Silvestre
Alves diz que resultados anunciados
ditaram o fim da carreira política de José Mário Vaz
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Bissau,27 Nov 19(ANG) – O
analista político Silvestre Alves afirmou que os resultados provisórios das
eleições presidenciais de 24 de Novembro anunciados hoje pela Comissão Nacional
de Eleições(CNE), ditaram o fim da carreira política do ex.Presidente da
República, José Mário Vaz.
De acordo com os resultados
anunciados pela CNE, o candidato apoiado pelo Partido Africano da Independência
da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), Domingos Simões Pereira, obteve um total de 222.870
votos correspondentes à 40,13 por centos, enquanto que Umaro Sissoco Embalo, apoiado
pelo Movimento para Alternância Democrática teve 153.530 votos o que equivale
a 27,65 por cento.
Em consequencia desse
resultado, a CNE anuncia uma segunda volta das presidenciais, pondo frente à
frente os candidato do PAIGC Domingos Simões Pereira e do Madem G15, Umaro Sissoco Embaló, para o
próximo dia 29 de Dezembro.
O Presidente da República
cessante José Mário Vaz ficou em quarto lugar com 68.933 votos, que correspondem a 12,41 por cento de votos.
Para o analista político
Silvestre Alves, em declarações à Rádio Difusão Nacional, o Presidente cessante
não foi feliz no seu consulado de cinco anos, porque “deixou uma imagem
horrível aos guineenses”.
“Ele complicou as contas a
partir da nomeação do Governo de Faustino Imbali”, considerou.
Silvestre Alves sublinhou
que até aqui, admitia hipóteses de José Mário Vaz ficar em segundo lugar nas eleições do passado
dia 24 de Novembro, mas com a sua decisão política de confrontar-se com o
Governo legitimo saído das últimas legislativas de Março, acabou por hipotecar
completamente o seu protagonismo político.
“Foi um consulado que podia
ter dado melhor resultado, mas que infelizmente as soluções que encontrou para
protagonizar o poder, as companhias de que se rodeou, foram saindo por baixo e
ele ficou descalço até à última, e, portanto, não se vê as figuras que o
rodearam nos primeiros momentos”, salientou.
Silvestre Alves declarou que
resta ao Presidente da República cessante apenas a oportunidade de saber dar a
volta por cima para não trair as grandes esperanças do Povo.
O analista político disse
que José Mário Vaz foi desautorizado nas eleições legislativas de Março passado
e ele não compreendeu que efectivamente não podia descartar o candidato
indigitado pelo partido vencedor neste caso Domingos Simões Pereira para o
cargo do primeiro-ministro.
“Começa ai o seu grande
pecado nestes últimos tempos da democracia guineense. A partir dos resultados
das legislativas de Março, ele falhou e depois tenta fazer a fuga em frente com
a nomeação do Governo Fustino Fudut Imbali e o resultado estatelou-se
completamente”, disse Silvestre Alves. ANG/ÂC//SG
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