terça-feira, 18 de agosto de 2020

MGF/ Plan Guiné-Bissau acusa Ministério Público de nada fazer contra violação dos direitos das crianças

Bissau, 18 ago 20 (ANG) –  O Representante Interino da Plan Guiné-Bissau acusou o Ministério Público de não estar a fazer seu trabalho no que concerne 

a violação dos direitos das crianças, nomeadamente a mutilação genital feminina.

Sherif Djaló falava na cerimónia do 1º Encontro Promovido pela Plan Internacional para o reforço da colaboração entre organizações governamentais e não governamentais, sob o lema “Estratégias e soluções para a Erradicação de Práticas Nefastas, Casamento Infantil e Excisão Genital Feminina”.

“Existem pessoas que são apanhadas na prática do crime de mutilação genital. Casos se verificam nas comunidades com provas, mas quando chegam ao Ministério Público, esse os arquiva ou dá apenas suspensão. Assim deixamos mal aquelas crianças que sofrem com a violação grave dos seus direitos, das suas integridades físicas e morais”, criticou.

Aquele responsável explicou que a desistência dos juízes sobre o referido assunto deve-se à tabu, justificando que existem pessoas que crescem num ambiente onde entendem que a mutilação genital feminina e casamento infantil são normais, e se esse caso chega à um juíz com essa característica certamente não o leva a sério “porque não foi trabalhado o seu tabu e preconceito”.

Acrescentou que o Comité de Abandono da Prática Nefasta, Associação dos Amigos das Crianças (AMIC) já levaram muitos casos de pessoas que foram apanhadas a praticar atos contra a lei mas que são arquivados e sem julgamento.

 Djaló disse ainda que ,as vezes, são aplicadas penas aos infractores mas estes voltam as suas casas e  continuam a fazer a mesma prática.

Segundo Sherif Djaló, as organizações que defendem os direitos das crianças pretendem elaborar uma proposta que vai ser submetida aos parceiros, a fim de angariar  fundos no valor de mais de 21 mil dólares, para se criar  mecanismo de combate à praticas nefastas contra crianças.

Lamentou que haja em pleno  século  XXI  crianças cujos seus direitos continuem a ser violados.

Disse que  a iniciativa singe em três elementos, nomeadamente, a criação de uma plataforma de organizações que trabalham sobre  mutilação genital feminina e casamento precoce, com liderança do Ministério da Família e Solidariedade Social, Comité, Instituto das Mulheres e Crianças e com apoio técnico e financeiro da Plan.

Outro eixo vai ser o mapeamento das organizações ligadas ao fenómeno para conhecer as sua áreas de intervenção e por último a definição de uma estratégia de advocacia para influenciar detentores da obrigação de proteger as crianças, que é o governo, no sentido de assumir as suas responsabilidades.

Ainda na cerimónia, em representação da ministra da Família e Coesão Social, Cremilde Correia afirmou que, contudo, a prática nefasta se verifica  a nível de todo o país, mas que a zona leste é mais afetada, tendo em conta a sua particularidade étnica.

Acrescentou que banir  essa prática é uma luta nacional que não cabe só ao governo, como também a população em geral. 

Declarou que vão prosseguir  a luta  para erradicação da prática nefasta através de sensibilizações das meninas, pais e encarregados de educação,e defende que  é importante a inclusão de todos esses atores para acabar com esse mal.

Felicitou  a iniciativa de Plan que tem lutado sempre para a erradicação dessa problemática social no país, garantindo que o Ministério da Família e Coesão Social vai reforçar o seu apoio integral em tudo o que for possível.ANG/DMG/ÂC//SG


    Bielorússia/Reeleição de Lukachenko sob contestação interna e externa

Bissau, 18 Ago 20 (ANG) - Forte contestação interna e externa à reeleição a 9 de

Agosto do Presidente Lukachenko  está na origem de uma cimeira extraordinária da União Europeia prevista para quarta-feira.

Enquanto isso, a líder da oposição, Svetlana Tikhanoskaïa, refugiada na Lituânia, diz-se pronta para assumir as suas responsabilidades e dirigir o país.

A eleição presidencial de 9 de Agosto foi marcada por elevada fraude eleitoral reconhecida pela União Europeia, enquanto aumenta a mobilização em torno da jovem de 37 anos Svetlana Tikhanoskaïa, a rival do reeleito Presidente Alexander Lukachenko.

Segunda-feira dezenas de milhares de opositores que apoiam Svetlana sairam as ruas de   Minsk, contra cerca de três mil na manhã do mesmo dia em apoio ao Presidente.

