Recursos Naturais/Titular da pasta destaca avanços registados na implementação do projeto de Energia da OMVG
Bissau 27 Dez 22 (ANG) – O ministro dos Recursos Naturais
considerou hoje de satisfatório o desempenho das suas funções, durante cerca de
seis meses, destacando avanços registados na implementação do projeto de Energia
da OMVG que abrange quatro países.
“Se não fosse por causa da situação particular das nossas zonas pantanosas já teríamos luz elétrica através deste projeto, o que seria grande avanço na melhoria de vida da população nestes países “,disse Dionísio Cabi aos órgãos públicos de informação em jeito de balanço das actividades levadas a cabo durante o ano em curso e sobre as perspetivas para 2023.
“Desde que assumi o cargo
deparei com um conjunto de problemas que tinham que ser solucionados, e daí
começei a dar passos em função do que fizera o meu antecessor com o objectivo
de solucionar passo à passo os desafios alencados”, salientou.
Cabi qualificou contudo o
balanço de positivo uma vez que foi dado um avanço significativo no que tem a
ver com o projeto da energia da
Organização para Aproveitamento da Bacia do Rio Gâmbia (OMVG) destinado aos
quatro países da sub-região nomeadamente Guiné-Bissau, Senegal, Guiné Conacri e
Gâmbia.
Uma outra realização segundo
Dionísio Cabi, são as pesquisas para a confirmaçáo
da existência ou não do petróleo no solo guineense, com a emissão de quatro
licenças de prospeção.
Salientou que deu-se ainda a
celeridade para a resolução dos problemas pendentes na área da Areia Pesada de
Varela e da exploração de Bauxite de em Boé, no Leste da Guiné.
Explicou que o governo decidiu rescindir os contratos
de prestação de serviço com a Bauxite Angola e com a empresa russa Photo SARL, por
falta de cumprimento do acordo por parte destas empresas, e com a perspetivas
de em 2023 ver estes setores serem
relançados para a melhoria da vida socioecónomico das populações.
Dionísio Cabi frisou que
para que estes projetos e mais outros possam ser realizados, precisa-se de
regulamentar o setor com novas leis, e segundo ele, até Janeiro de 2023 vai se
concluir o processo para que tudo fique mais claro em termos do cumprimento dos
direitos e deveres contratuais.
Cabi admite que, se o sector
de exploração mineral for bem trabalhada pode vir a mudar as condições de vida
dos guineenses.
Relativamente a exploração
do Fosfato de Farim, Cabi explicou que a situação esta mais avançada,
sublinhando que o atraso foi causado pela pandemia da Covid-19 que levou a
empresa a parar, durante dois anos.
“Hoje está-se a trabalhar no
sentido de retoma das ações nas minas de fosfato de Farim. Para retomar o
processo o Governo entendeu, por bem, harmonizar o contrato ou algumas cláusulas
no documento com as leis da União Económica e Monetária Oeste Africana(UEMOA).
Disse que, na primeira semana de Janeiro de 2023,
vai chegar à Bissau um grupo de juristas que
vai prestar assistência ao Governo nas negociações desse contrato.
“Vamos tomar em conta a
população local que é a prioridade, através de um estudo ambiental e em benefícios locais, através de construção
de casas, escolas, hospitais e outras infraestruturas sociais“, disse.
Dionisio Cabi falou
igualmente da lei da regulamentação das pedreiras que depois da escavação são
abandonadas pelas empresas deixando enormes valas no chão, o que diz serem prejudiciais para as pessoas e o meio ambiente.
Uma vez regulamentada a
exploração dos recursos, tudo o que uma empresa irá fazer numa determinada zona, deve,
inclusivê, contribuir para a melhoria da
vida da população local atingida pelo
impacto da exploração.
ANG/MSC/ÂC//SG
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