Covid-19/Brasil inicia produção da sua primeira vacina contra
a doença
Bissau, 29 Abr 21 (ANG) – O Instituto Butantan, um prestigiado centro de investigação médica do Brasil, iniciou hoje a produção da Butanvac, a primeira vacina contra a covid-19 desenvolvida no país e que tem ainda de passar por testes em humanos.
“O Butantan começa hoje
a produzir o primeiro lote de um milhão de doses do Butanvac, que será produzido
integralmente” pelo instituto vinculado ao Estado de São Paulo, “sem a
necessidade de importar matéria-prima do exterior”, informou o governador
paulista, João Doria, em conferência de imprensa.
Na última sexta-feira, o
Instituto solicitou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), maior
autoridade sanitária do país, autorização para iniciar as fases 1 e 2 dos
ensaios clínicos em humanos.
Contudo, a Anvisa pediu
hoje informações adicionais sobre a fórmula, para poder autorizar a realização
do que será o primeiro estudo da Butanvac em humanos, uma vez que até ao
momento apenas foi testada em animais.
Ainda assim, as
autoridades de São Paulo quiseram antecipar-se a essa análise do órgão
regulador e iniciar a produção da sua candidata a vacina contra o novo
coronavírus, com previsão de ter 18 milhões de doses prontas em 15 de Junho.
“As doses já em produção
no Instituto Butantan serão armazenadas e fornecidas à população apenas após a
autorização da Anvisa, o que deve ocorrer no segundo semestre”, assegurou o
Butantan em comunicado.
O primeiro lote de um
milhão de doses da Butanvac será fabricado a partir de uma remessa de 520 mil
ovos, que servem de consumível para a produção do antídoto.
Essa metodologia é usada
pelo Butantan há décadas para a produção da vacina contra a gripe.
O Instituto Butantan já
produz no Brasil a vacina Coronavac, do laboratório chinês Sinovac, a mais
utilizada no país, que é um dos mais afetadas pela pandemia em todo o mundo,
com 395 mil mortes e mais de 14,4 milhões de infectados.
O Brasil também produz o
imunizante da empresa anglo-sueca AstraZeneca e da Universidade de Oxford, mas
na Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), órgão vinculado ao Governo Federal.
A situação
epidemiológica do Brasil, agravada pela circulação de estirpes mais
infecciosas, incluindo duas brasileiras conhecidas como P.1 e P.2, melhorou
ligeiramente nas últimas duas semanas, embora permaneça em níveis muito
elevados.
O país teve, em média,
mais de 55.000 infecções e quase 2.500 mortes diárias associadas à covid-19 nos
últimos sete dias, menos do que a média de 3.100 óbitos no início do mês.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.137.725 mortos no mundo, resultantes de mais de 148,6 milhões de casos de infecção, segundo um balanço feito pela agência francesa. ANG/ Inforpress/Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário