Escolhidos novos
líderes
Bissau, 03 jul 19 (ANG) - Os líderes europeus escolheram nessa
terça-feira (2), durante uma cúpula em Bruxelas, quatro personalidades para
ocupar as mais altas funções da União Europeia.
O Parlamento Europeu pretende eleger o seu novo presidente nesta
quarta-feira (3).
Duas mulheres e dois homens, três dos quais originários de
países fundadores da União Europeia (UE), foram eleitos para ocupar os
postos-chave do bloco.
A presidência da Comissão Europeia ficou com a alemã Ursula von
der Leyen, de 60 anos, mãe de sete filhos. Ela estará a frente do órgão
executivo da União Europeia, devendo assegurar a correta aplicação dos textos e
o respeito aos tratados. O seu mandato é de cinco anos, renovável uma vez.
Ligada à chanceler Angela Merkel, de quem às vezes é indicada
como herdeira política, Von der Leyen fala francês e é apreciada por Paris,
particularmente pela cooperação em temas de defesa franco-alemã. No entanto, o
balanço de sua atuação no ministério da Defesa, cargo que ocupou por quase seis
anos, é considerado controvertido.
Para a presidência do Conselho Europeu foi escolhido Charles
Michel, atual primeiro-ministro belga, de 43 anos, um liberal que teve carreira
política precoce, graças a seu pai, o ex-comissário europeu, Louis Michel.
Há cinco anos ele preside a coalizão com o N-VA (nacionalistas
flamencos), um partido que defende a independência de Flandes e seus próprios
estatutos. Seu mandato é de dois anos e meio, renovável uma vez.
Escolhido para a chefia da diplomacia europeia, o espanhol
Joseph Borrell (PSOE), de 72 anos, é um catalão firmemente anti-independência
de sua região. O seu papel é coordenar a política externa e de defesa da UE,
uma tarefa às vezes delicada.
Borrell é conhecido por seu discurso direto e, nos últimos
meses, esteve ativamente envolvido na situação na Venezuela, tendo criticado a
administração de Donald Trump.
A francesa Christine Lagarde, de 63 anos, assume a presidência
do Banco Central Europeu (BCE), em substituição ao italiano Mario Draghi.
Ex-campeã de nado sincronizado, advogada que virou banqueira, ela já alcançou
altos postos: foi a primeira ministra das Finanças na França e chefiouo
Fundo Monetário Internacional(FMI).
Christine Lagarde afirmou estar "muito honrada por ter sido
indicada para a presidência" do Banco Central Europeu. "Em consulta
com o Comitê de Ética da Diretoria, decidi deixar temporariamente minhas
funções como diretora-gerente (DG) do FMI durante o período de nomeação",
disse ela em um tuíte.
A nomeação significa que Lagarde se demitirá dois anos antes do
final de seu segundo mandato de cinco anos no comando do FMI, o que vai motivar
a busca por um substituto.
O conselho executivo do fundo deve se reunir para discutir
os próximos passos, incluindo a liderança interina. O economista americano
David Lipton, que atua como vice de Lagarde no FMI, seria uma escolha lógica
para liderar a instituição nesse período.
ANG/RFI
Sem comentários:
Enviar um comentário