Política/Líder do PAIGC afirma ter laços parentescos com populares de Patche Yalá
Bissau,30 Abr 21(ANG) – O
líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), alegou
laços parentecos com os populares de Patche Yalá, no sector de
Bula, região de Cacheu, como motivo das suas deslocações àquela localidade.
O líder do PAIGC disse
conhecer a povoação de Patche Yalá há muito tempo, informando sobretudo que,
foi no momento da campanha eleitoral para as eleições presidenciais de Dezembro
de 2019, que acabou por descobrir que a sua mãe é de uma aldeia vizinha de
Patche Yalá denominada de Bissunaga.
“E desde aquela altura, os
populares de Patche Yalá me tomou como irmão, filho e pessoa pertencente àquela
vila”, referiu.
Domingos Simões Pereira
disse ainda que pretende deixar bem claro que, de acordo com a Constituição da República da Guiné-Bissau, e
ele como cidadão, não conhece nenhuma restrição de viagens aos cidadãos dentro
do território nacional bem como de participar em quaisquer reuniões que possam
acontecer.
“Ao mesmo tempo tenho de
perguntar o seguinte; mas afinal, as reuniões
realizadas em Biambi, Waque, Nhoma, Bafatá e Gabú não constituem
problemas e só a de Patche Yalá que pode ser problema”, questionou o líder do
PAIGC.
Adiantou ainda que, não só
tem laços parentesco com os populares de Patche Yalá assim como começou a interagir com eles, porque participa
na construção de duas escolas naquela localidade, acrescentando que existem
muitos jovens locais que estão a estudar em Bissau e cujos os custos de
propinas são assegurados por ele.
“Aliás, estou a fazer o
mesmo gesto com os jovens da povoação de Binta, Gã Djetra e ainda tenho a intenção
de fazer o mesmo gesto em todas as localidade do país, se temos alguma
capacidade. Portanto, as pessoas devem tirar o cavalinho da chuva porque não
sinto quaisquer restrições de circular em qualquer parte do país porque a lei
me dá esse privilégio para interagir com
as populações”, salientou.
Domingos Simões Pereira disse
que, se a questão fundamental é a participação na referida reunião de Patche
Yalá de alguns militares na reserva, então as pessoas devem confrontar os ditos
militares para saber se foram lá como militares ou simples cidadãos.
“Devo questionar ainda se
esta é a primeira vez que a reunião de género foi realizada no país. É a
primeira vez que as pessoas de fardas tomaram parte numa reunião dessa
natureza. Quero perguntar ainda dos generais que são nomeados ministros e que
estão a ser promovidos enquanto membros do Governo”, referiu.
O líder do PAIGC questionou ainda da situação dos generais que igualmente são deputados e estão a ser
promovidos e a fazer campanhas políticas, frisando que quando os generais se reúnem
para discutir os assuntos que têm a ver com a soberania do país na presença dos
cidadãos estrangeiros, se isso não constitui problemas.
“Compreendemos contudo que
essa situação foi levantada para desviar a atenção das pessoas sobre o
essencial. Por exemplo, quando o
Procurador Geral da República afirma que doravante qualquer convocação dos
membros do Governo para a justiça tem que ser mediante o seu aval e não dos
tribunais, conforme diz a lei”, afirmou.
Domingos Simões Pereira
referiu-se a recente remodelação governamental, que na sua opinião foi feita à
pressa para distrair a atenção das pessoas sobre o mais essencial ou seja a não
existência da governação.
“A única coisa que esse
regime nos provou de que tem a capacidade de fazer é as viagens e convidar as
pessoas para virem nos visitar e mais nada”, disse acrescentando que, se existe
alguém ainda com dúvidas que vá ver como estão as estradas, escolas, hospitais
e prestação de assistência social entre outros.
Numa recente conferência de
imprensa em Bissau, três dirigentes do Partido de Renovação Social acusaram
Domingos Simões Pereira de ter participado duma reunião secreta com o líder do
PRS, Alberto Nambeia na povoação de Patche Yalá, com envolvimento de alguns
militares.
Os acusadores não revelaram as razões da realização dessa alegada reunião.ANG/ÂC//SG
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