Covid-19/Estudo israelita aponta resistência da variante
sul-africana a vacina da pfizer
Bissau, 12 Abr 21 (ANG) – Um estudo israelita divulgado hoje pela
imprensa local revelou que a variante sul-africana do coronavírus é mais
resistente do que a britânica à vacina da Pfizer/BioNtech, embora sem
especificar o grau de resistência.
O estudo, realizado
por investigadores da principal organização de saúde israelita, Clalit,
juntamente com a Universidade de Telavive, identificou que entre os pacientes
infectados ao fim de 14 dias de terem recebido a primeira dose da vacina, menos
de 0,5% tinham contraído a estirpe sul-africana do vírus.
Este número resultou
quase idêntico ao ser analisado um grupo de controlo, composto pelo mesmo
número de pacientes, de idades semelhantes e que não tinha recebido a vacina.
O que despertou a
atenção foi que entre as pessoas que tinham sido contagiadas com o coronavírus
passadas duas semanas da administração da vacina, a percentagem de pacientes
portadores da estirpe sul-africana foi de 5,4%, enquanto no grupo de controlo
de pessoas vacinadas o número foi de 0,7%.
"Isto significa
que a variante sul-africana tem a capacidade, até certo ponto, de penetrar a
protecção da vacina", sublinhou Adi Stern, professora da Escola de
Biomedicina da Universidade de Telavive e uma das autoras do estudo.
Os investigadores
apontaram, no entanto, que estes resultados não permitem precisar até que ponto
a variante é resistente à vacina e enfatizaram que esta estirpe representa
apenas 1% dos casos em Israel, onde foi realizado o estudo.
"É certo que as
pessoas que estão vacinadas estão menos protegidas contra a variante
sul-africana, mas a pequena quantidade de casos desta estirpe no país demonstra
que a vacina os protege", explicou à agência Efe Nadav Davidovitch,
director da Escola de Saúde Pública da Universidade Ben Gurion e assessor do
Governo na gestão da pandemia.
Segundo o especialista, apesar destes resultados serem significativos e deverem ser base para mais estudos, este estudo não contradiz as provas da Pfizer sobre a eficácia da vacina contra esta estirpe. ANG/Angop
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