terça-feira, 20 de dezembro de 2022

 

CEDEAO/“A sub-região tem sido perturbada por terrorismo e extremismo violento”, diz Suzi Barbosa

Bissau,20 Dez 22(ANG) - A ministra dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades, Suzi Carla Barbosa, afirmou , segunda-feira, que a sub-região tem sido perturbada por fenómenos graves, nomeadamente o terrorismo e  extremismo violento.

Suzi Barbosa referiu que os golpes de Estado ocorridos no bloco sub-regional e tomadas de poder por via inconstitucional  representam as fragilidades de implementação de  mecanismos de sustentabilidade dos valores da democracia e da boa governação.

O governante discursava na abertura da reunião extraordinária de Bissau dos oficiais de operações dos Chefes de Estados, Serviços de Inteligência e dos chefes de Estado-maior das Forças Armadas da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

O encontro de Bissau reuniu os Chefes de Estado-maior das Forças Armadas do Benin, de Cabo Verde, da Costa do Marfim,  Gâmbia, do Gana, da Libéria, do Níger, da Nigéria, do Senegal, da Serra Leoa e do Togo. Apenas três países não se fizeram representar, nomeadamente  Mali,  Guiné-Conacri e  Burkina Faso, devido às sanções impostas pela CEDEAO, na sequência de golpes de Estado ocorridos nestes países.

Os países membros da organização pretendem criar uma Força de Alerta para combater o terrorismo, o extremismo violento e os golpes de Estado na zona.

Para a chefe da diplomacia guineense, esses fenómenos agravaram a pobreza nas mulheres e nas crianças, incluindo privação à educação, ao emprego e à outras oportunidades económicas.

Suzi referiu que a CEDEAO tem desenvolvido mecanismos de prevenção de conflitos, através de instrumentos legais de intervenção, nomeadamente o protocolo relativo ao mecanismo de prevenção, da gestão e de resolução de conflitos, da manutenção da paz e de segurança, que foi adotado a 10 de Dezembro de 1990, bem como o protocolo adicional para a democracia e boa governação.

Marciano Silva Barbeiro, ministro de Estado e da Defesa Nacional, referiu  que a Guiné-Bissau acolheu a reunião extraordinária para estudar as modalidades de ativação da força de estado de alerta da organização, no âmbito da luta contra o terrorismo e propor opções e mecanismo para a implantação efetiva dassa força e no restabelecimento da ordem constitucional, onde quer que ela esteja ameaçada na sub-região.

Segundo o Comissário de Serviços Internos da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Nazifi Darma, 38 milhões de cidadãos estão deslocados devido à situação de insegurança, originado pelo terrorismo que está a criar enormes problemas e prejuízos para a comunidade.

 
“É preciso que haja envolvimento de todos os chefes de Estados e de governos na criação de mecanismos sólidos que possam contribuir para a erradicação do terrorismo e outros conflitos que afetam cidadãos”, defendeu.

O chefe de Estado-maior General das Forças Armadas guineenses e igualmente presidente do Comité dos Chefes de Estado-maior das Forças Armadas da CEDEAO, Biaguê Na N´tam, disse que o terrorismo constitui uma séria  ameaça à segurança coletiva dos estados membros.

“A estabilidade política e a paz na sub-região justificam uma forte união entre diferentes casernas e complementaridade das forças navais terrestres e aéreas, para lutar contra o terrorismo, intervindo, de forma rápida e eficiente, em situações indesejáveis, para repor a ordem constitucional nos países visados”, afirmou.ANG/odemocratagb

 

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