Para pôr termo às manifestações de protesto contra a sua reeleição  o Presidente Lukachenko - no poder desde 1994 -  afirmou segunda-feira estar pronto a deixar o poder, após um referendo constitucional e novas eleições presidenciais e legislativas, segundo a agência bielorussa de informações Belta, depois de ter afirmado "organizamos eleições, enquanto não me matarem, não haverá outras".

Por sua vez a líder da oposição e candidata à eleição presidencial Svetlana Tikhanoskaïa declarou  em vídeo a partir da Lituânia "estar pronta a assumir as suas responsabilidades e agir como líder nacional durante o período de transição" e apelou as forças da ordem a juntarem-se aos manifestantes, prometendo perdoar o seu comportamento repressivo.

Moscovo anunciou este fim de semana o seu apoio ao Presidente Lukachenko, mostrando a sua disponibilidade em fornecer - se necessário - ajuda militar no quadro dos acordos bilaterais com a Biolorússia, enquanto a vizinha Lituânia considerou que tal significaria "uma invasão injustificada do ponto de vista legal, moral e político". 

A UE vai pedir a Moscovo que renuncie a qualquer ingerência na Bielorússia e pediu um inquérito sobre a violenta repressão das manifestações desde 9 de Agosto.

O presidente do conselho europeu Charles Michel convocou para a próxima quarta-feira, 19 de Agosto, os dirigentes dos 27 países membros, para em cimeira extraordinária, analisarem a situação na Bielorússia, após a reeleição contestada por 80% de votos do Presidente Alexandre Lukachenko.

Alemanha, que assume a presidência rotativa da União Europeia, ameaçou esta segunda-feira (17/08) alargar as sanções anunciadas na sexta-feira (14/08) pela União Europeia contra responsáveis bielorussos acusados de repressão e farude eleitoral e no final de Agosto esta crise deverá ser evocada em Berlim, durante a reunião dos chefes da diplomacia europeia.

Reino Unido declarou esta segunda-feira (17/08) "não aceitar os resultados" da eleição presidencial de 9 de Agosto e vai "sancionar os responsáveis" pela repressão que se seguiu à eleição.

A Bielorússia é alvo de um embargo sobre a venda de armas e de material podendo ser utilizado para a repressão e quatro cidadãos bielorussos estão já proibidos de entrar na União Europeia e seus bens estão congelados desde 2016. ANG/RFI

Sociedade/Presidente do Comité contra práticas nefastas à mulher e criança lamenta falta de  justiça

Bissau,18 Ago 20(ANG) - A presidente do comité para o abandono das práticas nefastas à saúde da mulher e criança na Guiné-Bissau, Fatumata Djau Baldé, lamentou a falta de  justiça no combate ao casamento forçado ou à violência contra menores.

Segundo a Lusa, a ativista disse que ao comité – plataforma que congrega várias organizações de defesa dos direitos das crianças e mulheres – chegam diariamente denúncias de situações concretas, mas sem a colaboração dos operadores da justiça “fica difícil mudar o quadro”, frisou.

Fatumata Djau Baldé referiu que a Polícia de Ordem Pública (POP) não tem competências para administrar a justiça e que compete à Polícia Judiciária investigar as denúncias.

Mas, sublinhou, a Polícia Judiciária apenas atua em Bissau e a grande maioria das violações ocorrem no interior.

O comité liderado por Djau Baldé adotou há muito tempo como estratégia de intervenção formar os agentes da POP – que acabam por ser “de facto” as entidades que administram a justiça nas comunidades – mas o problema é que estão em permanente mudanças de esquadras e são recrutados novos agentes, disse.

Um outro problema, afirmou, é a resposta que o comité vem recebendo dos delegados do Ministério Público: “Dizem-me que os processos são encaminhados para os tribunais onde ficam encalhados. Isso é mau demais”.

“A Guiné-Bissau foi aplaudida, nos últimos dez anos, pelos avanços que fez ao nível de produção e adoção legislativa em matéria de proteção dos direitos humanos e da equidade de género”, disse, lamentando os sinais de retrocesso.

Fatumata Djau Baldé afirmou ser cansativo, mas não vê outra saída que não ser voltar a sensibilizar o procurador-geral da República, o presidente do Supremo Tribunal de Justiça e as diferentes corporações policiais para lhes pedir colaboração na aplicação da legislação contra “um novo fluxo de fenómenos degradantes” à vida da criança e da mulher.

“A aplicação da legislação pode desencorajar práticas seculares”, observou Djau Baldé.

Disse ter consciência de que com o confinamento social das pessoas, em consequência da pandemia causada pelo novo coronavírus, fenómenos como o casamento forçado, violência física contra crianças e mulheres, estão a aumentar “um pouco por todo o país”.

Antiga ministra em diferentes governos da Guiné-Bissau, Djau Baldé corroborou as denúncias de ativistas e organizações de defesa dos direitos humanos que apontam para o aumento de casos de violência física contra as mulheres em Bissau e casamento forçado ou precoce no sul do país.

