quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Soberania nacional

          Simões Pereira admite que Senegal possa temer a sua eleição

Bissau, 18 dez 19 (ANG) -  O candidato às eleições presidenciais na Guiné-Bissau Domingos Simões Pereira admite que o Senegal possa temer a sua eleição por saber que a sua capacidade de defender o país “é incomparavelmente superior” à do seu adversário.
Em entrevista à agência Lusa em Lisboa, o candidato apoiado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) refere que “provavelmente o Presidente do Senegal [Macky Sall] e o próprio Senegal” poderão ficar “bastante mais tranquilos” se for eleito o seu adversário, Umaro Sissoco Embaló, na segunda volta das presidenciais, em 29 de Dezembro.
“Se for o caso, será exclusivamente por eles perceberem que a minha capacidade de defender a Guiné-Bissau é incomparavelmente superior àquela do meu adversário, que olha para o Governo e olha para o Estado numa perspectiva completamente folclórica”, diz.
Questionado sobre se considera que o alegado apoio do Senegal ao seu adversário pode ser uma ameaça à soberania da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira refere que a ameaça “não é necessariamente aquilo que é a posição e a visão das autoridades senegalesas”, mas “a ignorância que pode haver por parte das autoridades guineenses”.
“É medonho pensar que nós podemos ter um chefe de Estado que não sabe rigorosamente nada sobre a história dessas relações”, diz, referindo-se a Sissoco Embaló, a quem acusa de nunca ter ouvido falar de questões como a definição da plataforma continental ou a delimitação de fronteiras, que dominam as relações entre a Guiné-Bissau e o Senegal.
Segundo o candidato do PAIGC, os guineenses “precisam saber dessas questões” para perceberem “o risco que paira” sobre a Guiné-Bissau.
Neste sentido, Simões Pereira defende que a questão que se coloca actualmente é perceber se “a delimitação da fronteira marítima entre o Senegal e a Guiné-Bissau está abrangida pelo acordo que foi assinado antes da proclamação da independência dos dois países e portanto os dois reconhecem esse traçado e a inalterabilidade dos limites que foram fixados ou se é algo posterior a essa proclamação” e deve ser reavaliado.
Ressalvando que não está a propor nenhuma revisão dos tratados existentes, o candidato defende, no entanto, que esta questão deve ser “um objecto de estudo” e de “um trabalho consistente”, sobretudo agora que o Senegal anunciou a descoberta de petróleo.
“O Senegal descobriu petróleo, descobriu gás, mas descobriu petróleo onde? Descobriu gás onde?” – questiona, referindo-se ao traçado que delimita a fronteira marítima entre os dois países e a zona conjunta, bem como os azimutes que levaram à definição desse traçado.
A Zona Económica Conjunta tem cerca de 25 mil quilómetros quadrados da plataforma continental e é gerida por uma agência de gestão e cooperação, baseada em Dacar, actualmente presidida pelo antigo primeiro-ministro guineense Artur Silva.
A ZEC é considerada rica em recursos haliêuticos, cuja exploração determina 50% para cada um dos Estados, e ainda hidrocarbonetos (petróleo e gás), mas cuja divisão é 15% para a Guiné-Bissau e 85% para o Senegal.
Sob orientação do Presidente cessante, José Mário Vaz, o Estado guineense disse pretender uma nova partilha em relação ao petróleo, mas as negociações que começaram em 2014 ainda não foram conclusivas.
Várias personalidades da sociedade civil guineense e o ex-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Zamora Induta defendem que estas negociações devem ser suspensas até que o Senegal aceite renegociar a delimitação de fronteiras marítimas e terrestres.
Domingos Simões Pereira considera que as suas partes devem respeitar as regras que foram definidas e que “não pode ser o Senegal a interpretar as regras” pela Guiné-Bissau.
“Nós vamos continuar a ser a periferia dos outros Estados que nos deixam migalhas e nós temos que nos contentar com isso”, questiona.
O candidato defende ainda que se as interpretações dos acordos não forem coincidentes, será necessária a intervenção de “entidades terceiras”, mas não como em negociações anteriores em que o Senegal foi assistido pela França, ex-potência colonial, enquanto a Guiné-Bissau foi assistida pela Argélia.
“Não compreendo e certamente enquanto chefe de Estado irei querer compreender, mas na base de um diálogo franco, de um diálogo sem comprometimento porque os chefes de Estado africanos que me conhecem hoje sabem que eu falo sem restrições porque a minha única responsabilidade é defender a verdade e o meu país”, diz.
“Isto não pode ser folclore, isto não pode ser brincadeira. Isso pode pôr em causa a nossa soberania”, remata. ANG/Inforpress/Lusa

Sociedade


“Redes sociais deixaram de aproximar cidadãos e são espaço de cobardes” diz António Nhaga

