Caso
Aly Silva/PAIGC
exige abertura imediata de um inquérito para responsabilização criminal de
autores de espancamento do bloguista
Bissau, 10 Mar 21 (ANG) – O
Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), pede a abertura
imediata de um inquérito para o
apuramento de responsabilidades dos autores morais e materiais do espancamento
do bloguista António Aly Silva.
A exigência do PAIGC vem
expressa num comunicado à imprensa da Comissão Parlamentar daquela formação
política, no qual o partido diz que a vítima foi espancado e abandonado algures
na zona industrial de Bolola, de onde teria transportado para o centro
hospitalar em Bissau.
“O PAIGC repudia e condena,
veementemente, mais um acto cobarde e bárbaro, perpetrado pelos actuais detentores
do poder no país que, disfarçados em esquadrão de raptos e espancamentos, têm
estado a iniciar o uso da violência contra cidadãos indefesos, actos que
podemos classificar de autêntico “terrorismo de Estado”, lê-se no comunicado.
O partido liderado por
Domingos Simões Pereira considera de “ inqualificável e intolerável” que, em
pleno Estado de Direito Democrático, persistam actos de perseguição aos
cidadãos que tão somente têm exercido uma das liberdades fundamentais,
consagradas na Constituição da República, nomeadamente, a liberdade de
expressão.
Os libertadores manifestam solidariedade
ao bloguista Aly Silva, e, conforme o comunicado, estendem essa solidariedade à todos os jornalistas e ativistas que,
assistidos pelos ditâmes da lei e da Constituição da República, têm lutado, com
determinação e firmeza, para impedir a implantação da ditadura na Guiné-Bissau.
“O PAIGC vem reafirmar que,
enquanto maior partido político no país e com responsabilidade acrescidas, irá
manter acesa a sua luta para a consolidação do Estado de Direito Democrático,
tendo como pilar a observância e o respeito pela ética e pelas normas jurídicas
que consubstanciam o exercício
pleno da democracia”, refere o comunicado.
Os libertadores pedem à todos os atores políticos e sociais para não se vergarem perante o regime que diz que,
“a todo o custo, tenta amordaçar as liberdades fundamentais”, alcançadas pelo povo
guineense.ANG/JD/ÂC//SG
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