Fatumata Baldé afirmou que “de facto as dificuldades familiares aumentaram” e que perante aquele cenário, alguns pais ou tios “aceitam dar em casamento uma filha ou sobrinha” por acreditarem que o pretendente “tem melhores condições”.

A antiga ministra lembrou que na Guiné-Bissau a lei proíbe o casamento de menores de 16 anos e as pessoas, para casarem, precisam de dar o seu consentimento. ANG/Lusa

 

    Mauritânia/Ex-presidente Mohamed ould Abdel Aziz ouvido peça Polícia

Bissau, 18 Ago 20 (ANG) - O ex-presidente mauritano, Mohamed ould Abdel Aziz (2008/2019), está a ser interrogado desde a noite de domingo, nas instalações da Direcção-Geral de Segurança Nacional (DGSN) por agentes policiais responsáveis pela repressão de crimes económicos e financeiros, apurou a PANA junto dos seus advogados.

Esta audiência ocorre alguns dias após a transmissão ao poder judicial do relatório de uma Comissão de Inquérito Parlamentar (CEP), que denunciou a corrupção no seu regime através da adjudicação de 109 contratos relacionados com energia, infra-estruturas, pesca, minas, terrenos e concessões portuárias, entre outros.

O interrogatório continuou segunda-feira, com o colectivo de advogados de defesa a denunciarem o que chamam de "um sequestro puro e simples".

O advogado Takioullah ould Eidda e os seus colegas, que acompanharam o ex-presidente à Esquadra da Polícia, não puderam assistir ao interrogatório.

O colectivo de defesa reclama contra "a violação" da lei da profissão de advogado, que autoriza a assistência de defesa, a partir do momento da custódia policial.

"Esta forma de conduzir o inquérito atenta gravemente contra os direitos sagrados da defesa e põe em perigo as liberdades colectivas e individuais", sustentou

O colectivo de advogados de defesa do Presidente Mohamed ould Abdel Aziz, através da voz do advogado Mohameden ould Ichidou, interpelou as autoridades judiciárias sobre "a necessidade de cumprimento rigoroso das regras processuais, garantindo os direitos sagrados da defesa".

O mesmo colectivo K considerou a opinião pública nacional e internacional como "testemunhas do assédio a que o antigo chefe de Estado é sujeito". ANG/Angop

Covid-19/ Guiné-Bissau regista 61 novos casos e aumenta vítimas mortais para 33

Bissau,18 Ago 20(ANG) - A Guiné-Bissau registou na semana passada 61 novas infeções pelo novo coronavírus, aumentando o total de casos acumulado para 2.149 e o número de vítimas mortais para 33, disse segunda-feira a entidade responsável pelo combate à pandemia de covid-19.

Na semana entre 10 e 15 de agosto foram feitas 1.415 amostras e registados 61 novos casos, disse a alta comissária para combate à covid-19, Magda Robalo, na conferência de imprensa semanal para a atualização dos dados da pandemia no país.

Segundo a antiga ministra da Saúde, a Guiné-Bissau regista 2.149 casos acumulados, dos quais 1.006 continuam ativos.

Em relação às vítimas mortais, Magda Robalo disse que foram registados 33 óbitos.

"No total foram registados 39 óbitos, dos quais 33 são óbitos por covid-19 e seis de pessoas que morreram de outras causas, mas também eram positivas para a covid-19", salientou.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 770.429 mortos e infetou mais de 21,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em África, há 25.618 mortos confirmados em mais de 1,1 milhões de infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia no continente.

Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, Angola lidera em número de mortos e a Guiné Equatorial em número de casos. Angola regista 88 mortos e 1.906 casos, seguindo-se a Guiné Equatorial (83 mortos e 4.821 casos), Cabo Verde (35 mortos e 3.179 casos), Guiné-Bissau (33 mortos e 2.149 casos), Moçambique (19 mortos e 2.855 casos) e São Tomé e Príncipe (15 mortos e 885 casos).

No âmbito do combate à pandemia na Guiné-Bissau, o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, decretou o estado de emergência, que já foi prolongado por diversas vezes, a última das quais até 24 de agosto.ANG//Lusa

 

                  Covid-19/Número de mortes em África sobe para 25.884

Bissau, 18 Ago 20 (ANG) - O número de mortes em África devido à pandemia de covid-19 subiu para 25.884, mais 266 face a segunda-feira, e as infecções aumentaram para 1.128.245, mais 9.431.

De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), que reúne os

 dados mais recentes dos relatórios oficiais dos 55 países-membros desta organização, o número de recuperações chegou às 846.330, ou seja, mais 12.068 pessoas face aos recuperados registados na segunda-feira.