Bissau, 18 Dez (ANG) – O bastonário da Ordem dos Jornalistas da Guiné-Bissau, António Nhaga, considerou hoje que as redes sociais no país deixaram de aproximar os cidadãos para passarem a ser um espaço de cobardes ligados aos partidos políticos.
“As redes sociais já perderam há muito tempo o papel de aproximação dos cidadãos, ou seja, na Guiné-Bissau as redes sociais passaram a ser um meio de um grupinho de pessoas, cobardes, que insultam e mentem e isto não pode continuar assim”, lamentou António Nhaga, em declarações à agência Lusa.
As redes sociais na Guiné-Bissau, principalmente o Facebook, têm sido utilizadas para divulgar notícias falsas e muitas vezes associando às denominadas ‘fake news’ o nome de órgãos de comunicação social estrangeiros a trabalhar no país.
As notícias falsas aumentam conforme o momento político que o país vive e intensificam-se sempre com as campanhas eleitorais. O fenómeno já tinha sido registado durante a campanha eleitoral para as legislativas de Março e prosseguiu com a campanha eleitoral para as presidenciais, cuja segunda volta decorre no dia 29.
“O problema é que essas pessoas estão fora do nosso controlo e ligadas aos partidos políticos. Essas pessoas têm sempre alguém que transmite a mensagem e em função do dinheiro que recebe. Não há forma de controlar isso, por enquanto”, afirmou o Bastonário da Ordem dos Jornalistas guineense.
Sublinhando que a ordem está a tentar criar condições para monitorizar esse comportamento, António Nhaga disse que o facto é que continua a “haver uma avalanche nas redes sociais de pessoas que mentem” e há jornalistas que estão a “cair nessa área”.
“Se continuarmos a fazer informação de qualidade, com isenção e imparcialidade poderemos triunfar”, pediu aos jornalistas o bastonário.
Mas, segundo António Nhaga, o fenómeno está a ter mais impacto no interior do que em Bissau.
“No interior há muita gente, sobretudo jovens, que não conseguem saber nada. Qualquer coisa que lêem no telefone, consomem. O nível de informação e de conhecimento é insignificante”, afirmou, salientando que estão a ser vítimas das ‘fake news’, principalmente nesta altura de campanha eleitoral.
Questionado sobre se aquele tipo de abordagem pode prejudicar os candidatos à Presidência guineense, o bastonário disse que sim e “de que maneira”.
“Há pessoas que em vez de votarem num projecto claro, não vão ter a visão, porque as pessoas mentem e às vezes a pessoa que mente é alguém ligado à comunidade. O interior está a ser consumido por notícias falsas por falta de verificação”, disse, salientando que basta uma pessoa de Portugal ou Inglaterra enviar qualquer coisa que eles acreditam “piamente”.
Mais de 760.000 guineenses escolhem no dia 29 o próximo Presidente da Guiné-Bissau, entre Domingos Simões Pereira, apoiado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e Umaro Sissoco Embaló, apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15). ANG/Inforpress/Lusa

Paquistão


           Musharraf, ex-presidente condenado à morte por alta traição
Bissau, 18 dez 19 (ANG) - O general Pervez Musharraf, antigo presidente do Paquistão, no exílio, em Dubai, foi hoje condenado à morte acusado de crime de alta traição. Doente, no exílio, em Dubai, o ex-presidente paquistanês foi condenado, por contumácia, pois, não esteve presente no julgamento.
O ex-presidente paquistanês, Pervez Musharraf, no exílio, em Dubaï, foi hoje condenado à morte por crime de alta traição, sentença pronunciada à revelia, porque não compareceu no julgamento, anunciou a rádio pública paquistanesa.
A condenação deste general, personagem central da história recente do Paquistão está relacionada com a decisão que ele tomou a 3 de novembro quando impos o estado de emergência no país.
Segundo o seu advogado, Akhtar Shah, o antigo presidente Musharraf, "não fez nada de mal". 
O general Pervez Musharraf, tinha então alegado a defesa da unidade nacional face ao terrorismo de radicais islâmicos, sublinhando que o "terrorismo e o extremismo" estavam no seu apogeu.
Mas a sua medida foi muito impopular  e condenada pelo Supremo Tribunal pelo que acabou por ser levantada em dezembro 2007 e provocar mesmo a sua queda em 2008.
"Ele tinha imunidade; ele era o chefe do estado maior, era o Presidente  e comandante em chefe das forças armadas", observou o seu advogado.
O presidente Pervez Musharraf, exilado e doente queria regressar ao Paquistão para testemunhar aguardando apenas que lhe fosse dada garantia de segurança, sublinhou o seu advogado, Akhtar Shah.
O general Musharraf, de 76 anos, chegou ao poder, através de um golpe de estado em outubro de 1999 e autoproclamou-se Presidente em junho de 2001, antes de ganhar em abril de 2002 um referendo muito controverso.ANG/RFI

ONU


    Comité de sanções recomenda fim de sanções a militares da Guiné-Bissau

Bissau,18 Dez 19(ANG) – O presidente do Comité de Sanções das Nações Unidas contra militares da Guiné-Bissau, Anatolio Ndong Mba, recomendou ao Conselho de Segurança que considere a possibilidade de suspender essas  sanções.

