quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Franco CFA


            Presidente do Benim quer reforma das reservas de câmbio
Bissau, 14 nov 19 (ANG) - O ministro francês da Economia Bruno le Maire, declarou recentemente  em Bruxelas que a França não pretende impor o que quer que seja para reformar o franco CFA.
Bruno le Maire
O governante francês reagia às declarações do Presidente do Benim, Patrice Talon, que em entrevista à RFI anunciou uma importante mudança no funcionamento da moeda africana.
"Não compete à França fazer propostas que são da alçada dos Estados membros da zona franca", sublinhou o ministro francês reagindo a declarações do Presidente do Benim, Patrice Talon. 
Em entrevista à RFI e France 24, o chefe de Estado do Benim, anunciou a retirada das reservas de câmbio do franco CFA que se encontram em França.
Segundo o presidente beninês, o Banco central dos países da África da UEMOA, União económica monetária oeste africana passará a gerir a totalidade dessas reservas de divisas para as repartir entre os diversos Bancos centrais no mundo.
"Esta reforma que quer que não haja contas de operações e que o Banco Central dos Estados da África do Oeste da UMOA, deixem de guardar uma parte dessas reservas de câmbio junto do Tesouro francês, é uma reforma desejada por todos, inclusivé, pelo actual governo francês e pelo Presidente Macron. Estamos unanimemente todos de acordo sobre este assunto para pôr termo a este modelo, que, na verdade, tecnicamente, não era um problema”,disse.
Este estado de coisas , segundo Talon, tornou-se um problema para o CFA, mas na verdade não é um problema técnico.
“Para mim tudo ficará claro rapidamente, logo, o Banco central dos países da UMOA, vai gerir a totalidade dessas reservas de divisas e vai reparti-las pelos diversos Bancos centrais parceiros em todo o mundo. Já está acordado e é vontade de todos e aliás a França vai também retirar-se das estruturas de governação da moeda quanto à sua cessão”, referiu.
Não foi avançada qualquer data para esta reforma mas se vier a concretizar-se será todo o funcionamento do franco CFA a ser reformado.
De notar que por ora os Estados africanos devem depositar 50% das suas reservas em França, obtendo em contrapartida uma convertibilidade ilimitada com o euro que lhes dá uma certa credibilidade internacional. ANG/RFI


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