Portugal/ Governo
apela ao empenho de Estados-membros da CPLP no instituto da língua portuguesa
Bissau,10 Jan CPLP (ANP) – O secretário de Estado da Cooperação defendeu segunda-feira “a importância” da participação de todos os Estados-membros da comunidade lusófona nos projectos do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP) para a promoção e internacionalização do Português.
Francisco
André, que falava em Lisboa na tomada de posse do novo director executivo do
IILP, João Laurentino Neves, afirmou: “Parece-nos importante reforçar a
participação de todos nos projectos e actividades do IILP e nos meios que
possibilitem essa mesma actividade”.
O
governante apontou também a participação que podem ter os países observadores
associados da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Considerando
mais uma vez a língua portuguesa como “um activo estratégico”, o secretário de
Estado sublinhou que 2023 “marca uma nova etapa para Portugal no contexto do
IILP”, porque é “a primeira vez que um nacional português assume a direção
executiva do instituto”.
E,
falando da importância do IILP para a promoção, difusão e internacionalização
da língua portuguesa, sublinhou:
“Cabe-nos
a nós [Estados-membros da CPLP] promover o robustecimento do papel do instituto
no desenho e na coordenação de projectos transversais de promoção da língua
portuguesa com o envolvimento consequente dos Estados-membros e dos
observadores associados”.
Salientou
ainda que o IILP tem um “papel fundamental no âmbito da CPLP, na gestão comum
daquele activo estratégico que é a língua”.
Da
parte de Portugal, Francisco André reafirmou “o total compromisso” no apoio ao
IILP e à “plena realização dos seus objectivos, através de uma participação que
se quer cada vez mais activa e empenhada”.
O
membro do Governo português salientou ainda a “importância de se continuar a
promover o funcionamento harmonioso entre os vários órgãos do IILP”, bem como
de se continuar a dinamizar os “contactos e trocas numa base regular entre o
director executivo do IILP e o Comité de Concertação Permanente da CPLP”, na
qual estão reunidos os nove embaixadores que em Lisboa representam os membros
da organização.
“Portugal
tem sido um apoiante constante e coerente do projecto do IILP”, o que se
concretiza “na acção dedicada da comissão nacional de Portugal, presidida pelo
Camões -Instituto da Cooperação e da Língua e integrando todas as áreas
governativas”, referiu.
Além
disso, acrescentou, o país tem estado sempre presente na mobilização de meios
para o ILP, “não só através das suas contribuições ordinárias, mas também
através de contribuições adicionais para a realização de projectos concretos”.
O
novo director executivo do IILP, João Laurentino Neves, que tomou posse segunda-feira
na sede da CPLP em Lisboa, sucedendo ao guineense Incanha Intumbo, defendeu que
“cabe ao IILP facilitar projectos que contribuam para a afirmação externa” da
língua portuguesa.
João
Neves falou de projectos transversais que podem contar com a participação não
só dos Estados-membros mas de outros parceiros da sociedade civil e
organizações.
“É
preciso é ter ideias atractivas” e que os parceiros adiram a elas, sublinhou.
Para
o novo director executivo do IILP é também importante “reforçar o diálogo com
outros grandes espaços linguísticos”, e comunidades, e, em declarações aos
jornalistas, sublinhou o papel que pode ter Macau nessa expansão internacional
da língua.
O
embaixador Oliveira Encoge, representante permanente de Angola junto da CPLP,
país que tem a presidência rotativa da organização, manifestou o empenho do seu
país em “impulsionar a actividade do IILP” e anunciou que ainda no primeiro
trimestre deste ano “a presidência angolana e o secretariado-executivo irão
visitar a sede” daquele instituto, com vista a “fortificar os laços”.
A 30
de Dezembro de 2022 fonte oficial da CPLP confirmou à Lusa que o português João
Laurentino Neves iria assumir, a partir de Janeiro, a direcção-executiva
daquele instituto.
O
IILP, tutelado pela CPLP, tem uma direção-executiva rotativa, cabendo a cada um
dos nove Estados-membros a sua nomeação por dois anos.
Aquando
do último Conselho de Ministros da CPLP, que decorreu em Luanda em Junho
passado, as autoridades portuguesas não avançaram qualquer proposta, pelo que a
nomeação de Laurentino Neves foi aprovada em Novembro, em sede do Comité de
Concertação Permanente da CPLP, a habitual reunião mensal dos embaixadores
representantes em Lisboa dos nove Estados-membros, a 3 de Novembro.
Laurentino
Neves foi também director do IPOR – Instituto Português do Oriente e já esteve
ligado ao IILP, nomeadamente entre 2003 e 2008, quando fez parte da assembleia
do conselho científico do instituto.
O
novo director executivo do IILP é licenciado em Línguas e Literaturas Modernas.
Angola,
Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São
Tomé e Príncipe e Timor-Leste são os nove estados-membros da CPLP.
ANG/Inforpress/Lusa
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