As recomendações foram feitas na terça-feira (17.12) numa sessão informativa dos órgãos subsidiários do Conselho de Segurança da ONU numa altura em que Ndong Mba termina o mandato de dois anos como presidente do comité.

 O representante da ONU acha importante que seja revisto o próprio regime de sanções.
As sanções compreendem o congelamento das contas bancárias dos militares que constam numa lista de envolvidos no golpe de Estado de 2012, além da proibição de eles deixarem o país.

O então chefe do Estado Maior das Forças Armadas, António Indjai, e o vice-chefe, Mamadu Turé "Nkruma", são os principais nomes da lista dos sancionados.  

"Após sete anos de conduta exemplar dos militares da Guiné-Bissau, acredito que já é apropriado que o Conselho de Segurança considere suspender as sanções contra os militares ou o próprio regime de sanções”, disse o diplomata.

O também representante permanente da Guiné Equatorial junto à ONU acrescentou que as sanções aos militares devem ser suspensas "uma vez finalizado o ciclo eleitoral e a transmissão pacífica do poder ao novo Presidente eleito". A Guiné-Bissau terá a segunda volta das eleições presidenciais a 29 de dezembro.

 Ndong Mba destacou que há perceção compartilhada por diversos setores da sociedade guineense de que é o momento de levantar todas as sanções aos integrantes das Forças Armadas porque "os causadores da instabilidade política e institucional são os dirigentes políticos", disse.

O diplomata acredita que a crise que se verifica há vários anos é motivada por "falta de vontade política”, baseada em "interesses e ambições pessoais” e não em religiões, ideologias, etnias ou "filosofias do povo".

Ele diz que presenciou na última visita ao país uma conduta de "neutralidade", "constitucional", "republicana" e "respeitosa” do Exército da Guiné-Bissau.

Ndongo Mba esteve em Bissau em outubro deste ano, quando o Presidente cessante José Mário Vaz nomeou um Governo paralelo, criando assim o que chamou de "tensa crispação entre todos os setores sociais do país".

Para ele, as sanções tiveram papel importante na manutenção da ordem constitucional na Guiné-Bissau, mas "não constituem um fim, mas sim um meio ou ferramenta à disposição do Conselho de Segurança da ONU para alcançar um objetivo".

O diplomata disse que o seu "maior desejo" é que a Guiné-Bissau deixe de ser um problema na agenda do Conselho de Segurança da ONU e que a liderança do país mude de forma pacífica.

Perante o Conselho de Segurança da ONU, Anatolio Ndong Mba revelou também que os momentos "mais comoventes” no cargo de presidente do Comité de Sanções foram os encontros com representantes da sociedade civil e das comunidades religiosas da Guiné-Bissau.

"De fato, a sociedade civil e as comunidades religiosas souberam expressar fielmente as aspirações legítimas do povo da Guiné-Bissau - de acabar com a instabilidade política existente desde a década de 1970 e promover uma verdadeira união entre os guineenses e o desenvolvimento económico", observou.

Segundo a agência Lusa, o representante permanente da Tunísia junto à ONU, Moncef Baati, será o próximo presidente do Comité de Sanções à Guiné-Bissau.ANG/DW-África


