Netanyahu é indiciado por
corrupção
Bissau, 22 nov 19 (ANG) - O
primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, foi formalmente acusado quinta-feira (21) por corrupção, fraude e
abuso de confiança pelo procurador-geral de Israel, Avichai Mandelblit.
Benjamin Netanyahu, à frente da administração desde as
eleições parlamentares de setembro, é suspeito de ter aceite ilegalmente cerca
de US$ 265.000 em presentes e de oferecer vários benefícios em troca de uma
cobertura mais favorável em um jornal e um site de notícias israelense.
O líder do Likud, que nega ter cometido qualquer
crime, pode pegar até dez anos de prisão pela acusação de corrupção e três anos
para cada uma das duas acusações de fraude e abuso de confiança.
O anúncio, aguardado ansiosamente em Israel, ocorreu
apenas algumas horas depois que o presidente do país mandatou o Parlamento para
encontrar um novo primeiro-ministro, uma vez que nem Netanyahu nem seu rival,
Benny Gantz, conseguiram formar um governo após as eleições de setembro.
A justiça israelense suspeita que Netanyahu cometeu
peculato em três casos diferentes, incluindo "o caso Bezeq", o caso
mais sensível para Benjamin Netanyahu, que se tornou o mais longevo dos
primeiros-ministros da história de Israel contabilizando 13 anos no poder.
Nesta acusação, a justiça suspeita que Netanyahu tenha
concedido favores do governo que poderiam ter trazido um lucro de milhões de
dólares ao chefe da empresa de telecomunicações Bezeq, em troca da cobertura
favorável de uma das mídias do grupo, o site Walla.
A decisão do promotor pode ter importantes
consequências políticas, já que os parlamentares têm três semanas para
encontrar um futuro primeiro ministro, capaz de unir pelo menos 61 dos 120
deputados do Knesset, o parlamento israelense. ANG/RFI
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