Saúde Pública/ “Com
a saída da Brigada Médica Sem fronteiras Guiné Bissau passou a registar um
aumento ligeiro da taxa de mortalidade neo-natal”, diz ministro da saúde
Bissau, 15 Dez 22
(ANG) – O Ministro da Saúde Pública revelou que, com o fim das operações da Brigada Médica Sem Fronteiras, a
Guiné-Bissau voltou a registar um aumento ligeiro da taxa de mortalidade neo-natal.
Em declarações conjunta,
esta quarta-feira, aos órgãos de comunicação social públicos, em jeito de
balanço das atividades realizadas em 2022, Dionísio Cumba disse que a principal causa de mortalidade nos menores tem a ver com
a falta da ar, e diz ser uma situação da
responsabilidade das mães, pelo que a intervenção deve começar por aí, por
forma a reduzir o nivel de mortes de crianças.
Reconcheceu que a população
tem dificuldades de acesso aos cuidados de saúde primários, sobretudo
para diagnóstico pré-natal, e diz que alguns partos ocorrem fora de cuidados
médicos.
Dionísio Cumba relaciona
o aumento do número de mortes de crianças à emigração dos médicos guineenses formados
pela Brigada Médica Sem Fronteiras, e à falta
de condições de trabalho em algumas
estruturas sanitárias.
Segundo o ministro da
Saúde, a média da mortalidade por cada 100 nados é quase de 50 por cento, de
acordo com os dados fornecidos pelo hospital Nacional Simão Mendes.
Para inverter essa
situação, Dionísio Cumba disse que contatou
um grupo de neonatólogos italianos, que dispõe de um projecto de dez
anos, que, para além da assitência medica vai incluir a componete de formação
local.
“Uma missão de
avaliação deste grupo deixou o pais recentemente, e vai apresentar relatorio aos seus financiadores para análise, e, em caso de aprovação, o projeto vai ser
executado em todas as regiãos do país”, disse Dionísio Cumba.
Instado a falar sobre
os equipamentos de hemodiálise explicou que aquando da visita do Presidente Umaro Sissoco Embaló ao Brasil, o seu homólogo prometera ajudar com cadeiras
de hemodiálise para responder à alguns situações de emergência, promessa que
Cumba acredita poder ser honrada pelo novo presidente brasileiro Luís Inácio
Lula da Silva.
Para além do Brasil,
disse que o governo do Irão, da Turquia e de Portugal haviam manifestado a
intensão de apoiar as autoridades sanitárias nacionais para que os doentes de
hemodiálises possam ser tratados
internamente.
“O terreno já está
disponível para construção de um centro de internamente e acolhimento para
tratamento de doentes que vêm das regiãos, no
hospital Simão Mendes”, explicou
Dionísio Cumba.
Relativamente a
fábrica de oxigénio, o ministro da saúde nega a sua privatização, e diz que a
sua gerência foi entregue à uma entidade para garantir a sua manutenção e
reparação, em caso de avaria.
“Não é possivel
garantir o fundo de manutenção, na ordem de 25 milhões de fcfa, por ano, no
ministério das finanças”, disse.
A manutenção
requerida para essa fábrica é assegurada
por uma empresa portuguesa de nome “Sis Advance”,contratada para o efeito.
No âmbito desse
contrato, o Hospital Simão Mendes compra oxigénio a 20 mil fcfa por garrafa, e outras
estruturas hospitalares regionais também compram, diz Donísio, num “valor
simbólico” e mesmo não tendo denheiro são lhes fornecido o oxigénio para depois
pagarem.
Em relação à alegadas
atribuições da Junta Médica à pessoas que não têm qualquer
tipo de problema de saúde, o ministro da Saúde disse ser uma questão do passado.
Referiu que em 2019
fazia parte da equipa de avaliação da Junta e que na altura tinha mais de 1000 processos,mas que na verdade, como médico
ficou envergonhado, com o fato de os próprios médicos serem complices dessa situação. “Foram
encontrados processos aprovados que não têm nenhuma ligação clínica”, disse.
“Hoje em dia, quem
administra o processo de Junta Médica, depois da nossa aprovação é a Direcção geral
de Saúde de Portugal,porque após a sua validação pela comissão nacional todas
as informações ligadas ao caso são introduzidas numa plataforma para serem
anailisadas em Portugal”, explicou.
Relativamente a falta
de pessoal que se regista em algumas estruturas sanitárias, Dionísio Cumba afirmou
que as vezes não é bem assim.
Disse que o problema
é o incumprimento de compromissos da
parte dos técnicos, porque “pouca gente
está disposta a trabalhar fora de Bissau”.
Para resolver essa
situação,Dionísio Cumba defende a realização de concurso para colocação de
pessoas em função da necessidade de cada centro. ANG/LPG//SG
Sem comentários:
Enviar um comentário