONU) de que iniciaram o processo de retirada do acordo de combate às alterações climáticas, assinado em Paris há quatro anos.
O Acordo enunciou a meta de impedir um agravamento da subida já verificada na temperatura média mundial em mais entre 0,5 e 1 grau Celsius.
Mas os compromissos avançados pelos participantes em 2015 são insuficientes para impedir aqueles níveis de aquecimento.
O aquecimento global, provocado pela queima de carvão, petróleo e gás, já causou o aumento da temperatura média global em um grau centígrado desde o final do século XIX.
Entre os seus resultados estão a fusão dos gelos, eventos extremos e a acidificação dos oceanos. E os cientistas asseguram que, dependendo da quantidade de dióxido de carbono emitido, a situação só vai piorar até ao final do século, com a temperatura a aumentar vários graus e o nível médio do mar em pelo menos um metro. ANG/Inforpress/Lusa


Segurança pública


              Palácio de Governo e Ministério do interior estão fechados

Bissau, 06 nov 19 (ANG) – O palácio de Governo e Ministério de Interior encontram-se fechados e ocupados pelos agentes de guarda nacional e forças  de interposição da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (ECOMIB).

A constatação foi feita hoje pelos repórteres da ANG que confirmaram as presenças de forças de Guarda Nacional  e da ECOMIB no interior do ministério e nas suas dependências exteriores .

No Palácio do Governo foi constatada   a presença de  ambas as forças  e o portão de acesso ao interior da instituição está fechado ou seja está  proibida a entrada à  funcionários e particulares, não se sabe até quando.

Contudo , a  circulação de viaturas  e de peões continua normal.

Não há informações sobre o que terá motivado esse encerramento do Palácio do Governo onde funciona a maioria dos gabinetes ministeriais, inclusive do Primeiro-ministro, Aristides Gomes.

Tudo acontece no dia seguinte à uma reunião, a segunda em 24 horas, com chefias militares, promovida pelo candidato  e  presidente da República cessante,José Mário Vaz, que diligências para que o seu decreto de demissão de Aristides Gomes nas funções de primeiro-ministro tenha efeitos.
ANG/LPG/MI//SG 

Migração

           França instaura quotas profissionais para imigrantes
Bissau, 06 nov 19 (ANG) - O governo francês deverá anunciar esta quarta-feira a instauração de quotas de imigração profissionais, para oficialmente fazer face às dificuldades de recrutamento nalguns sectores, nos quais contratar um trabalhador estrangeiro é muito complicado.
Actualmente em França quando uma empresa pede uma autorização de trabalho para um cidadão estrangeiro, não oriundo de um Estado europeu, o Serviço de Mão de Obra Estrangeira, que depende do Ministério do Trabalho, começa por verificar a "situação de emprego" nas respectivas zonas e sectores, bem como os esforços feitos pelo solicitador para obter o mesmo tipo de emprego em França.
Cerca de 30 profissões são abrangidas por esta lista não actualizada desde 2008, que obriga a demonstrar que as competências exigidas não existem em França, em função do número de pessoas inscritas nos Centros de Emprego, por exemplo em relação informáticos, técnicos de construção mecânica, manutenção de elevadores, serventes, cozinheiros, empregados de mesa e demais operários pouco qualificados.
A lista será estabelecida no verão de 2020 e a primeira reunião com os parceiros sociais terá lugar a 18 de Novembro, precisou hoje a ministra do trabalho Muriel Pénicaud.
Até ao momento esta é praticamente idêntica para todas as regiões, mas o governo promete adaptá-la às necessidades locais, com números para cada uma das profissões requerentes de empregos, que seriam revistos anualmente, para adaptá-los às necessidades económicas.
Num inquérito anual revelado em Abril pelo Centro de Emprego uma em cada duas empresas antecipava as necessidades de recrutamento, mas as propostas do governo não são consensuais.
As propostas do governo são vistas pelos sindicatos de hotelaria e restauração como algo que poderá trazer milhares de pessoas e consolidar o trabalho dos franceses, pois evitará suprimir empregos por falta de pessoal competente.
Para a Federação Francesa de Construção Civil tal pode responder a profissões específicas, mas deveria priorizar-se a optimização das formações.
Enquanto a extrema direita fala de burla politica, que so terá efeito sobre 10% da imigração ilegal e pelo contrário trará mais imigrantes para França.
Partido Socialista na oposição por sua vez ironisou "Macron fez o que Nicolas Sarkozy sonhou em 2007".
Em 2018 apenas 33.500 primeiras autorizações de residência por motivos económicos foram aceites, num total de 256.000 atribuídas por todos os motivos possíveis. ANG/RFI


Presidenciais/2019


Presidente de CNE pede  serviço de  comunicação social imparcial e responsável na cobertura das eleições

Bissau, 06 Nov 19 (ANG) - O Presidente da Comissão Nacional das Eleições (CNE) solicitou esta terça-feira aos profissionais de  comunicação social um trabalho isento, imparcial e responsável durante a campanha das eleições presidenciais de 24 de novembro, que hoje cumpre o quinto dia.

