José Mário Vaz anuncia acordo entre candidatos para a segunda volta
Bissau,
22 nov 19 (ANG)– O candidato às eleições presidenciais
de domingo na Guiné-Bissau José Mário Vaz anunciou que várias candidaturas
assinam hoje um acordo para apoiarem o candidato que passar à segunda volta.
“Está a
combinar-se, um grupo de candidaturas de partidos políticos, celebrarem um
acordo para em caso de um nós passar à segunda volta os outros apoiariam”,
disse o Presidente cessante em declarações à agência Lusa, à margem de um
comício em Biombo, a cerca de 50 quilómetros de Bissau, sem especificar de que
candidaturas se tratam.
Questionado
sobre se isto é uma resposta à proposta feita pelo candidato Umaro Sissoco
Embaló, apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15, líder
da oposição), José Mário Vaz, que se candidata como independente, respondeu:
“Eu não digo isso”.
No
entanto, disse que “foi extraordinário” quando encontrou Sissoco Embaló durante
uma acção de campanha dos dois candidatos em Buba, no sul do país.
“Eu
estava num lugar e ele foi cumprimentar-me. Eu gostei muito desse gesto. Isso é
que é realmente a democracia”, disse.
O
candidato do Madem G15 apelou em 19 de Novembro para a união de todos os
candidatos contra o que considera ser o “eixo do mal” representado por Domingos
Simões Pereira, candidato do Partido Africano para a Independência da Guiné e
Cabo Verde (PAIGC, no poder).
Sobre
se está confiante numa vitória à primeira volta, Jomav, como é conhecido,
admitiu que “é difícil”.
“Talvez
a única pessoa que disse que vai vencer na primeira volta é o candidato
adversário, o candidato do PAIGC, que esteve em Portugal e disse a toda a gente
que ganharia na primeira volta”, mas quem viu esta campanha percebe que
“ninguém tem condições de vencer na primeira volta”, disse.
Sobre
quem vai apoiar na segunda volta, caso seja afastado da corrida no domingo,
José Mário Vaz escusou-se a responder directamente.
“Não tenho
problemas nenhuns. Neste momento o povo é soberano, o veredicto é popular. Se
for ou não for à segunda volta o povo é quem mais ordena. Eu vou cumprir
rigorosamente aquilo que as urnas ditarem”, disse.
Questionado
sobre se algum dia irá ultrapassar o diferendo com Domingos Simões Pereira, o
Presidente cessante referiu que não sabe se existe.
“O
único problema que eu tenho como responsável deste país é a defesa
intransigente da minha terra e do meu povo, é só”, disse.
Em
2015, José Mário Vaz demitiu Domingos Simões Pereira do cargo de
primeiro-ministro e recusou novamente o seu nome para o cargo chefe de Governo
em Junho deste ano, após as legislativas de Março.
ANG/Inforpress/Lusa
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