Brasil/Supremo rejeita recurso e mantém anulação de
condenações de Lula
Bissau, 16 Abr 21 (ANG) - O Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro rejeitou na quinta-feira um recurso da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a anulação das condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Operação Lava Jato, informou a imprensa local.
De acordo com a G1,
oito ministros - Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Dias Toffoli,
Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Luís Roberto Barroso -
votaram a favor da rejeição do recurso e três votaram a favor da
aceitação - Nunes Marques, Marco Aurélio Mello e Luiz Fux.
A decisão deu-se por
8x3 contra o recurso e mantém o ex-presidente elegível.
Foram anuladas por
Edson Fachin, ministro do STF, em Março quatro acções envolvendo Lula,
incluindo as condenações nos processos do tríplex do Guarujá e do sítio de
Atibaia. O ministro acolheu a tese da defesa do ex-presidente de que não era
competência da 13ª Vara Federal de Curitiba conduzir esses processos por não
haver ligação com a corrupção na Petrobras, tema investigado pela Operação Lava
Jato no Paraná. Após decisão monocrática, no entanto, Fachin decidiu levar o
caso para o plenário.
A decisão de
quinta-feira ainda não encerra a análise da situação do ex-presidente pelo STF.
Isso porque ficou para a próxima quinta-feira (22) a votação de um recurso da
defesa de Lula contra a extinção de outros processos relacionados ao caso,
entre eles um em que o ex-juiz Sergio Moro foi considerado parcial.
Ao anular as acções
que envolvem Lula, Fachin declarou que o pedido da defesa pela suspeição do ex-juiz
Sergio Moro perdeu o objecto, ou seja, não tinha mais validade uma vez que o
processo original conduzido pelo juiz estava anulado. Mesmo assim, o ministro
Gilmar Mendes pautou a votação desse pedido de parcialidade para votação na
Segunda Turma, que aceitou a tese da defesa.
Se o plenário do STF
derrubar o entendimento sobre a suspeição de Moro, a vara da Justiça Federal
que assumir os processos contra Lula poderá eventualmente aproveitar as provas
produzidas no Paraná e decretar novas condenações ao ex-presidente.
O julgamento começou na quarta-feira (14), quando os ministros julgaram um primeiro recurso da defesa de Lula, que era contra o debate do tema no plenário composto por 11 ministros. Parte dos juízes defendia que o debate poderia ocorrer na Segunda Turma, composta por cinco ministros e que costuma analisar temas ligados à Lava Jato. Por 9x2, o debate foi mantido no plenário.ANG/Angop
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