 José Pedro Sambu fez esse apelo na cerimónia de abertura de ateliê de capacitação sobre cobertura mediática das eleições destinado aos jornalistas dos órgãos de comunicação social da Guiné-Bissau.

“O ateliê  tem como objectivo principal reforçar a capacidade dos profissionais da imprensa em matéria de cobertura jornalística das eleições, e por outro lado,  potenciar um processo eleitoral credível, transparente e pacífico de modo a contribuir pedagogicamente para que os cidadãos cumpram as suas responsabilidades cívicas e sejam capazes de tomar decisões conscientes”, disse aquele responsável.

O evento é organizado pela CNE, em colaboração com Rede das Comissões Nacionais das Eleições da Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental (ECONEC).

A Presidente de ECONEC e igualmente Presidente de CNE de Cabo-Verde Maria do Rosário Lopes Pereira Gonçalves pediu seriedade aos dirigentes guineenses e a colaboração da comunidade internacional para que às Eleições Presidências prevista para 24 de Novembro se concretize.

“É o desejo da ECONEC e do mundo que as eleições aconteçam e que sejam pacíficas e ordeiras Por isso, queremos também que o resultado das eleições seja clarificador e que a governação corresponda a vontade colectiva traduzida na maioria dos votos expressos na urna”, desejou Presidente da ECONEC.

Maria do Rosário garantiu que a ECONEC vai fazer de tudo para apoiar a CNE da Guiné-Bissau na condução de um processo eleitoral pacífico, justo, inclusivo e transparente.

“As pessoas têm dificuldades em perceber onde acabam os factos e começam os argumentos e onde acabam verdades de factos e certezas, têm ainda dificuldade de diferenciar a verdade da mentira. É a partir dessas dúvidas que entram os jornalistas para esclarecer as coisas e para sensibilizar a sociedade”, afirmou.

Sublinhou que compete aos jornalistas o trabalho de confirmar e comprovar os factos e os dados lançados no espaço público e igualmente prevenir as situações de conflitos, promover o esclarecimento objectivo da opinião pública sobre o processo e promover um debate político saudável durante e  no período pós-eleitoral.

Durante os dois dias de seminário serão debatidos os  temas: Direitos e Deveres dos Jornalistas no Processo Eleitoral, Regras e Princípios para a Cobertura das Eleições, Responsabilidades dos Profissionais da Imprensa durante o período Eleitoral, Mecanismos de Regulação dos Médias e Riscos, entre outros. ANG/AALS/LPG//SG

Clima


            EUA comunicam oficialmente à ONU saída do Acordo de Paris
Bissau, 06 nov 19 (ANG) - Os Estados Unidos comunicaram formalmente segunda-feira (4) às Nações Unidas sua saída do Acordo de Paris sobre o clima.
A decisão foi anunciada pelo presidente Donald Trump, em 2017.
A confirmação foi feita pelo secretário de Estado americano, Mike Pompeo e dá início ao período para que Washington possa efetivamente concretizar sua saída, que será efetivada um ano depois da notificação, disse Pompeo.
A retirada propriamente dita dos Estados Unidos só ocorrerá em 4 de novembro de 2020, no dia seguinte das próximas eleições presidenciais nos Estados Unidos. O presidente americano, Donald Trump, disputará um segundo mandato.
Para justificar a posição americana, o secretário de Estado americano alegou que o engajamento dos Estados Unidos no acordo representaria “um fardo econômico injusto imposto aos trabalhadores, empresas e contribuintes americanos.”
Ele ainda declarou que o país faz sua parte na luta contras as emissões de gases que provocam o efeito estufa e prometeu que Washington proporia um modelo realista e pragmático nas discussões internacionais sobre o clima.
“Continuaremos a trabalhar com nossos parceiros na luta contra as consequências provocadas pelas mudanças climáticas”, ressaltou o representante do governo americano.
“Os Estados Unidos continuarão a promover a pesquisa, a inovação e o crescimento econômico, reduzindo as emissões e dando a mão para parceiros em todo o mundo”, declarou.
O acordo de Paris, assinado em dezembro de 2015 durante a Cúpula da ONU sobre mudanças climáticas, prevê um esforço coletivo dos países para limitar o aquecimento global em 1,5° em relação aos níveis pré-industriais. 
 A saída dos Estados Unidos é motivo de extrema preocupação, já que o país é o segundo maior produtor mundial de gás de efeito estufa. ANG/RFI

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Presidenciais 2019


  Sociedade Civil e Candidatos  assinam Código de Conduta e Ética Eleitoral

Bissau,05 nov 19 (ANG) - O Movimento da Sociedade Civil para Paz Democracia e Desenvolvimento e os candidatos às eleições presidenciais assinaram hoje um Código de Conduta e Ética Eleitoral.