O maior número de casos e de mortos de covid-19 continua a registar-se na África Austral, com 625.499 infectados e 12.792 vítimas mortais.

Nesta região, a África do Sul, o país mais afectado do continente, contabiliza 589.886 doentes infectados e 11.982 mortos.

O norte de África, a segunda zona mais afectada pela pandemia, tem agora 197.101 pessoas infectadas e 7.592 mortos e na África Ocidental o número de casos subiu para 148.826 e o de vítimas mortais para 2.231.

Na região da África Oriental, o número de casos de covid-19 é hoje de 104.878 e 2.260 mortos e na África Central são contabilizados hoje 51.941 casos de infecção e 1.009 óbitos.

O Egipto é o segundo país com mais vítimas mortais, a seguir à África do Sul, contabilizando 96.590 infectados e 5.173 óbitos, seguindo-se a Argélia, que conta hoje com 39.649 casos e 1.366 vítimas mortais.

Entre os cinco países mais afectados, estão também a Nigéria, que regista 49.485 infectados e 977 óbitos, e o Sudão, com 12.410 casos e 803 vítimas mortais.

Entre os países africanos lusófonos, Cabo Verde lidera em número de casos (tem hoje 3.203 casos e 36 mortos), seguindo-se Moçambique (2.914 casos e 19 mortos), Guiné-Bissau (2.149 casos e 33 mortos), Angola (1.935 infectados e 88 mortos) e São Tomé e Príncipe (885 casos e 15 mortos).

A Guiné Equatorial, que integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), tem 4.821 infectados e 83 óbitos, um número que se mantém constante há várias semanas.

O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egipto em 14 de Fevereiro e a Nigéria foi o primeiro país da África Subsaariana a registar casos de infecção, em 28 de Fevereiro.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 770.429 mortos e infectou mais de 21,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. ANG/Angop

 

Racismo/"Estamos todos em perigo quando a extrema-direita se sente impune”, diz deputada Joacine Katar Moreira  

 

Bissau,18 Ago 20(ANG) - A deputada não inscrita Joacine Katar Mo

reira considerou segunda-feira que todos estão em perigo "quando a extrema-direita se sente impune", alertando que as ameaças racistas começam pelos "bodes-expiatórios" até atingir "o coração da democracia". 

"Estamos todas e todos em situação de perigo quando a extrema-direita se sente impune”, declarou a deputada Joacine Katar Moreira, uma das visadas num ‘e-mail’ com ameaças enviado esta semana à associação SOS Racismo.

Numa declaração à agência Lusa, a deputada alertou que as ameaças antidemocráticas e de cariz racista “começam sempre pelos bodes-expiatórios até atingir o coração da democracia, capturando as suas instituições”. 

“A História já nos provou que não podemos ser cúmplices, com o nosso silêncio, passividade e morosidade, dos ataques àqueles que constituem os alvos mais fáceis da nossa sociedade”, apontou Katar Moreira. 

A deputada não-inscrita considerou ainda que luta contra o racismo “exige posicionamentos políticos inequívocos em defesa dos Direitos Humanos” por parte dos dirigentes e representantes políticos e de toda a sociedade.

Salientando ser alvo deste tipo de ameaças e tentativas de intimidação desde a sua eleição em 2019, Joacine considera que ainda há tempo para “lutar por uma sociedade mais justa, mais igualitária, que reforce — e não fira de morte — os valores democráticos”.

“Foi para isso que fui eleita e é este o meu compromisso político, imune a quaisquer ameaças ou condicionamentos”, vincou. 

Joacine deixou um apelo ao governo para que “seja célere” na adoção das iniciativas legislativas aprovadas na última sessão legislativa de combate ao racismo — da autoria da deputada, do BE e do PS. 

“Mais do que nunca precisamos de sinais concretos de que temos o Estado do nosso lado no combate contra tudo o que não dignifique a democracia e não contribua para o ambiente de justiça social”, apelou.

Nos últimos dias, três deputadas e sete ativistas foram alvo de ameaças por uma autoproclamada “Nova Ordem de Avis — Resistência Nacional”, que reivindicou também uma ação junto à associação SOS Racismo, levando o Governo a condenar estas ações como “uma ameaça à própria democracia” que deve indignar “todos os democratas”.

As deputadas do Bloco de Esquerda visadas no ‘email’ são Beatriz Gomes Dias e Mariana Mortágua, mas a deputada não inscrita (ex-Livre) Joacine Katar Moreira também é visada, tal como o dirigente do SOS Racismo Mamadou Ba e Jonathan Costa, da Frente Unitária Anti-Fascista, entre 10 cidadãos.

