Sociedade Civil e Candidatos assinam Código de Conduta e Ética Eleitoral
Bissau,05 nov 19 (ANG)
- O Movimento da Sociedade Civil para Paz Democracia e Desenvolvimento e os
candidatos às eleições presidenciais assinaram hoje um Código de Conduta e
Ética Eleitoral.
No código os candidatos
às eleições presidenciais previstas para 24 de Novembro se comprometeram a aceitar os resultados das eleições
sufragados pelo povo e interpor quaisquer reclamações ou recurso pelas vias
consagradas nas leis e aceitar o seu veredicto, entre outros compromissos
assumidos.
O referido documento foi
assinado pelos elementos da Célula de
Monitorização Eleitoral da Sociedade Civil e os representantes de sete dos doze
candidatos às eleições presidênciais, nomeadamente o candidato Gabriel
Fernandes Indi, a represente de Domingos Simões Pereira, Ester Fernandes, de
Umaro Sissoco Embalo, Marciano Silva Barbeiro, de Nuno Gomes Nabiam, Augusto
Gomes, de Baciro Djá, Umaro Baldé e de Carlos Gomes Júnior, Nadilé Pereira
Banjague.
Não compareceram para
assinatura deste documento, nem os
representantes nem os candidatos José Mário Vaz, Afonso Té, Idriça Djaló, Iaia
Djalo e Mutaro Djabi.
No acto, o Presidente
do Movimento da Sociedade Civil para Paz Democracia e Desenvolvimento Fodé
Caramba Sanhá disse que o código interpela o bom senso dos candidatos às
presidenciais que perfilam para conquistar a mais alta magistratura guineense.
Por isso, disse que com
a sua assinatura o povo espera ouvir dos concorrentes apresentação de propostas
de bem-estar social e desenvolvimento do país.
Fodé Sanhá solicitou aos
candidatos para mostrarem a sua maturidade política e cívica mediante a
assinatura do código, em cujos programas o povo está ansioso de ver patenteados
as propostas estratégicas que possam reflectir as suas aspirações e de uma
Guiné-Bissau estável, por serem elementos fundamentais para o incremento das reformas estruturantes, a
promoção de programas político, económico e social.
Sanhá disse esperar que o documento seja para os candidatos um veículo condutor que permite a interacção
entre os vários actores e todas as forças vivas da nação.
O código, conforme ele,
reveste de capital importância para os efeitos de balizamento das condutas
éticos-sociais, que devem reger os principais actores políticos na disputa de
poder político e da governação do país.
Fodé Caramba Sanhá afirmou que o documento é
uma barreira à violência, às injúrias e
ofensas á integridade pública e humana num “fair play” democrático, por isso ,requer
a integridade dos implicados, sobretudo a Sociedade Civil, aos candidatos, a CNE
e as forças da segurança pública nacional.
Um outro elemento
importante, segundo Fodé Sanhá, assenta na observância de eleições livres,
justas, credíveis e transparentes, no respeito pelas liberdades, direitos
humanos e uma governação responsável.
A Represente da Célula
de monitorização das eleições, Elisa Pinto Tavares afirmou que o país vive
momentos de incertezas e de muita tensão política mas uma vez, situações
críticas, de conflitos eleitorais, susceptível de comprometer o processo,
quando deveria ser altura de muita alegria e de festa da democracia.
“As eleições por si só,
representam já um desafio para qualquer sociedade democrático, uma vez que tem
que escolher aquele que corresponde melhor as expectativas. Dai que exige o
maior envolvimento e maturidade de todos no processo para contribuir, nas
diversas vertentes, para o seu sucesso , e ganha a democracia e a Guiné-Bissau”,
assegurou.
Os trabalhos da Célula,
segundo Elisa Tavares, não se resumira na recolha das informações sobre o processo visam
também contribuir para a melhoria da
participação das camadas mais desfavorecidas, nomeadamente mulheres e jovens, para
permitir que as eleições sejam mais inclusivas tomando em consideração as
pessoas com deficiência.
Por isso, no dia 23,24
e 25 a organização vai colocar no terreno 423 monitores em todo o território
nacional que vão enviar para uma sala de operações composta por introdutores de
dados, que depois serão analisados por analistas políticos, entre outros.
Aquela responsável
exortou os políticos a fazerem destas eleições das mais exemplares que o país
poderá ter, não obstante a tensão política que se vive agora.
“O nosso país nunca precisou de dar provas de seu civismo como
agora. Dos eleitores em geral sabemos o
que esperar, dirigimos as mesas de votos sempre com civismo, vivemos os dias de
campanha com civismo” , referiu Elisa Pinto Tavares.
Para ela, agora falta aos políticos debaterem com civismo e fazer a campanha com maior civilidade que se exige
de quem quer ser o primeiro magistrado da nação. ANG/LPG//SG
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