segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Política


Primeiro-ministro considerou “sem fundamento” críticas sobre reforço das forças da Ecomib

Bissau, 18 nov 19 (ANG) – O Primeiro-ministro considerou “sem fundamento” as críticas que o Partido da Renovação Social e alguns candidatos presidenciais fazem em relação a decisão da CEDEAO de reforçar o contingente das forças de Interposição para manutenção da Paz e Segurança (ECOMIB) em missão no país desde 2012.

Aristides Gomes falava à imprensa depois de uma reunião como os chefes de Estado-maior general das forças armadas de Niger, Nigéria, Senegal e Togo que se encontram em missão da CEDEAO em Bissau.

O PRS diz em conferência de Imprensa que a iniciativa será considerada “Declaração de guerra” , e um dos seus dirigentes, Artur Sanhá, lançou recentemente, no quadro dos protestos contra CEDEAO, o que  chamou de “Movimento contra Colonização”, com alegações de haver “intenções escondidas” de pessoas interessadas na exploração das riquezas guineenses.

“Não deve haver um mito à volta do reforço de soldados da Ecomib. Nós temos eleições”, declarou Aristides Gomes, realçando que aquela força apenas irá reforçar o seu contingente para apoiar a segurança às presidenciais do dia 24 de novembro.

O chefe do governo refutou as críticas, segundo as quais o reforço de soldados da Ecomib(o PRS fala em 1800 militares) teria como finalidade “ subjugar as forças armadas” guineenses e frisou que cabe ao governo velar pela segurança do país, sobretudo no momento  das eleições.

“Não se pode dar ao luxo de prescindir da colaboração institucional e legal dos irmãos da CEDEAO e vizinhos que querem ajudar a Guiné-Bissau a ultrapassar o ciclo de violência”, fundamentou Gomes.

Na sequência do golpe de Estado de 2012, a CEDEAO instalou no país a Ecomib composta de cerca de 600 homens, que garantem segurança as instituições governamentais e titulares de órgãos da soberania.

A decisão de reforço do contingente militar da Ecomib em Bissau foi tomada na última reunião de Chefes de Estados e de Governos de países da CEDEAO, realizada a 8 de novembro, em Niamey, no Niger.

O encontro analisou a crise política guineense despoletada com a demissão” inconstitucional” do governo dirigido por Aristides Gomes, pelo presidente Interino e candidato presidencial, José Mário Vaz.ANG/SG


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