Reino Unido/Primeiro-ministro
britânico pede desculpas a familiares das vítimas da Covid-19
Bissau, 11
Dez 23 (ANG) - O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, pediu, esta
segunda-feira, desculpas aos familiares de todos as pessoas que morreram na
sequência da pandemia de Covid-19.
"Quero começar por dizer que lamento
profundamente", começou por dizer Sunak, num pedido de desculpas dirigido
a todos aqueles que "perderam quem amavam".
"Pensei muito sobre este assunto nos
últimos anos, é importante que aprendamos as lições para que possamos estar
melhor preparados no futuro", apontou.
As declarações foram feitas no âmbito do
Covid Inquiry, que começou em 2021, depois de o Reino Unido ter registado um
dos números mais elevados de mortes a nível mundial.
Também o ex-primeiro-ministro Boris Johnson
foi ouvido neste âmbito, tendo, em Junho entregado os seus cadernos e mensagem
de WhatsApp ao órgão que supervisiona a ação governativa do país.
Na altura, Johnson desafiou Sunak, que na
altura da pandemia era ministro das Finanças, a fazer o mesmo.
Quase seis meses volvidos, Sunak referiu
que trocou várias vezes de telemóvel durante a pandemia, e que as mensagens não
seguiram para esses aparelhos - para além de notar que "não é um
utilizador prolífico do WhatsApp".
Sunak foi questionado pela razão pela qual
não guardou mensagens que podiam ser importantes na investigação sobre a forma
como o governo levou a cabo a gestão da pandemia, e se nunca foi avisado de que
o devia fazer.
"Não me lembro de ninguém no meu
gabinete fazer essa observação na altura", apontou.
Uma das críticas feitas a Sunak está
relacionada com a demora em dar 'luz verde' a algumas restrições, tendo alegado
que estas prejudicariam e economia britânica.
Sunak apontou que não achava que tinha
havido um "choque" entre as aéreas da saúde pública e a economia, mas
que os ministros precisaram de considerar a "totalidade do impacto".
"Um dos argumentos consistentes que
apresentei desde o início foi o de garantir que nós, coletivamente, e o
primeiro-ministro (Boris Johnson) considerássemos a totalidade dos impactos das
decisões que estávamos a tomar", afirmou.
Sunak foi também questionado sobre se teve
oportunidade para expor as suas opiniões sobre as restrições ao então
primeiro-ministro.
"De forma geral, sempre senti que
podia", atirou, acrescentando: "Provavelmente nessa altura via o
(então) primeiro-ministro mais vezes do que via a minha mulher".
Sunak reforçou que "sentia que podia
participar" em tudo aquilo de que precisava, no âmbito do governo, por
forma a obter as evidências para que Johnson tomasse decisões.
Na 'mira' também está um projeto que ficou
conhecido como 'Coma fora para ajudar' (Eat Out to Help Out), que incentivar as
pessoas a comer fora. Em 2020, este projeto poderá ter ajudado à propagação do
vírus.
Segundo as publicações britânicas, alguns
conselheiros do governo ter-se-ão referido a Sunak como Dr. Death (Dr. Morte),
devido aos esforços do agora primeiro-ministro em manter a atividade económica.
ANG/Angop
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