Turismo/ Confederação das Indústrias do Turismo da CEDEAO reúne-se em Bissau para escolha do país que vai presidir a organização
Bissau,13 Abr.21(ANG) – A
Guiné-Bissau vai acolher, brevemente, a reunião da Confederação Privada das Indústrias do
Turismo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO), na
qual deverá ser escolhida o país que irá presidir a organização.
A informação foi revelada esta
terça-feira, em Bissau, pelo Presidente da
Associação do Operadores Turísticos e Similares da Guiné-Bissau(Asopts-GB),
em conferência de imprensa.
Jorge Paulo Cabral afirmou
que a Assembleia Constituinte da referida organização que decorreu no passado
dia 24 de Março em Ouagadougou(Burkina Faso), foi inconclusiva devido as
divergências dos delegados presentes sobre a escolha do país que irá presidir a
organização.
Informou que no encontro de
Ouagadougou, após os delegados terem discutidos
e aprovado os estatutos, alguns participantes dos países francófonos
entenderam que o acto eleitoral devia decorrer logo a seguir e a pessoa indicada para liderar a
organização devia ser a do país anfitrião neste caso o Burkina Faso.
Aquele responsável salientou
que, se as eleições fossem feitas durante a Assembleia Constituinte, em
Ouagadougou, violaria os estatutos da Confederação que diz que, isso só pode
acontecer com a presença de dois terços dos delegados, o que seria impossível
devido a ausência de grande número de participantes.
Jorge Paulo Cabral afirmou
que, como não havia condições para continuar os trabalhos, as delegações do
Gana, que presidia a Assembleia Constituinte, da Guiné-Bissau, Serra-Leoa e Nigéria abandonaram a sala e a pretensão dos
delegados de alguns países francófonos forçar a eleição foi reprovada por falta
de quórum.
O Presidente da Asopts disse
que no segundo dia da reunião, os delegados do país anfitrião e de outros
países francófonos tentaram forçar ao Presidente da Mesa a validar todos os actos decorridos na
reunião, inclusive a realização da eleição da direcção da Confederação, sob pena de assumirem todas as despesas do evento.
“Para o efeito, o Presidente
da delegação da Serra-Leoa se prontificou a pagar todas as despesas incluindo
as de deslocação, no valor de mais de cinco mil milhões de francos CFA, com o
compromisso de os actos serem suspensos
e concluídos
em Bissau”, explicou.
Jorge Paulo Cabral sublinhou
que a situação culminou com a colocação à
condição de refém, no Hotel, por
algumas horas dos delegados dos países que estavam a boicotar a continuidade
dos trabalhos da Assembleia.
Segundo Jorge Cabral, os delegados retidos no Hotel só vieram a ser
libertados devido a intervenção dos Cônsules Honorários da Guiné-Bissau e do Senegal, em
Burkina-Faso.
Cabral afirmou que os países
cujos delegados foram retidos em Ouagadougou já produziram uma carta de
protesto junto a representação da CEDEAO nos respectivos países.ANG/ÂC//SG
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