Senegal/ Karim Wade confirma regresso depois de sete anos de
exílio
Bissau,03 Jan 24(ANG) - Pela
primeira vez em sete anos, Karim Wade falou perante as câmeras. O candidato à
presidência do Senegal, exilado no Catar, formulou os seus votos do ano novo,
aproveitando para lançar a pré-campanha, que começa oficialmente em 5 de
janeiro.
Após o pai, Abdoulaye Wade,
ter perdido o poder em 2012, Karim Wade foi acusado de desvio de fundos
públicos, corrupção e enriquecimento ilícito. Colocado sob custódia em 2013,
foi condenado em 2015 a uma pena de 6 anos de prisão efectiva e uma multa de
138 biliões de FCFA (210 milhões de euros) por enriquecimento ilícito, antes de
ser indultado em 2016 pelo presidente en exercicio, Macky Sall.
Uma condenação à qual Wade
faz referência no seu discurso, indicando ter sido forçado a deixar terra natal
e declarando que "esse exílio forçado após um julgamento arbitrário
seguido de três longos anos de prisão me impediu de ir rezar nos túmulos dos
meus entes queridos."
Outra figura da oposição
Ousmane Sonko, outro candidato à presidência atualmente detido no Senegal,
também enviou a candidatura. O opositor cumpre actualmente pena de 2 anos de
prisão por "incitação à insurreição".
Segundo o jornal Le Soleil,
o Conselho Constitucional recebeu 93 candidaturas e tornará pública a lista de
candidatos até 20 de janeiro.
Caros compatriotas, neste
momento em que o meu exílio está a chegar ao fim, olho para o futuro com
esperança. O ano 2024 é um ano crucial para o Senegal. Estamos entre dois
caminhos: continuaremos no caminho da divisão, do ódio e da renúncia, ou
escolheremos a unidade, a reconciliação e a ambição para enfrentarmos juntos os
grandes desafios que temos pela frente?ANG/ rfi.fr/pt/
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