Religião


     Papa ordena abolição do segredo pontifício para casos de abuso sexual

Bissau, 18 dez 19 (ANG)  – O Papa Francisco decidiu abolir o segredo pontifício para os casos de abuso sexual por parte de membros do clero num decreto hoje publicado pelo Vaticano, atendendo a uma das reivindicações das vítimas.
Com a nova instrução, que entrará em vigor imediatamente, as queixas, processos e decisões referentes a esses casos de abuso não estarão sujeitos ao sigilo pontifício.
As regras sobre os casos de abuso infantil também são endurecidas, uma vez que é considerado crime “a aquisição, posse ou divulgação, com um objectivo libidinoso, de imagens pornográficas de crianças menores de 18 anos por um clérigo”, e não apenas as de menores de 14 anos como até agora.
As vítimas de abuso pediram insistentemente a abolição da prática da Igreja Católica de impor regras de silêncio e confidencialidade aos casos judiciais do Vaticano relacionados com pedofilia praticada por membros do clero, considerando que os agressores estão protegidos.
Na nova instrução, “sobre a confidencialidade das causas”, está claramente estabelecido que “nenhum elo de silêncio pode ser imposto relativamente aos factos, ao queixoso, à pessoa que afirma ter sido prejudicada ou às testemunhas”.
O documento com assinatura papal detalha que, nesses casos de abuso, as informações serão tratadas de maneira a garantir a “segurança, integridade e confidencialidade” estabelecidas pelo Código de Direito Canónico para proteger a “boa reputação, imagem e privacidade” das pessoas envolvidas.
Porém, ressalva-se que “o sigilo ex officio não exclui o cumprimento das obrigações estabelecidas em cada local pela legislação, incluindo eventuais obrigações de comunicação, bem como a execução das resoluções executivas das autoridades judiciais civis”.
Ao mesmo tempo, o Papa ordena que passa a ser crime a posse, aquisição ou disseminação de material pornográfico de menores de 18 anos. Até agora era crime se esse material se referia a menores de 14 anos.
Esta é uma mudança nas chamadas Regras sobre crimes graves, aprovadas em 2001 durante o pontificado de João Paulo II.
Segundo o documento assinado pelo cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, a nova instrução sobre o segredo papal foi assinada pelo Papa em 04 de Dezembro. ANG/Inforpress/Lusa

Política


Candidatura de Domingos Simões Pereira lamenta discurso “sem nexo” de adversário
Bissau,18 Dez 19(ANG) - A candidatura de Domingos Simões Pereira à segunda volta das presidenciais da Guiné-Bissau, marcada para dia 29, lamentou terça-feira o que disse ser o discurso “sem nexo e qualquer fundamento” do outro candidato, Umaro Sissoco Embaló.
“Temos vindo a escutar as declarações sem nexo e qualquer fundamento. Quando alguém acusa alguém, deve apresentar provas”, afirmou, em conferência de imprensa, Óscar Barbosa, porta-voz da candidatura de Domingos Simões Pereira, apoiado pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde.
Segundo Óscar Barbosa, o candidato Umaro Sissoco Embaló, apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), tem acusado Domingos Simões Pereira de ser “contra os balantas, contra o levantamento de sanções [aos militares guineense, impostas pelas Nações Unidas] e contra a religião muçulmana”.
“Nós sentimos pena, mas muita pena, que uma sociedade como esta que já sofreu tanto, devido a ações dos seus próprios filhos, que a conduziram quase ao abismo, que hoje em dia em pleno século XXI haja candidatos que não têm a capacidade para apresentar argumentos que possam tirar a Guiné-Bissau da situação em que se encontra, mas que utilizam a divisão e armas perigosas como a religião e a etnia e outras acusações falsas para tentar tirar proveito disso”, afirmou Óscar Barbosa.
Para o porta-voz da candidatura de Domingos Simões Pereira, aquela situação é “como brincar com o fogo em cima da gasolina”.
“Nós aceitamos o confronto de ideias.
Domingos Simões Pereira, ao longo de toda esta campanha, falou da necessidade de unidade entre o povo guineense, da necessidade de coesão interna, falou de desenvolvimento, do muito trabalho que há a fazer na tentativa de criar uma nova imagem do país junto da comunidade internacional de modo a salvar o projeto Terra Arranca e novos apoios capazes de catapultar o país a um novo patamar de desenvolvimento”, salientou.
Mas, acrescentou Óscar Barbosa, enquanto o candidato do PAIGC fala de desenvolvimento, unidade e de coesão do povo da Guiné-Bissau, outros “falam em belicismo, utilizando a religião, a etnia e outros argumentos que estão fora do contexto atual que o mundo procura”.
“Todo o mundo luta hoje pela paz. Vemos hoje as consequências da religião, mesmo na nossa sub-região. Vemos a situação dramática do Mali, do Níger, dos Camarões, da Nigéria, queremos também incendiar a Guiné-Bissau?”, questionou.
“Se a Guiné-Bissau se incendeia pode ter a certeza que a Gâmbia, o Senegal e todos os seus parceiros vão incendiar-se, porque isto está tudo ligado. Há uma ligação histórica, cultural e de sangue entre os povos que habitam esta parte de África”, explicou.
Mais de 760.000 guineenses escolhem no próximo dia 29 o próximo Presidente da Guiné-Bissau entre Domingos Simões Pereira e Umaro Sissoco Embal.ANG/Lusa