O Ministério Público instaurou um inquérito-crime ao assunto, um dia depois de o dirigente da SOS Racismo Mamadou Ba ter prestado declarações na Polícia Judiciária. e ter confirmado a receção, juntamente com mais nove pessoas, de uma mensagem de correio eletrónico a estipular o prazo de 48 horas para abandonar o país.ANG/Lusa

ONU/Abertas inscrições para o Programa para Jovens Profissionais das Nações Unidas 2020


Bissau, 18 Ago 20 (ANG)  – As Nações Unidas têm aberto, até 30 de Setembro, o período de candidatura do Programa para Jovens Profissionais das Nações Unidas (UN Young Professionals Programme – YPP) 2020, conforme comunicado da organização.


Segundo a Inforpress que cita um comunicado das Nações Unidas, o programa que tem uma periodicidade anual, recruta jovens profissionais de até 32 anos de países com baixa representatividade no Secretariado da ONU para integrar vários postos na referida organização.

Segundo a nota, entre os países participantes desta edição estão Angola,  Brasil, Cabo Verde, Cuba, Guiné Equatorial, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Para candidatar-se ao programa, o interessado deve ter a nacionalidade de um dos países participantes nesta edição, ter pelo menos um diploma universitário relevante para o exame e função para a qual se vai candidatar e ser fluente em inglês ou francês.

Conforme a mesma fonte, para a presente edição, foram abertos concursos nas áreas de Gestão e Administração, Comunicações Globais, Assuntos Políticos e Direitos Humanos, declarando que as informações do processo podem ser consultadas na página do YPP.

O Programa para Jovens Profissionais (YPP) é uma iniciativa de recrutamento de profissionais talentosos e altamente qualificados com o objectivo de darem início a uma carreira como funcionários públicos internacionais no Secretariado das Nações Unidas.

A entrada consiste num exame de admissão e na participação em programas de desenvolvimento profissional. Os candidatos bem-sucedidos darão, assim, início a uma entusiasmante carreira na ONU.

Os candidatos são convidados a inscreverem-se em diferentes temas que variam consoante a necessidade de recrutamento de funcionários para as Nações Unidas. As responsabilidades, as competências e os requisitos diferem consoante a função a desempenhar. ANG/Inforpress

Política/Advogados dizem que "Bacai Sanhá Júnior" não tem nenhum processo e falam da perseguição política

Bissau,18 Ago 20(ANG) - O porta-voz do coletivo de advogados mandatados para seguir o processo de Malam Bacai Sanhá Júnior, detido no sábado, 15 de agosto de 2020, disse que não existe nenhum processo contra o seu cliente.

O antigo dirigente foi detido, segundo Luís Vaz Martins, dentro do 

território nacional por elementos da Guarda Nacional (GN) colocados junto à linha fronteiriça, sob várias acusações, quando tentava atravessar a fronteira para o Senegal, onde ia assistir um familiar doente em Ziguinchor e terá passado por vários procedimentos.

Segunda- feira, 17 de agosto de 2020, depois da sua audição no Ministério Público, Bacai Sanhá Júnior foi reconduzido às instalações da GN, onde permaneceu por algumas horas.

Vaz Martins disse ao jornal, O Democrata que não foram notificados do despacho que o reconduziu à Guarda Nacional, onde teria ficado detido, supostamente, durante várias horas antes de ser presente ao Ministério Público na segunda-feira, 17 de agosto de 2020.

“Pelos vistos, não tem nenhum processo contra ele. Tem a ver só com ter tentado, eventualmente, atravessar a fronteira para visitar um familiar doente, em Ziguinchor. Terá sido esse facto que deu azos a toda essa situação. Estamos a falar de uma pessoa que nem sequer atravessou a fronteira, foi detida, ainda estando do lado do nosso território”, assinalou.

No Ministério Público, Malam Bacai Sanhá Júnior resistiu a uma ordem de tentar levá-lo de volta à GN, em condições humilhantes, na parte de caixa de uma viatura dupla cabine.

Para Luís Vaz Martins, tanto essa atitude como o procedimento dos elementos da Guarda Nacional que ordenaram a detenção de Bacai Júnior não passam de uma perseguição política e de humilhação psicológica.

“Foi o que acabamos de assistir aqui no Ministério Público. Havendo várias viaturas disponíveis para reconduzi-lo à Guarda Nacional, queriam, persistentemente, que ficasse na parte da caixa de uma viatura dupla cabine.

Foi governante e deputado nesse país e ser tratado dessa forma não dignifica ninguém e choca toda a gente, independentemente de estarmos contra ou a favor dessa forma de fazer a justiça”, precisou.

