China/Várias
províncias dizem ter ultrapassado pico
de infecções por covid-19
Bissau, 10 Jan 23 (ANG) – Várias províncias e cidades da China anunciaram que a onda de infecções por covid-19 atingiu já o seu pico, incluindo Henan (centro), Jiangsu (leste), Zhejiang (sudeste), Guangdong (sul) e Sichuan (oeste).
O
prefeito de Pequim, Yin Yong, disse, em entrevista à televisão estatal CCTV,
que a cidade superou o pico de infecções e que foi alcançada uma “nova
imunidade”, embora tenha reconhecido que a cidade ainda enfrenta uma “tarefa
difícil” no tratamento de casos graves.
As
autoridades de outras cidades como Chongqing, no centro, garantiram que o
número de internamentos hospitalares devido à covid-19 “diminuiu drasticamente
a partir de 20 de Dezembro”, e que o município ultrapassou o pico de infecções
entre 12 e 23 de Dezembro, de acordo com o jornal oficial Global Times.
No
entanto, especialistas chineses esperam que o vírus atinja agora áreas rurais,
durante o feriado do Ano Novo Lunar, a maior migração anual do mundo, e que
este ano se realiza entre 21 e 27 de Janeiro.
Centenas
de milhões de trabalhadores migrantes vão retornar às suas terras natais para
passar as férias com as famílias, o que “acelerará a propagação da epidemia”,
segundo os cientistas.
De
acordo com a agência noticiosa oficial Xinhua, no total, foram realizadas 34,7
milhões de viagens no último sábado, o primeiro dia de um período de 40 dias em
que centenas de milhões de chineses regressam às respectivas terras natais para
celebrar o Ano Novo Lunar, a principal festa das famílias chinesas.
Aquele
número representa um aumento de 38,2%, em relação a 2022.
Em
meados de Dezembro, o Conselho de Estado (Executivo) pediu já aos governos
locais que dessem prioridade aos serviços de saúde nas zonas rurais “para
proteger a população”, apontando “a relativa escassez de recursos de saúde” e a
elevada mobilidade durante as férias.
A
rápida propagação do vírus em todo o país lançou dúvidas sobre os números
oficiais, que relataram apenas um punhado de mortes recentes pela doença,
apesar de localidades e províncias estimarem que uma proporção significativa
das suas populações – em alguns casos, até 90% – ter já sido infectada.
ANG/Inforpress/Lusa
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