Mali


Ex-presidente da República regressa à Bamaco após sete anos de exílio no Senegal

Bissau, 18 dez 19 (ANG) - O antigo presidente do Mali Amadou Toumani Touré, derrubado em 2012, regressou definitivamente a Bamako, após sete anos de exílio no Senegal, anunciou a Lusa.
Acompanhado pela sua família, Amadou Toumani Touré foi recebido, no domingo, no aeroporto de Bamako, em Mali, por cerca de mil apoiantes, de onde seguiu para a sua residência.
"Estou bem e feliz por estar aqui", disse o ex-chefe de Estado, de 71 anos, que já tinha estado no Mali em Dezembro de 2017, numa breve estada.
Agora regressou de vez depois de sete anos de exílio no Senegal, segundo fontes próximas de Amadou Toumani Touré.
Toumani Touré foi eleito Presidente em 2002, reeleito em 2007 e derrubado em 22 de Março de 2012, por soldados que o acusaram de incompetência face à rebelião no norte do país.
Em Abril de 2012, renunciou formalmente ao cargo e, em seguida, deixou o Mali para o vizinho Senegal, onde manteve uma presença discreta.
Amadou Toumani Touré, que permaneceu popular, não comentou oficialmente sobre os seus planos, mas fontes próximas afirmam que não voltará à política.
No entanto, há apoiantes que acreditam num eventual regresso à política de Toumani Touré num momento em que a situação do país é extremamente preocupante, segundo a agência France-Presse.
"Vim dar as boas-vindas ao 'ATT' (como é conhecido Amadou Toumani Touré) porque ele é o pai da democracia maliana", disse à agência noticiosa Oumar Touré, professor de 32 anos.
Para outro dos seus apoiantes, "o país precisa de ATT, da sua experiência", pois "desde que deixou o poder, nada mudou no Mali". ANG/Angop


terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Politica


Governador da região de Oio acusa  candidato Umaro Sissoco Embalo  de ser um “falso General”

Bissau, 17 dez 19 (ANG) – O governador da região de Oio, norte da Guiné-Bissau e militante do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde(PAIGC), acusou hoje o candidato à Presidência da República, Umaro Sissoco Embaló de ser um “falso General ” e diz que nunca será Chefe de Estado da Guiné-Bissau.

Veríssimo Tamba proferiu estas declarações numa conferência de imprensa em que analisou o  momento político e respondeu as acusações feitas pelo candidato apoiado pelo Movimento para Alternância Democrática (Madem G-15) durante os comícios realizados em São Domingos.

“Ouvi-o a dizer em Canchungo  que  no debate eleitoral com o candidato apoiado pelo PAIGC vai levar documentos que provam o seu curriculum vitae e peço-o que leva também o suporte jurídico que o nomeia como General.  Se ele comprovar isso, então o povo pode acreditar que ele realmente é o General “,frisou.

Tamba disse estar disposto a denunciar  como é que Umaro Sissoco Embalo  conseguiu obter a distinção de General e o nome das pessoas que o deram, frisando que a nomeação do Simões Pereira ao cargo do Secretário Executivo da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP), não tem nada com Sissoco, ao contrário do que diz, que  foi uma das pessoas que contribuíram para que Domingos Simões Pereira fosse nomeado para a referida função.

O governador de Oio afirmou que, o Sissoco Embalo está a pensar ainda que o momento político é de “brincadeira ou de danças”.

“O momento é de procurar o futuro Chefe de Estado da Nação guineense. Ele nunca será Presidente neste país e se isso acontecer eu Veríssimo Tamba vou ter cauda  no corpo, à semelhança de um cão”, disse.

Em jeito de reacção sobre a propalada vinda do multi-milionário saudita à Bissau no dia 26 de Dezembro, anunciado pelo Umaro Sissoco Embalo para entre outros entregar um cheque visado no valor de mil milhão de euros, Tamba questionou o porquê de só agora e não quando Sissoco Embalo era chefe do governo, acrescentando que “esta sua palhaçaria  vai terminar no próximo dia 29 de Dezembro”.

O governador de Oio alerta a população sobre o perigo das pessoas que estão em volta do Sissoco, casos de Carlos Gomes Júnior vulgo Cadogo, que “tem sobre os seus ombros suspeitas de assassínios  de Hélder Proença, Roberto Cacheu e outros”, salientando que estão com medo que o Domingos Simões Pereira ganhe, porque se isso acontecer, “vai imperar o império da lei na Guiné-Bissau” .

“As pessoas querendo ou não, haverá julgamento de actos bárbaros que aconteceram na Guiné-Bissau2, disse.

Tamba avisa que  se alguém responder as suas declarações vai “contra-atacar  duro e feio”.

Tamba afirmou que no próximo dia 29 de Dezembro, Simões Pereira será o novo Presidente da República com ou contra a vontade de quem quer que seja “porque é uma pessoa intelectual e capaz de dirigir os destinos do povo guineense” .ANG/MSC/ÂC//SG

Turismo


  AEP e ASOPTS-GB assinam acordo de parceria para promoção do turismo no país

Bissau,17 dez 19 (ANG) – A Associação Empresarial Portuguesa na Guiné –Bissau (AEP) e Associação dos Operadores Turísticos e Similares da Guiné-Bissau (ASOPTS-GB) assinaram hoje um acordo de parceria por um período indeterminado para fomentar o turismo no país.