Luís Vaz Martins revelou, no entanto, que o grupo de advogados mandatados para seguir o processo não teve acesso a nenhum tipo de informação ou à audição de Malam Bacai Sanhá Júnior. Contudo, promete continuar a seguir a evolução do processo junto das entidades competentes para conseguir alguma coisa que os possa garantir a informação necessária.

Segundo o O Democrata que cita uma fonte familiar, Bacai Sanhá Júnior já saiu da Guarda Nacional, mas deveria ser ouvido  hoje, 18 de agosto, às dez horas, na vara crime do MP.

Em reação à detenção de Bacai Sanhá Jr, dirigente do PAIGC e ex-secretário de Estado das Comunidades no governo de Aristides Gomes, a direção do PAIGC afirmou que o seu dirigente “foi submetido à violência psicológica no Comando da Guarda Nacional”.

“A história de violência perpetrada pelas autoridades golpistas vai-se repetindo, diante de um silêncio ensurdecedor e indiscutível dos parceiros da Guiné-Bissau, da sociedade civil e da comunidade internacional”, lê-se no comunicado dos libertadores, que, entretanto, considera a detenção do seu dirigente de um “ato ignóbil” e que “demonstra que o atual regime golpista está desesperado e sem rumo”.

Bacai Sanhá Júnior foi intercetado por agentes da Guarda Nacional sábado, na zona fronteiriça, em São Domingos, norte da Guiné-Bissau e foi ouvido no domingo, 16 de agosto, no Departamento de Investigação Criminal da Guarda Nacional, em Bissau.ANG/ O Democrata

 

 

Política/PAIGC considera  “arbitrária” detenção de Bacai Sanhá  

 

Bissau,18 Ago 20(ANG) - O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) denunciou segunda-feira, em comunicado, a detenção que considera “arbitrária” de um  dirigente do comité central, num ato que classificou de "atentado monstruoso" às liberdades.

 "O PAIGC vem dar conhecimento que o camarada Bacai Sanhá (filho 

do antigo Presidente guineense Malam Bacai Sanha) foi intercetado por agentes da Guarda Nacional em território guineense,  em viagem a Zinguichor (Senegal) para dar assistência à sua esposa que se encontra em tratamento médico naquele país vizinho", refere o comunicado do secretariado nacional do PAIGC.

Para o partido, aquele é "mais um entre tantos atos de violência que o país vem assistindo à luz do dia", com a particularidade de serem sempre contra "dirigentes do PAIGC".

Bacai Sanhá, "Bacaizinho", ocupava as funções de secretário de Estado das Comunidades no Governo liderado por Aristides Gomes, que foi deposto na sequência da tomada de posse do atual Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló.

"Mais uma vez perante os olhares incrédulos e revoltados do povo guineense, um cidadão é capturado e levado do norte do país para as instalações da Guarda Nacional, em Bissau, sem culpa formada", salienta o partido.

O PAIGC sublinha que o pretexto para a “prisão abusiva e arbitrária" é que Bacai Sanhá estaria a organizar a fuga de Aristides Gomes, refugiado nas Nações Unidas em Bissau.

"O camarada Bacai Sanhá foi submetido a violência psicológica, interrogatórios durante horas, tendo sido deixado à espera de ordens superiores para saber que destino lhe seria imposto", refere o partido.

O PAIGC lamenta o "silêncio ensurdecedor" dos parceiros da Guiné-Bissau, da sociedade civil e da comunidade internacional.

Em junho, um outro dirigente do partido foi detido pelas forças de segurança, acabando por ser posto em liberdade mais tarde.

Depois de a Comissão Nacional de Eleições ter declarado Umaro Sissoco Embaló vencedor da segunda volta das eleições presidenciais, o candidato dado como derrotado, Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC, não reconheceu os resultados eleitorais, alegando que houve fraude e meteu um recurso de contencioso eleitoral no Supremo Tribunal de Justiça, que não tomou, até hoje, qualquer decisão.

Umaro Sissoco Embaló assumiu unilateralmente o cargo de Presidente da Guiné-Bissau em fevereiro e acabou por ser reconhecido como vencedor das eleições pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que tem mediado a crise política no país, e restantes parceiros internacionais.

Após ter tomado posse, o chefe de Estado demitiu o Governo liderado por Aristides Gomes, saído das eleições legislativas de 2019 ganhas pelo PAIGC, e nomeou um outro liderado por Nuno Nabian, líder da Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), que assumiu o poder com o apoio das forças armadas do país, que ocuparam as instituições de Estado.

O programa de Governo de Nuno Nabian foi aprovado no parlamento da Guiné-Bissau com o apoio de cinco deputado do PAIGC.ANG/Lusa


                     Covid-19/ Senegal doa três ambulâncias à Guiné-Bissau

 Bissau,18 Ago 20(ANG) - O Senegal doou três ambulâncias à Guiné-Bissau no âmbito de um apoio ao combate contra a pandemia provocada pelo novo coronavírus, anunciou segunda-feira o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.

