segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

 Justiça/Ministra considera de positivas  atividades  levadas a cabo durante 2022

Bissau, 19 dez 22 (ANG) – A ministra da Justiça Teresa Alexandrina da Silva considerou de positivo as atividades realizadas naquela instituição durante o ano 2022.


Em declarações conjunta, esta segunda-feira, aos órgãos de comunicação social públicos, em jeito de balanço das actividades desenvolvidas no ano 2022, Teresa Silva justificou a sua opinião com a validação de um  pacote de legislação produzido pela Faculdade de Direito de Bissau, em parceria com o Ministério da Justiça, com o financiamento do Programa da Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Entre as quais, elencou o Plano Nacional para os Diretos Humanos, Plano Estratégico de  Combate a Corrupção, Lei de Cibercrime, da cooperação internacional em matéria penal, de Proteção de Dados Pessoais, do Supremo Tribunal da Justiça, Organização dos Tribunais Sectoriais, aprovação do Código de Proteção Integral de proteção da criança.

De acordo com a ministra da Justiça, alguns desses documentos já foram aprovados em Conselho de Ministros e vão ser submetido a Assembleia Nacional Popular(ANP) para análise e eventual aprovação, após a realização da eleições legislativas antecipadas de 04 de Junho de 2023.

“A aprovação do novo Estatuto da Policia Judiciaria, a validação do Estatuto da Comissão Nacional dos Direitos humanos, aprovação da Estratégia Nacional dos Direitos humanos constituem outras realizações feitas em 2022”, sustentou.

Quanto as infraestruturas no quadro das realizações deste ano, revelou ter concluído a reabilitado das instalações junto da Policia Judiciária, onde vai funcionar o Centro de Partilha de Informação e de Interconexão de Dados ao nível interno e externo, através do Sistema de Informação Policial da África Ocidental (CIPAU).

“Conseguimos ainda a requalificação das instalações do Tribunal de Canchungo, de Oio, a ampliação do estabelecimento do Centro Prisional de Bafatá, com segurança reforçada, com apoio da ONUDC, eletrificação através de painèis solares da Casa dos Direitos de Gabu.

Nesta entrevista conjunta  aos órgãos públicos da comunicação social sobre as  actividades realizadas, a ministra da Justiça disse que procedeu a instalação de equipamentos informáticos  nos postos de controlo fronteiriço de Burruntuma, no Leste e Contabane, no Sul do país.

Em relação as reformas institucionais e modernização de serviços, Teresa Alexandrina destacou a abertura de enfermarias  nos estabelecimentos prisionais de Bandim, em Bissau e de Mansoa, devido a situação que constataram após a visita que efetuou aos referidos Centros de Detenção.

“A aquisição e entrega de duas viaturas para Serviços de Piquete da Policia Judiciária  e outras para a Célula Aeroportuária Ante tráfico. É uma Célula muito importante no combate ao tráfico de droga, por ser um dos que fazem mais apreensões”, enalteceu Teresa da Silva.

Destacou ainda a extensão do Serviço  de Comunicação Mundial de Interpol I24/7 para postos fronteiriços de Pirada, Bubaque, São Domingos,  Aeroporto de Bissau e órgãos de Politica Criminal, para facilitar os agentes autorizados na busca de antecedentes criminais e na investigação.

Em relação ao reforço de capacidade, disse que realizou várias ações neste domínio, nomeadamente sobre a ação de branqueamento de capitais, curso inicial de advocacia, dos magistrados sobre o tramitação processual penal e cível e sobre a habeas corpus e direitos humanos, entre outras.

Perguntado sobre as frequentes práticas de violação dos direitos humanos no país, a ministra da Justiça disse que está em curso a investigação de todos os casos ligados a violação dos Direitos.

Mas, diz que alguns casos de violação denunciados não correspondem a verdade. A título de exemplo citou o caso de uma criança, filha de um ativista.

Instado sobre as denuncias feitas várias vezes em conferência de imprensa pelo Diretor-geral de Emigração e Fronteiras relativamente a cedência de documentos aos estrangeiros, a ministra da Justiça disse que estão a trabalhar com os Oficiais de Registos Civil por forma a  reduzir a prática.

“De momento estamos a imprimir maior controlo na conceção ou na emissão do registo de nascimento entre outros documentos  ao nível do Ministério da Justiça, sobretudo do registo criminal”,  acrescentou.

Mesmo, assim recomenda  aos cidadãos a terem cuidados com quem abordar para  efeito de aquisição de documentos.

Disse  que no Ministério da Justiça, ao nível da Direção-geral da Identificação Civil, existem mais de 100 funcionários sem vinculo com o Estado mas que, diariamente, trabalham e ganham dinheiro, ninguém sabe como.

A governante promete solucionar esta situação com realização de concursos interno para o enquadramento dos funcionários em causa, em função das vagas disponíveis.

Afastou a possibilidade de expulsar  as pessoas que se encontram nessa situação, porque, diz, a maior parte das Conservatórias podem encerrar as suas portas, pois “algumas dessas pessoas  são filhos de funcionários doentes ou  que faleceram”.

Instado a falar sobre o funcionamento dos Tribunais, Teresa Alexandrina da Silva reconheceu funcionamento deficitário dos mesmos, mas não por culpa  dos operadores da justiça.

“Há momentos em que operador da justiça é obrigado tirar do seu bolso, para que um oficial possa fazer a entrega de uma notificação, pelo não se pode limitar a produzir despacho sem criar condições para o efeito”, disse.


Por esta razão, a ministra promete melhorar as condições de funcionalidade para que os tribunais possam satisfazer, de forma significativa, o desejo dos guineenses em termos de realização da justiça.
ANG/LPG/ÂC//SG


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