O documento foi assinado pelo Presidente da Associação Empresarial Portuguesa na Guiné-Bissau Fernando Sousa Machado e pelo vice Presidente da Associação dos Operadores Turísticos e Similares da Guiné-Bissau  Adnane Yamia e o Secretário-geral da (ASOPTS-GB) Orlando da Costa Pinto.

O documento prevê, entre outras actividades, o relançamento das empresas nacionais que actuam no sector e a captação de investimentos para o desenvolvimento das actividades turísticas no país.

Na ocasião, o Presidente da AEP Fernando Sousa Machado se compromete em colaborar com empresas nacionais para formação de quadros para o sector.

Sousa Machado disse esperar  que o país volta a normalidade  ou seja que tenha  estabilidade política e governativa e paz social.

O vice-Presidente da Associação dos Operadores Turísticos e Similares da Guiné-Bissau,  Adnane Yamia considera o acordo de interessante para Associação  e para o sector do turismo na Guiné-Bissau, na medida em que “vai contribuir para o desenvolvimento do turismo, sobretudo no domínio da formação”. ANG/LPG/ÂC//SG

Presidenciais 2019/2ªvolta


Candidato Umaro Sissoco Embalo promete dignificar as forças de defesa e segurança do país

Bissau,17 dez 19(ANG) – O candidato do Movimento para Alternância Democrática(MADEM G15), Umaro Sissoco Embalo afirmou que, se for eleito Presidente da República, irá trabalhar para a dignificação das forças de defesa e segurança do país.

“Estamos cientes das dificuldades com que e deparam as nossas forças de defesa e segurança e do respeito que merecem, embora  estão a ser mal tratados pelos actuais dirigentes do país até ao ponto de mandarem buscar as forças estrangeiras ”, vincou.

Úmaro Sissoco Embaló que falava segunda-feira num comício popular de caça ao voto, no sector de Bissorã, região de Oio, norte do país, disse que os valores da luta de libertação nacional foram postos em causa, colocando o país de rastos.

“Desde sempre afirmei que tenho respeito para os nossos Combatentes de Liberdade de Pátria, porque conheço-os muito  melhor do que o candidato do PAIGC, Domingos Simões Pereira. Reconheço os sacrifícios consentidos pelos veteranos de luta de libertação nacional, porque lidei com os míticos comandantes, desde Nino Vieira, Saé Brae Na Nhacba,  Jaime Una, Orlando Pungna entre outros” ,referiu Sissoco Embalo.

O candidato disse que se sente revoltado quando vê, Domingos Simões Pereira a fazer “pouco” dos combatentes da liberdade da pátria, frisando que ele que, dantes pertencia à  outro partido e hoje “tomou de assalto uma formação política tão histórico como o PAIGC”.

No comício de Bissorã, o candidato Úmaro Sissoco Embalo que estava ladeado do líder de Assembleia do Povo Unido(APU PDGB), Nuno Nabiam e do vice-presidente do Partido da  Renovação Social(PRS), Certório Biote, referiu que o falecido fundador dos renovadores, Kumba Ialá sempre lutou pela a unidade nacional.

“Durante o seu mandato, o Kumba Ialá nomeou nos seus sucessivos governos pessoas de todas as etnias, dentre as quais o líder do PAIGC Domingos Simões Pereira que hoje insurgiu contra os balantas”, afirmou.

O régulo de Bissorã, Ensa Camará confrontou o candidato Úmaro Sissoco Embalo com as dificuldades  que  os populares do sector de Bissorã enfrentam, dentre as quais, a falta de escolas, hospitais, estradas, energia electricaos.

Em jeito de resposta, o candidato Sissoco Embaló disse que, se for eleito Presidente da República, a partir do mês de Fevereiro do próximo ano, as poeiras vão levantar em todas as localidades do país, porque  as obras de reabilitação de todas as estradas vão arrancar.

Sem fazer referência se vai ou não executar as referidas obras em parceria com o Governo, instituição competente para o efeito,  Úmaro Sissoco Embalo acrescentou que a energia electrica, água potável e escola serão acessíveis à toda a população.

“Não vamos esperar até os 45 anos para começar a executar os nossos projectos porque somos uma geração de concreto”, sublinhou.

O candidato Umaro Sissoco Embalo do Movimento para Alternância Democrática(MADEM G15), irá disputar a segunda volta das eleições presidenciais com o candidato do PAIGC Domingos Simões Pereira, no próximo dia  29 de Dezembro. ANG/ÂC//SG

Repórteres Sem Fronteiras


                   Quarenta e nove jornalistas mortos no mundo em 2019

Bissau, 17 dez 19 (ANG) -  Quarenta e nove jornalistas foram mortos em todo o mundo em 2019, o número mais baixo dos últimos 16 anos, segundo o relatório anual da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF).
 