"São três ambulâncias, que são muito importantes para a Guiné-Bissau. Como sabem herdamos algumas dificuldades, sobretudo, no setor da saúde", afirmou, no Palácio da Presidência, o chefe de Estado guineense.

As ambulâncias foram entregues ao Presid

ente guineense pelo embaixador do Senegal na Guiné-Bissau, Ngor Ndiaye.

Nas declarações aos jornalistas, Umaro Sissoco Embaló agradeceu ao seu homólogo Macky Sall pelo "gesto de generosidade e solidariedade".

"Posso garantir que depois de afetar estas ambulâncias aos hospitais da Guiné-Bissau farei o acompanhamento do seu uso", disse.

A Guiné-Bissau regista 2.149 casos acumulados de covid-19, incluindo 33 vítimas mortais.

No âmbito do combate à pandemia na Guiné-Bissau, o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, decretou o estado de emergência, que já foi prolongado por diversas vezes, a última das quais até 24 de agosto.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 770.429 mortos e infetou mais de 21,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China. ANG/LUSA

 

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara.Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)


Sociedade/LGDH denuncia aumento de violência ligada à alegada  prática de feitiçaria na Guiné-Bissau

 Bissau,17 Ago 20 (ANG) A Liga Guineense dos Direitos Humanos LGDH, disse ter registado com preocupação o aumento de atos de violências ligados à alegada pratica de feitiçaria na Guiné-Bissau.

Através duma nota na sua página oficial no faceebok, a Liga revela que 

no passado dia 15 do corrente mês, um cidadão de aproximadamente 60 anos de idade foi barbaramente assassinado com catana pelos próprios familiares em São Domingos, Região de Cacheu, acusado de feitiçaria.

Segundo a nota, após o assassinato do referido cidadão, os suspeitos recorreram a profanação de cadáver, incluindo cortes sórdidos de órgãos genitais.

De acordo com o mesmo documento, depois de denuncia deste ato por parte da celula precoce da Liga Guineense dos Direitos Humanos, a policia desencadeou uma operação de investigação no local de crime, tendo culminado na detenção de três dos quatros suspeitos.

Segundo a LGDH, nos últimos dois anos foram registados mais de 73 casos relacionados à  alegadas práticas de feitiçaria, dentre os quais, 48 mortes.

A maioria dos  autores morais e materiais dessas praticas criminais não foi julgado. ANG/CP//SG

 

Contas públicas/Supervisor do Tribunal de Contas denuncia violação da lei por parte de gestores públicos

Bissau, 17 Ago 20 (ANG) -  O Supervisor da Auditoria do Tribunal de Contas(TC) afirmou  que os gestores públicos violam constantemente as leis de enquadramento orçamental, contabilidade pública em termos de gestão,  noticiou a rádio África

 FM.

Segundo esta estação emissora,Álvaro Óscar Pereira falava aos jornalistas esta segunda-feira no âmbito da entrega do relatório de auditoria à algumas entidades públicas nomeadamente a direcção geral do Hospital Nacional Simão Mendes e a empresa pública PETROGUIN.

Afirmou que muitas das vezes as instituições colocam  pessoas que não têm domínio na área de Orçamento Geral de Estado(OGE) para exercer função de forma arbitrária.

Explicou que no trabalho feito pela equipa de Tribunal de Contas   foram constatadas  várias violações feitas pelas administração e direção das referidas empresas, pelo que convidam à  todos  a acompanharem a forma como se faz a gestão, para saber distinguir o que está certo ou errado.

Óscar Pereira revelou que a infração mais constatada é a financeira, em que os gestores  fazem levantamentos avultados de dinheiro e depois não sabem justificar as taxas como aconteceu no Hospital Simão Mendes.

Disse  que os infratores serão notificados para irem justica os desfalques  das contas e despesas feitas para efeitos de  eventual devolução do bem público.ANG/JD/ÂC//SG

 

 

 

Censo populacional/Diretor do INE diz que é urgente realização do novo recenseamento geral

Bissau, 17 ago 20 (ANG) – O Diretor do Instituto Nacional de Estatística(INE) defendeu hoje a urgência de se realizar mais um recenseamento geral da população tendo em conta a evolução da população guineense nos último dez anos.

Em entrevista a ANG,Carlos Mendes da Costa adiantou que documentos para que o censo geral seja realizado já foram aprovados pelo Conselho de Ministros faltando apenas a sua promulgação pelo chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló.

 “É uma operação que vai beneficiar não só o país mas também a comunidade internacional e nesta perpestiva o Conselho dos Ministros já aprovou um decreto e falta a sua promulgação”, informou.

