Covid-19/Japão, Índia e Estados Unidos impõem restrições a viajantes chineses
Bissau, 28 Dez
22 (ANG) - O fim das restrições de viagens de e para a China está a inquietar
muitos países que recebiam visitantes chineses antes da pandemia,
levando Japão, Índia e Estados Unidos, assim como
outros Estados, a imporem novas medidas como testes PCR de quem vem da
China à chegada aos seus territórios.
Logo após o anúncio do fim da quarentena
obrigatória para quem chega ao território chinês, definida pelo regime de Xi
Jinping para 8 de janeiro, milhões de chineses precipitaram-se para os sites de
viagens, com estas empresas a registaram dez vezes mais de reservas do que no
ano anterior com os principais destinos a serem Macau, Hong Kong, Japão,
Tailândia e Coreia do Sul.
O anúncio do fim das restrições acontece
numa altura em que a pandemia de covid-19 não está de todo controlada,
estimando-se que cerca de 250 milhões de pessoas na China estejam infectadas,
com hospitais e crematórios a rebentar pelas costuras e com muitos chineses a
não terem acesso a medicamentos como o paracetamol, que servem para atenuar a
febre.
Esta situação está a inquietar países em
todo o Mundo, especialmente os países mais desejados para as viagens dos
chineses como Japão, onde o primeiro-ministro, Fumio Kishida, assumiu
haver "uma preocupação crescente" com a chegada destes turistas
exigindo um teste PCR negativo a quem chegue da China. Outros países
seguiram esta tendência, como a Índia ou a Malásia.
Já os Estados Unidos lamentaram "a
falta de dados transparentes" sobre este novo surto da pandemia, com o
país a preparar-se também para impor restrições a todos os visitantes que
venham da China.
Em 2019, 150 milhões de turistas
chinesesviajaram pelo Mundo e no ano seguinte, o primeiro ano da pandemia,
apenas 20 milhões se deslocaram ao estrangeiro. Apesar de ter sido possível
viajar nos últimos três anos a partir da China, as deslocações eram fortemente
desencorajadas pelas autoridades de Pequim que limitaram os slots de voos nos
aeroportos e proibiram excursões em grupo ao exterior. ANG/RFI
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