Este número “historicamente baixo”, comparado com a média de 80 mortes registadas por ano nas últimas duas décadas, tem que ver essencialmente com a diminuição do número de jornalistas mortos nos conflitos armados no Iémen, Síria e Afeganistão, explicou a RSF.
“Este declínio não deve apagar uma realidade contínua: o número de jornalistas mortos nos chamados países pacíficos permanece igualmente alto”, registando o mesmo número de mortos que no ano anterior (10).
“A América Latina, com um total de 14 mortos em todo o continente, tornou-se uma área tão mortal para jornalistas quanto o Médio Oriente”, lamentou a RSF.
“Embora seja entendida com uma queda sem precedentes no número de jornalistas mortos em zonas de conflito, também observamos que mais jornalistas são conscientemente assassinados por fazerem o seu trabalho em países democráticos, o que constitui um verdadeiro desafio para as democracias”, disse o secretário-geral da RSF, Christophe Deloire.
O relatório também lista o número de jornalistas presos em todo o mundo durante o exercício da sua função: 389 jornalistas, um aumento de 12% em relação a 2018.
“Quase metade dos jornalistas está detida em apenas três países: China, Egipto e Arábia Saudita. Só a China, que intensificou a sua repressão contra a minoria uigure, detém um terço dos detidos”, denunciou a organização não-governamental. ANG/Inforpress/Lusa

Ensino público


                 Sindicatos do sector  observam nova  greve de cinco dias

Bissau, 17 dez 19 (ANG) – Os quatros sindicatos do sector educativo, nomeadamente, o SINAPROF, Sindeprof, SIESE e Frenaprof, cumprem uma greve de cinco dias inciadas segunda-feira.

Reivindicam, entre outras, a implementação do estatuto de Carreira Docente.

O porta-voz dos referidos  sindicatos, Bungoma Duarte Sanhá,  em conferência de imprensa realizada esta terça-feira  diz ser estranho a não aplicação até presentemente da Carreira Docente.

Bungoma Sanhá disse que a greve no sector de ensino público não se deve a vontade dos  professores mas sim por terem sido empurrados à isso, “porque a referida Carreira foi aprovada desde janeiro de 2011 mas que até então não é aplicada”.

Disse que os sindicatos ponderaram muito e até porque “deram muitos benefícios de dúvida ao governo” pelo que pedem a compreensão da sociedade.

Informou que o documento já foi publicado no Boletim Oficial.

Duarte Sanhá  disse que os sindicatos não têm nada com a política partidária e que estão a fazer os seus trabalhos laborais de defender a classe perante casos de injustiça, e que são os únicos com legitimidade para falar em nome dos professores.

A nova paralisação ocorre numa altura em que escolas do ensino público preparam a publicação de resultados finais, para que o novo ano lectivo possa arrancar em janeiro próximo.ANG/MI/ÂC//SG
      

Óleo de palma


                        Indonésia entra com queixa na OMC contra  UE
Bissau, 17 dez 19 (ANG) - A Indonésia apresentou queixa na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a União Europeia por sua política “discriminatória” em relação ao óleo de palma,  um dos principais produtos de exportação do país asiático.
A ação é consequência da decisão europeia de banir os biocombustíveis fabricados a partir de óleo de palma de seu mercado de renováveis.
A queixa de Jacarta pode provocar uma guerra comercial entre a Indonésia, primeiro produtor mundial de óleo de palma, e a União Europeia, preocupada com o impacto ambiental da exploração dessa cultura.
O país asiático “enviou oficialmente em 9 de dezembro um pedido de consulta à União Europeia que representa a primeira etapa de uma queixa”, explicou Agus Suparmanto, o ministro do Comércio indonésio.
A Malásia, segundo produtor mundial, também ameaça atacar a União Europeia na OMC, mas decidiu dar um pouco mais de tempo a Bruxelas.
Tesera Kok, ministra malaia responsável pelo setor, diz que virá à Europa em março de 2020 para negociar o tema. Uma queixa formal do país contra a UE não deverá ser apresentada antes desta data.
«Quero dar uma chance aos europeus e ver se com minha viagem será possível evitar a queixa na MMC », afirmou Teresa Kok. O azeita de dendê é o óleo vegetal mais utilizado no mundo e um ingrediente essencial na fabricação de um grande número de produtos industrializados, de alimentos a cosméticos. As duas nações asiáticas concentram sozinhas 80% da produção mundial.
Os europeus consideram o óleo de palma como um biocombustível não sustentável, devido ao grande desmatamento que sua produção provoca.
Por isso, a nova versão da Diretiva de Energias Renováveis (RED II), promulgada em dezembro do ano passado, decidiu que seu uso não poderia ser levado em conta para atingir os objetivos fixados pelo bloco em termos de utilização de energias renováveis em 2030.
Os países membros do bloco poderão continuar usando a mesma quantidade de biocombustíveis de palma que consomem hoje até 2023. A partir daí o volume terá que ser reduzido progressivamente até chegar a zero em 2030.
Devido ao desmatamento provocado no sudeste da Ásia, os defensores do meio ambiente acusam a exploração do óleo de palma de representar uma das maiores ameaças à biodiversidade tropical.
A Indonésia já tentou várias vezes iniciar discussões bilaterais para tentar um acordo com Bruxelas, mas nunca obteve sucesso, indicou Iman Pambagyo, diretor-geral das negociações comerciais internacionais indonésias.
“Precisamos reafirmar a posição da Indonésia em relação à política europeia », explicou Pambagyo para justificar a queixa na OMC.
A UE é hoje o segundo maior mercado consumidor do óleo de palma produzido na Indonésia, atrás somente da Índia.ANG/RFI

