Política/Domingos Simões Pereira condena actuação da Guarda Nacional por forjar a libertação do ministro da Economia e Finanças e secretário de Estado do Tesouro
Bissau, 03 Dez 23 (ANG) – O
cidadão e político Domingos Simões Pereira disse que não alinha com questões de
violências e violação das regras instituídas, por isso não só se distanciou,
mas sim, condenou actuação da corporação da Guarda Nacional por forjar a
libertação do ministro da Economia e Finanças e do Secretário de Estado do
Tesouro nas celas da Polícia Judiciária.
Em declarações à imprensa na
tarde de sábado, em reação aos acontecimentos do dia 30 novembro e 01 de
Dezembro, Simões Pereira disse posicionar-se como simples ciadadão e político,
tendo afirmado discordar com medidas usadas pelo Ministério Público no
processo.
“Porque qualquer instituição
como Ministério Público isento de interesse político tinha outros mecanismos
para usar e garantir que o processo não seja interrompido, por forma assegurar
que povo guineense possa saber a verdade dos factos”, salientou.
Revelou ter informações de que, a audição do
ministro da Economia e Finanças e do Secretário de Estado do Tesouro, foi concluído com uma ordem de detenção,
quando estava numa reunião com a secretária de Estado dos Combatentes da
Liberdade da Pátria com um parceiro de Costa de Marfim, para ver como desenvolver um projeto para construção de
escolas para combatentes.
“Os bilhões que estão a ser
badalados é a última parcela do pagamento feito em 2023”, afirmou, frisando que
todos os titulares dos cargos políticos beneficiaram de um tratamento especial,
pois são documentos que instruíram o processo que o Ministério Público levantou
e teve oportunidade de fazer buscas e apreensão nas instituições envolvidas.
“Então estou chocado e fiquei
com sensação que estamos perante uma tentativa de silenciar o ministro da
Economia e Finanças para que não possa tornar público o conjunto de elementos
que tem em relação ao pagamento dessa natureza”, assegurou Domingos Simões
Pereira.
Porque, segundo Simões
Pereira, durante audição do ministro da Economia e Finanças na ANP, falou dos
pagamentos dessa natureza desde de 2019, 2020, 2022 e 2023 nas vésperas das
eleições.
Adiantou que, mas também
respeitou os mesmos procedimentos, princípios e as mesmas instituições, tendo
questionado de como é possível que seja objeto de detenção e outros nem se quer
foram chamados.
Acrescentou que, nessa audição
dos Deputados ao ministro das Finanças ficou evidente que ele tinha várias informações
sobre os pagamentos e a nível da ANP disse que receberam um documento do
Ministério Público a solicitar a colaboração institucional no sentido do
parlamento não criar uma comissão de inquérito, por estar em curso um inquérito
iniciado pelo Ministério Público.
Disse que, para o efeito o
Ministério Público solicitou a comissão especializada para área económica da
ANP para acompanhar o processo, recolhendo todos os elementos necessários para
que o povo guineense seja informado.
“Durante esta semana houve
várias afirmações, repetidamente por elementos de formações políticas, na ANP
de que assim que o Presidente da República chegar, convocara reunião do
Conselho de Estado e em seguida dissolver o parlamento”, informou.
Domingos Simões Pereira
afirmou que, mas não vê nenhum quadro que permita ao chefe de Estado tomar está
decisão, tendo apelado calma ao povo, mas sobretudo que seja vigilante para que
a verdade seja dita, para este caso seja mais um que fica por esclarecer. ANG/LPG/ÂC
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