O último recenseamento geral da população e habitação, o 3º, foi realizado em Março de 2009, e confirmou que a Guiné-Bissau tinha  1.548.159 habitantes.

O novo recenseamento geral da população, o 4º, deveria ser realizado no ano passado ou seja em 2019.

Segundo Carlos da Costa o próximo recenseamento populacional está previsto para 2023, e Costa diz que  é um processo que leva muito tempo, muita logística pelo que deve  ser bem preparado para poder atingir o objetivo esperado.

Questionado sobre qual é o benefício da comunidade internacional no processo de recenseamento geral da população de cada país, Mendes da Costa respondeu que a intervenção da comunidade internacional depende de certas informações de bases,nomeadamente o número de necessitados do país, e  que se a comunidade internacional não tiver  essas informações erradamente vão  decidir sobre os apoios necessários a dar ao país.

Carlos  Costa ainda salientou que para além de se conhecer o número da população do país o recenseamento permite conhecer as características da população.

Aquele responsável explicou que depois da promulgação do referido decreto a fase seguinte é a mobilização de fundos para poder arrancar com atividades preparatórias entre os quais a realização da cartografia, recenseamento piloto e por fim o próprio recenseamento.

“No que diz respeito a cartografia, temos a população espalhados ao nível de todo o território nacional, mas para melhor fazer uma operação com êxito temos que dividí-los em pequenas parcelas, que chamámos de destritos de recenseamento e que vai guiar os recenseadores no terreno”, frisou.

Carlos Mendes da Costa reitera  que em todo o mundo o recenseamento é feito de dez em dez anos, mas que na Guiné-Bissau essa programação sempre não é feita, devido à dificuldades de vária ordem.

Estima-se que a População da Guiné-Bissau tenha atingido já os dois milhões de habitantes.

Segundo os dados do último recenseamento geral da população realizado no ano 2009, a Guiné-Bissau tinha pouco mais de um milhão e 400 mil habitantes. ANG/DMG/ÂC//SG

 

             Ministério das Finanças/Funcionários observam greve de 10 dias

Bissau, 17 Ago 20 (ANG) – Os diferentes serviços que compõem o Ministério das Finanças estão a funcionar à “meio gaz” devido a greve decretada pelo Sindicato de Base  dos funcionários daquela instituição.

A constatação foi feita esta segunda-feira pela repórter da ANG, após uma ronda efectuada aos diferentes serviços daquele Ministério nomeadamente, nos de Orçamento, Tesouro e Informática.

Em todos os serviços visitados apenas estã

o a trabalhar os chefes de departamentos e directores do serviço.

O Sindicato dos funcionários de Ministério das Finanças iniciou no passado dia 12 do corrente mês uma greve de 10 dias.

A acção grevista foi desencadeada em protesto à  decisão do ministro das Finanças de  reintroduzir  os funcionários do Ministério da Economia, Plano e Integração Regional no  mapa de subsídio de incentivo.

“O ministro das Finanças tomou a decisão unilateral de reintroduzir os referidos funcionários no nosso mapa de subsídio alegando respeitar o princípio da solidariedade para com os terceiros”, disse Malam Injai , presidente do Comité Sindical dos Trabalhadores do Ministério das Finanças, em conferência de imprensa realizada no último fim de semana, em Bissau.

O sindicalista sustentou que existe um Decreto Presidencial n°3/2020, de 02 de Março de 2020 que separou os Ministérios das Finanças do da Economia, Plano e Integração Regional, que passaram a ser duas pessoas coletivas distintas, com direitos, deveres e regalias distintos, e que sendo dois Ministério diferentes, a decisão do ministro desrespeitou aspectos legais ou regulamentares.

Acrescentou  que os funcionários do Ministério da Economia, Plano e Integração Regional perderam o vínculo jurídico-laboral com o Ministério das Finanças, e  em consequência disso, não têm o direito ao incentivo atribuído aos funcionários das Finanças.

Malam disse que durante três primeiros dias de greve em curso, algumas pessoas receberem telefonemas  de intimidação e ameaças, tendo afirmado que tanto o secretário-geral, quanto o Ministro e muito menos os diretores-gerais não têm competência para expulsar os funcionários, salvo se houver um processo disciplinar contra um trabalhador em questão, segundo a lei da República.

Aquele responsável lançou um apelo aos funcionários no sentido de não se cederem perante pressões e ameaças que diz serem ilegais do Ministro das Finanças e seus colaboradores diretos, visto que a lei de greve garante uma proteção total aos trabalhadores que participarem na greve legalmente convocada.

A paralisação ocorre numa altura em que aquele ministério prepara os títulos para o pagamento dos salários dos servidores do Estado.ANG/MI/AALS/ÂC//SG