INTERNACIONAL
Johnson poderá
conseguir o melhor resultado para os conservadores em mais de 30 anos, diz as sondagens
Bissau,28 Nov 19(ANG) - Segundo a
empresa de sondagens YouGov, os ‘tories’ poderão conseguir 359 dos 650 assentos
em disputa nas eleições no Reino Unido marcadas para 12 de dezembro. A projeção aponta para uma
recuperação de 42 lugares face às eleições de 2017.
O Labour deverá perder 51 assentos,
passando de 262 para 211. E o Partido do Brexit não deverá conseguir qualquer
lugar.
O primeiro-ministro britânico, Boris
Johnson, poderá conseguir o melhor resultado para o Partido Conservador desde a
vitória de Margaret Thatcher em 1987, sugere uma projeção divulgada no final
desta quarta-feira.
Segundo um modelo usado pela empresa de
sondagens YouGov, os ‘tories’
poderão conseguir 359 dos 650 assentos parlamentares em disputa nas eleições de
12 de dezembro.
O modelo, que previu correctamente os
resultados das eleições de 2017, aponta para uma recuperação de 42 assentos
pelos conservadores face ao ato eleitoral de há dois anos.
O Partido Trabalhista, de Jeremy Corbyn,
deverá perder 51 assentos, passando de 262 para 211. O Partido Nacional Escocês
conquistará 43, os Liberais Democratas 13, o Partido do País de Gales 4 e o
Partido Verde 1. O Partido do Brexit não deverá conseguir qualquer assento.
De acordo com a projeção, os conservadores
deverão ‘roubar’ 44 assentos dos trabalhistas, dois dos Liberais Democratas e
ainda o antigo assento do presidente da Câmara dos Comuns. Já o Labour não
deverá conseguir ocupar qualquer assento novo.
O modelo da YouGov reúne dados de mais de
100 mil entrevistas feitas durante sete dias, tendo em conta o desenho
demográfico, as circunstâncias específicas dos círculos eleitorais e as
estatísticas nacionais na elaboração de uma projeção.
No final de maio de 2017, pouco mais de
uma semana antes das eleições, o YouGov usou este modelo e previu que a então
primeira-ministra, Theresa May, iria perder a sua maioria. A projeção
confirmou-se, o que complicou o cenário do Brexit e acabou por ditar o fracasso
da liderança de May.
Após quase quatro anos de crise política,
desde o referendo ao Brexit, Johnson promete tirar o Reino Unido da União
Europeia (UE) até 31 de janeiro se vencer as eleições.
O Reino Unido vai a votos três anos antes
da data prevista por causa do impasse em que o Brexit mergulhou o Parlamento
britânico. Os deputados mostraram-se incapazes de chegar a um entendimento
sobre o caminho certo para deixar a UE, sendo que alguns defendem que a decisão
de sair deve ser revertida.
Os eleitores escolherão entre o programa
socialista de Corbyn, que propõe um segundo referendo ao Brexit, e o programa
do Partido Conservador, liderado por Johnson.
No manifesto que apresentou no último fim
de semana, o primeiro-ministro fala nas eleições “mais cruciais da história
moderna”. Segundo o documento de 50 páginas, a proposta de saída será novamente
apresentada antes do Natal para que seja votada pelos deputados e consumada no
final de janeiro.
O Brexit é apresentado como a chave para
resolver toda a “amargura e caos”, que permitirá depois “dar gás ao potencial
de todo o país”.
Após as eleições, a Câmara dos Comuns, a câmara baixa
do Parlamento britânico, deverá reunir-se a 17 de dezembro. Nessa mesma semana,
será lido o discurso da rainha, que marca o início da legislatura do Governo.ANG/Expresso
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