França/ Ministério da Defesa anuncia retoma da cooperação militar com o Mali
Bissau, 05 Jul 21 (ANG) - A
França vai retomar as operações militares conjuntas com o Mali, depois de ter
suspendido a cooperação bilateral, na sequência do segundo golpe de Estado no
país, anunciou o ministério da Defesa.
A
França tem 5 mil militares estacionados no Sahel.
“Após consultas com as
autoridades de Transição do Mali e com os países da região, a França assume os
compromissos com as autoridades de Transição do Mali”, endossados pela Comunidade Econômica dos Estados
da África Ocidental (CEDEAO) e “decide
retomar as operações militares conjuntas, bem como missões nacionais, suspensas
desde 3 de Junho”, anunciou Paris num comunicado.
Desde do segundo golpe de Estado, que
conduziu o Coronel Assimi Goïta ao poder, a França suspendeu as operações
conjuntas com as forças do Mali, país com o qual coopera, há vários anos, na
luta contra os jihadistas.
"A França
continua comprometida com os aliados europeus e americanos, ao lado dos países
do Sahel e das missões internacionais", no combate aos grupos jihadistas no Sahel, concluiu
o Ministério da Defesa, na sexta-feira, num comunicado distribuído à imprensa.
O Presidente francês, Emmanuel Macron,
anunciou recentemente que a operação Barkhane, que envolve cerca de 5 mil
militares franceses na região do Sahel, vai chegar ao fim e vai ser substituída
por outra operação militar local em parceria com outros países completamente
dedicada à luta contra o terrorismo.
“Esta
transformação não significa a saída do Sahel, nem que vamos desacelerar as
nossas operações contra o terrorismo na região”, sublinhou
a ministra francesa da Defesa, Florence Parly.
Na luta contra o terrorismo no Sahel, a
França conta com o apoio do grupo de forças especiais europeias Takuba, criado
por iniciativa de Paris para acompanhar unidades malianas em combate.
“Hoje, não vemos
inflexões, relutâncias ou questionamentos ligados à situação política no Mali”, assegurou Florence Parly.
A ministra da Defesa reconheceu que a
necessidade de consolidar a força Takuba que "pode vir a ter um papel muito importante nos
próximos anos”.
A força Takuba integra cerca de 600
homens, a maioria são franceses, há ainda soldados estonianos, checos, suecos e
italianos. A Roménia já veio dizer que está disponível para integrar a força. ANG/RFI
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