Ministros da Igualdade assinam apoio ao
Aristides Gomes
Bissau,
07 nov 19 (ANG) - Os ministros da Igualdade de Género da Comunidade de Países
de Língua Portuguesa (CPLP) assinaram quarta-feira uma moção de apoio ao
executivo da Guiné-Bissau, liderado por Aristides Gomes, defendendo
"reconhecer o Governo legítimo" que resultou das legislativas de
Março.
Uma
nota divulgada no 'site' na Internet da CPLP dá conta do apoio ao executivo
guineense, "tomando em consideração o agravamento da crise política vivida
neste momento na Guiné-Bissau e congratulando com o posicionamento da CPLP e
demais membros da comunidade internacional", que "declararam
reconhecer o Governo legítimo liderado por" Aristides Gomes.
No documento salienta-se, em função da
posição da Organização das Nações Unidas (ONU), União Africana (UA), Comunidade
Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) e União Europeia (UE), a
legitimidade do executivo "em funções em resultado das eleições
legislativas de 10 de Março de 2019".
"A presente moção de apoio e
solidariedade para com o Governo da Guiné-Bissau, para com o povo guineense e,
em especial, as mulheres e as crianças, que são as que mais sofrem as
consequências das cíclicas crises políticas" foi aprovada hoje, por
unanimidade, pelos ministros e responsáveis pela Igualdade de Género da CPLP,
reunidos na Cidade da Praia, em Cabo Verde.
A Guiné-Bissau vive um momento de grande
tensão política, tendo o país neste momento dois governos e dois
primeiros-ministros: Aristides Gomes e Faustino Imbali, segundo a agência lusa.
O Presidente guineense concedeu posse,
em 31 de Outubro, a um novo Governo, depois de ter demitido o Governo liderado
por Aristides Gomes, em 28 de Outubro, e afirmou no domingo que a sua decisão
"é irreversível".
A União Africana, a União Europeia, a
CEDEAO, a CPLP e a ONU já condenaram a decisão do Presidente José Mário Vaz de
demitir o Governo liderado por Aristides Gomes e afirmaram que apenas
reconhecem o executivo saído das eleições legislativas de 10 de Março, que se
mantém em funções.
Na segunda-feira, o Conselho de
Segurança das Nações Unidas ameaçou com novas sanções a todos aqueles que
"minem a estabilidade" da Guiné-Bissau.
A Guiné-Bissau realiza eleições
presidenciais em 24 de Novembro e a campanha eleitoral, na qual participam 12
candidatos aprovados pelo Supremo Tribunal de Justiça, teve início sábado e
termina em 22 de Novembro. ANG/Angop
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