Cidadãos
pedem descentralização de locais de
emissão de passaportes
Bissau, 03 Set 18 (ANG)
– Alguns cidadãos guineenses apelaram hoje ao governo para descentralizar os locais de emissão de passaportes nas outras
localidades do interior do país, como forma de evitar a aglomeração de pessoas
nos serviços da Migração e Fronteiras.
Numa auscultação feita
pela Agência de Notícias da Guiné (ANG), Ussumane Candé, estudante do Liceu de
Gabú, leste do país, disse que já há um
mês que está a andar atrás de passaporte nos Serviços da Migração e Fronteiras.
“Já cumpri com todas as
exigências necessárias para que um cidadão possa ter o seu passaporte mas o
atendimento aqui não é nada agradável. Chegámos aqui muito cedo, ficamos
debaixo de sol, as vezes da chuva mas não somos chamados para escanear o nosso
passaporte”, reveloi Ussumane Candé.
De igual modo, a cidadã
Quinta Mendes, manifestou o seu descontentamento pela forma como está a ser tratada por alguns funcionários dos
Serviços da Migração e Fronteiras.
“Preciso do meu
documento com muita urgência porque tenho doente internada em Dacar à minha
espera. Não posso viajar até hoje só por causa de passaporte que tenho de levar
comigo. Mas chego aqui todos os dias é sempre a mesma história de “voltem
amanhã”. Mas constatamos que existem pessoas que chegam aqui num curto período
de tempo conseguem tudo facilmente”, criticou Quinta Mendes.
Acrescentou que a única forma de acabar com tudo isso é o governo
criar mais postos de produção de passaportes nas outras regiões do país.
Por seu turno, o
estudante da Escola Nacional de Educação Física e Desporto (INEFD), Celestino
Butianco disse que apesar de não ter levado muito tempo para que o seu nome
seja chamado para escanear o seu passaporte, descorda plenamente com a forma de
atendimento nos serviços de Migração e Fronteiras.
Para Celestino Butianco
é urgente que o governo toma medidas
para fazer face a situação, porque é desumano ver pessoas a ficarem debaixo do
sol, chuva, durante o dia inteiro para depois voltarem sem uma solução para
casa.
Aissatu Baldé, estudante do Liceu de Cumura, considera
a situação de “dramática”.
Disse que já há um mês
que está a aguardar para escanear mas que até então não conseguiu.
“Saio todos os dias de
Cumura para aqui, por vezes o nosso nome é chamado mas o grande problema é como
a pessoa pode chegar lá dentro. O atendimento é muito moroso e demonstra
claramente que têm compromissos, dão facilidades
à certas pessoas”, disse Aissatu Baldé.
ANG/LLA/ÂC//SG
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