Clima/EUA comprometem-se a reduzir emissões de gases para metade esta década
Bissau, 23 Abr 21 (ANG) - O
presidente norte-americano, Joe Biden, comprometeu-se quinta-feira a reduzir
para metade as emissões de gases com efeito de estufa do seu país até ao fim da
década, apelando às maiores economias do mundo para se lançarem no mesmo
caminho.
Falando na abertura
de uma cimeira de líderes que convocou para pedir a vários líderes mundiais
compromissos firmes para reduzir as emissões e combater as alterações
climáticas, Biden indicou que os Estados Unidos querem ainda chegar a 2050 com
emissões carbónicas neutras.
Defendeu que o
investimento em energias limpas e a reconversão de milhões de trabalhadores de
indústrias poluentes são o tipo de investimentos que lançarão os Estados Unidos
"no caminho para reduzir as emissões com efeito de estufa a metade até ao
fim desta década".
"É para lá que
nos dirigimos como nação: para a construção de uma economia não apenas mais
próspera, mas mais saudável e mais limpa", declarou o chefe de Estado, que
voltou a pôr os Estados Unidos no Acordo de Paris para conter o aquecimento
global até ao fim do século, depois de o seu antecessor ter retirado o país
desse compromisso.
Mas os Estados
Unidos, apontou, são responsáveis por 15% das emissões mundiais e "nenhuma
nação consegue resolver esta crise sozinha", afirmou Joe Biden, pedindo às
maiores economias do mundo compromissos semelhantes.
O compromisso
assumido quinta-feira, que aponta para uma redução de 50% a 52% das emissões
carbónicas norte-americanas até 2030, representa quase o dobro do anterior, que
apontava para uma redução de 26% a 28% até 2025.
Quando se fala de
alterações climáticas, Biden diz que vê empregos e "uma oportunidade
económica pronta a ser lançada", indo além da necessidade de preservar o
planeta.
"O custo de não
fazer nada continua a acumular-se", avisou, contrapondo que tudo o que é
preciso fazer e mudar nas economias mundiais para combater as alterações
climáticas representa "criar milhões de empregos de classe média bem pagos
e sindicalizados".
Nos Estados Unidos,
tenciona lançar um "investimento gigantesco em inovação e
infraestruturas" que contemple "todos aqueles que com demasiada
frequência são deixados para trás.
Há milhares de
quilómetros de infraestruturas e cabos elétricos para montar, há lugar em
fábricas de veículos elétricos para os trabalhadores da indústria automóvel
tradicional, há milhares de poços de petróleo para selar e muitas minas de
carvão para limpar e reconverter, exemplificou.
A iniciativa terá
que partir do governo federal, mas também "das cidades e dos estados, das
empresas grandes e pequenas, das grandes multinacionais e dos trabalhadores
americanos de todos os setores", defendeu.ANG/Angop
Sem comentários:
Enviar um comentário