CEDEAO/Unidade de polícia nigeriana vai
ser destacada para Guiné-Bissau
Bissau, 11 Jul 23 (ANG) – A CEDEAO deu
instruções para que sejam tomadas as “medidas necessárias” para ser destacada
para a Guiné-Bissau uma unidade da polícia nigeriana, segundo o comunicado
final da conferência de chefes de Estado da organização segunda-feira
divulgado.
“A
conferência deu instruções à comissão da Comunidade Económica dos Estados da
África Ocidental (CEDEAO) para tomar as medidas necessárias para o destacamento
da Unidade de Polícia Formada [Formed Police Unit] prometida pela República da
Nigéria para a Missão de Apoio à Estabilização na Guiné-Bissau”, refere-se no
comunicado final da conferência, realizada no domingo em Bissau.
Segundo
a mesma fonte, a comissão da CEDEAO deve relocalizar o quartel-general da força
destacada em Bissau, que atualmente funciona na Força Aérea.
A
Unidade de Polícia Formada da Nigéria (FPU, sigla em inglês) é um departamento
da polícia nigeriana especializada em participação em missões de manutenção de
paz e estabelecido em 2005, mas que já existe desde 1960, quando participou na
sua primeira missão.
Aquela
unidade já participou em missões em vários países africanos, incluindo Angola e
Moçambique, e em Timor-Leste, Kosovo, Afeganistão, Haiti, entre outros.
O
presidente da Comissão da CEDEAO, o diplomata gambiano Omar Touray, anunciou no
domingo que os chefes de Estado tinham decidido prolongar a presença das
missões de estabilização na Guiné-Bissau e na Gâmbia.
Após
o golpe de Estado de 2012 na Guiné-Bissau, a CEDEAO enviou uma força de
interposição para garantir a segurança das instituições de Estado e principais
figuras políticas do país.
Após
ter sido eleito Presidente da Guiné-Bissau, em 2020, o chefe de Estado
guineense, Umaro Sissoco Embaló, mandou retirar as forças.
A
CEDEAO decidiu enviar novamente uma Missão de Estabilização e Segurança para a
Guiné-Bissau após o ataque contra o Palácio do Governo, em Bissau, enquanto
decorria um Conselho de Ministros com a presença de Umaro Sissoco Embaló, em
fevereiro de 2022.
A
missão começou a chegar ao país em maio do mesmo ano e viu agora o seu mandato
ser prolongado por mais um ano.
A
missão militar da CEDEAO na Gâmbia está estacionada naquele país desde a crise
política de 2016, quando o antigo chefe de Estado gambiano Yaya Jammeh se
recusou a deixar o poder depois de ter sido derrotado nas presidenciais pelo
atual Presidente, Adama Barrow. ANG/Lusa
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