Política/ PAIGC acusa Nelson Moreira de estar à
tentar justificar a perseguição política
contra o seu líder Domingos Simões Pereira
Bissau, 05 jul 21 (ANG) – O
Coletivo de advogados do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo
Verde (PAIGC), na voz de Carlos Pinto Pereira acusou hoje o deputado Nelson
Moreira de estar, com base numa mentira, a tentar justificar “comportamentos absolutamente ilegais” de persiguição política contra o Presidente do partido, Domingos Simões Pereira.
Carlos Pinto Pereira fez esta
acusação em conferência de imprensa,contrariando as declarações que terão sido
proferidas pelo deputado Nelson Moreira,
da bancada do partido Madem G-15, no último fim de semana, numa análise sobre o
pedido do Ministério Público para o levantamento de imunidade parlamentar ao
líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, e que, segundo Morreira, não teve um parecer da
Comissão de Ética da Assembleia Nacionaol Popular.
Pinto Pereira afirmou que o
parecer da Comissão de Ética está elaborado e foi aprovado pelos cinco membros
da mesma comissão.
“O parecer foi aprovado por
unanimidade e está nas mãos do Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP)
desde sexta-feira. O deputado Nelson Moreira deve perguntar se não sabe, ao
invés de passar informações que não correspondem a realidade”, frisou Pinto
Pereira.
Acrescentou que um deputado não deve passar informações
que não correspondem a realidade, sobretudo para depois poder tirar aproveito
político dessas informações.
O advogado considerou ainda
de “mentira” a declaração do Nelson Moreira que disse que a votação para a
retirada da imunidade parlamentar de um deputado se faz de braço ao ar,
justificando que isso não corresponde a verdade porque o artigo 91 nº 2 do
Regimento da ANP diz claramente que há duas votações que se fazem por votos
secretos.
“Alínea b) que se referem ao
levantamento de imunidade ou perda do mandato de um deputado diz que isso se faz por votos secretos, e não se faz de braços
no ar e nem levantar e sentar”, referiu.
Pinto Pereira disse que ninguém quer ,refugiar-se atrás da
imunidade parlamentar, acrescentando que o PAIGC não aceitará o pretexto de
crimes que não existem para persiguição
política contra um político seja líder partidário ou não.
Defendeu que o PAIGC tem a cultura de respeito pelos
tribunais e pelas suas decisões, sublinhando que não terão menor dúvida de
aceitar, sempre que necessário, qualquer decisão que venha de instâncias competentes,
seja ela a Assembleia Nacional Popular ou dos tribunais.
Declarou que o PAIGC e o seu líder estão prontos para
aceitar decisões que forem tomadas, sustentando que, do ponto de vista do seu
partido, não é o fato de ser A,B ou C, mas que o processo siga a sua tramitação normal, cumprindo as regras pré-estabelecidas.
O Ministério Público solicitou o levantamento da imunidade
parlamentar do deputado Domingos Simões Pereira, por suspeitas de crimes
ligados aos contratos de financiamento entre o governo e algumas instituições
bancárias, bem como o crime de incitamento à guerra.
O documento prevê a abertura de uma
investigação criminal e retoma das denúncias feitas em 2015, pelo antigo
Presidente José Mário Vaz, nas quais Domingos Simões Pereira é acusado de
delapidar os recursos pesqueiros, de corrupção, peculato, nepotismo e falta de
transparência na adjudicação de contratos público.
O documento já deu entrada no Parlamento e o Presidente Cipriano Cassama
solicitou o parecer da Comissão da Ética que, por consenso e sem votação,
decidiu que não existe elementos suficientes para levantamento da imunidade. ANG/DMG/ÂC//SG
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