No código os candidatos às eleições presidenciais previstas para 24 de Novembro se comprometeram  a aceitar os resultados das eleições sufragados pelo povo e interpor quaisquer reclamações ou recurso pelas vias consagradas nas leis e aceitar o seu veredicto, entre outros compromissos assumidos.

O referido documento foi assinado pelos  elementos da Célula de Monitorização Eleitoral da Sociedade Civil  e os representantes de sete dos doze candidatos às eleições presidênciais, nomeadamente o candidato Gabriel Fernandes Indi, a represente de Domingos Simões Pereira, Ester Fernandes, de Umaro Sissoco Embalo, Marciano Silva Barbeiro, de Nuno Gomes Nabiam, Augusto Gomes, de Baciro Djá, Umaro Baldé e de Carlos Gomes Júnior, Nadilé Pereira Banjague.

Não compareceram para assinatura deste documento, nem  os representantes nem os candidatos José Mário Vaz, Afonso Té, Idriça Djaló, Iaia Djalo e Mutaro Djabi.

No acto, o Presidente do Movimento da Sociedade Civil para Paz Democracia e Desenvolvimento Fodé Caramba Sanhá disse que o código interpela o bom senso dos candidatos às presidenciais que perfilam para conquistar a mais alta magistratura guineense.

Por isso, disse que com a sua assinatura o povo espera ouvir dos concorrentes apresentação de propostas de bem-estar social e desenvolvimento do país.

Fodé Sanhá solicitou aos candidatos para mostrarem a sua maturidade política e cívica mediante a assinatura do código, em cujos programas o povo está ansioso de ver patenteados as propostas estratégicas que possam reflectir as suas aspirações e de uma Guiné-Bissau estável, por serem elementos fundamentais para o  incremento das reformas estruturantes, a promoção de programas político, económico e social.

Sanhá disse esperar  que o  documento seja para os candidatos  um veículo condutor que permite a interacção entre os vários actores e todas as forças vivas da nação.

O código, conforme ele, reveste de capital importância para os efeitos de balizamento das condutas éticos-sociais, que devem reger os principais actores políticos na disputa de poder político e da governação do país.

 Fodé Caramba Sanhá afirmou que o documento é uma barreira  à violência, às injúrias e ofensas á integridade pública e humana num “fair play” democrático, por isso ,requer a integridade dos implicados, sobretudo a Sociedade Civil, aos candidatos, a CNE e as forças da segurança pública nacional.

Um outro elemento importante, segundo Fodé Sanhá, assenta na observância de eleições livres, justas, credíveis e transparentes, no respeito pelas liberdades, direitos humanos e uma governação responsável.

A Represente da Célula de monitorização das eleições, Elisa Pinto Tavares afirmou que o país vive momentos de incertezas e de muita tensão política mas uma vez, situações críticas, de conflitos eleitorais, susceptível de comprometer o processo, quando deveria ser altura de muita alegria e de festa da democracia.

“As eleições por si só, representam já um desafio para qualquer sociedade democrático, uma vez que tem que escolher aquele que corresponde melhor as expectativas. Dai que exige o maior envolvimento e maturidade de todos no processo para contribuir, nas diversas vertentes, para o seu sucesso , e ganha a democracia e a Guiné-Bissau”, assegurou.
Os trabalhos da Célula, segundo Elisa Tavares, não se resumira  na recolha das informações sobre o processo visam também  contribuir para a melhoria da participação das camadas mais desfavorecidas, nomeadamente mulheres e jovens, para permitir que as eleições sejam mais inclusivas tomando em consideração as pessoas com deficiência.

Por isso, no dia 23,24 e 25 a organização vai colocar no terreno 423 monitores em todo o território nacional que vão enviar para uma sala de operações composta por introdutores de dados, que depois serão analisados por analistas políticos,  entre outros.

Aquela responsável exortou os políticos a fazerem destas eleições das mais exemplares que o país poderá ter, não obstante a tensão política que se vive agora.

“O nosso país nunca  precisou de dar provas de seu civismo como agora. Dos  eleitores em geral sabemos o que esperar, dirigimos as mesas de votos sempre com civismo, vivemos os dias de campanha com civismo” , referiu Elisa Pinto Tavares.

Para  ela, agora falta aos políticos  debaterem com civismo e fazer  a campanha com maior civilidade que se exige de quem quer ser o primeiro magistrado da nação. ANG/LPG//SG