Caju


 União Europeia inaugura sexta-feira novo centro de processamento em Bissorã

Bissau, 17 dez 19 (ANG) – A União Europeia inaugura na próxima sexta-feira um novo centro de processamento de caju, em Bissorã, norte da Guiné-Bissau.

Vista da Escola Vocacional de ADPP em Bissorã
Segundo um comunicado desta organização, a infraestrutura é criada no âmbito do  Projecto de Processamento e Comercialização de Caju, na região de Oio, em  implementação  desde 2016, pela ONG Ajuda do Povo Para o Povo(ADPP) Guiné-Bissau, em parceria com a Associação de Clube de Agricultores.

Financiado pela União Europeia, o referido projecto formou centenas de agricultores em diferentes cadeias de valor do caju, desde as técnicas de  produção de castanha e pedúnculo de caju, incluindo a reciclagem de resíduos até a comercialização final do que é o principal produto de exportação da Guiné-Bissau.

O Centro tem produção biológica certificada e de excelência, e  já produz e comercializa amêndoa, sumo, marmelada, bolo e pão de caju, e conta com diversos viveiros de cajueiros  estabelecidos em 31 comunidades da região.

A inauguração oficial do centro prevê visita guiada dos participantes, animação cultural e intervenções da Senhora Ministra de Agricultura e Florestas, da Senhora Embaixadora da União Europeia junto da República Guiné-Bissau, do Senhor Governador de Oio, do representante da ADPP Guiné-Bissau e da representante dos/as agricultores/as e das trabalhadoras/estagiárias do Centro. ANG//SG

França


                    Escândalo derruba arquitecto da reforma da Previdência
Bissau, 17 dez 19 (ANG) - Jean-Paul Delevoye, Alto Comissário para a Aposentadoria na França e arquiteto do contestado projeto de reforma da Previdência, pediu demissão na segunda-feira (16).
Sua permanência no governo passou a ser insustentável depois da revelação de que ele acumulava vários cargos de consultor.
A renúncia acontece no 12° dia de greve contra a reforma da aposentadoria na França.
Os pedidos pela demissão de Jean-Paul Delevoye se multiplicaram desde a revelação pela imprensa, no último final de semana, de que ele havia omitido informar ao governo de que acumulava 13 contratos de consultor. Alguns desses trabalhos eram remunerados, o que é incompatível com o cargo no governo. Ele é acusado de conflitos de interesse.
Inicialmente, Delevoye recebeu o apoio do primeiro-ministro Edouard Philippe, mas acabou caindo diante da pressão da oposição.
O presidente Emmanuel Macron aceitou o pedido de demissão, mas lamentou a saída do Alto Comissário. O governo francês informou que Jean-Paul Delevoye será substituído o mais rápido possível.
É verdade que o governo tem pressa. O executivo espera relançar as negociações com os sindicatos sobre a reforma da aposentadoria ainda esta semana, para tentar pôr fim à greve que paralisa os transportes do país há 12 dias.
A maioria dos sindicatos considerava que Jean-Paul Delevoye havia perdido sua credibilidade como negociador.
Em entrevista à RFI nesta segunda-feira, Philippe Martinez, secretário-geral da Central Geral dos Trabalhadores (CGT), havia pedido a renúncia do arquiteto da reforma.
O governo não podia deixar a polêmica continuar e correr o riscos de aumentar as chances de um bloqueio do país durante as festas de fim de ano.
Jean-Paul Delevoye foi nomeado em setembro de 2017 pelo presidente Emmanuel Macron para elaborar a reforma da Previdência.
Durante dois anos, ele negociou com os sindicatos a criação de um sistema universal de aposentadoria por pontos, com o fim de 42 regimes especiais, que era uma promessa de campanha de Emmanuel Macron.
 Sua demissão fragiliza ainda mais a posição do governo que enfrenta dificuldades em convencer os franceses de que esta reforma é necessária e justa.ANG/RFI