Agricultura/”A 1ª Semana de Manga vai permitir que os atores do sector compreendam melhor os desafios da fileira”, diz Rui Duarte Barros
Bissau, 03 Jul 24
(ANG) - O Primeiro-ministro(PM) disse hoje
que a realização da Pimeira Semana de Manga no país irá permitir os atores do
setor estarem melhor preparados para compreender os desafios relacionados com a cadeia de valor da manga e
apontar caminhos para o seu desenvolvimento integrado que permita ganhos para a população.
Rui Duarte Barros presidia a abertura da 1ª Semana da Manga na Guiné-Bissau que decorre sob o lema, "Potenciais Desafios para o Desnvolvimento da Cadeia de valor de Referência na Guiné-Bissau" , de 03 à 05 do corrente, em Bissau.
O evento visa debater
e encontrar soluções que promovam a produção, transformação da manga e outras
cadeias de valor estratégicas, e conta com o financiamento da União Europeia.
Para o PM trata-se de
um evento que se reveste de capital importância pelo simbolismo que aporta para
desenvolvimento industrial no país, em particular, da cadeia de valor com
elevado potencial económico como é o caso da
manga.
Disse que, a
Guiné-Bissau é desde sempre um territótio agrícola por excelência, a realidade
que encerra inúmeras oportunidades e potencialidades que podem e devem ser
explorados, numa perspetiva integrada, com particular incedência nas chamadas
cadeia de valor agrícola de referência.
"O fundador de
nacionalidade guineense e caboverdiana, Amílcar Lopes Cabral num dos seus
artigos técnicos, afirma que o povo da Guiné-Bissau são agricultores e que
dessa realidade víve a Guiné-Bissau, dos trabalhos de aqueles que secular e
socialmente anónimos com a base de tradição e no conhecimento empírico do meio,
cultivam a terra, pelo que são elementos essenciais da económia do país",
disse.
O chefe do Governo sublinhou
que as cadeias de valores agropecuários de referência, das quais incluem a castanha
de caju, o arroz, a manga e também as pescas, foram e continuam a ser o pilar
da economia guineense, com impato determinante na geração de postos de
trabalho, no crescimento da economia, no equilibrio de balança de pagamentos de
centenas de famílias despersas no meio rural.
Referiu que a Guiné-Bissau produz anualmente cerca de 65
mil toneladas de mangas, sendo que perde 70 por cento por razôes diversas: praga de mosca de fruta, ausência de uma infraestrutura de frio de
suporte deceminada ou pela necessidade de promover uma larga escala de práticas
de agregação de valor de manga e derivadas.
Essas dificuldades,
diz Rui Barros, associadas à outros desafios
estruturais, têm vindo a continuar a condicionar o desenvolvimento desta cadeia
de valor agrícola chave para Guiné-Bissau.
O Primeiro-ministro disse
que a manga constitui uma alternativa viável à cadeia de valor de castanha de
caju e pode representar um complemento de rendimento significativo de
agricultores e outros agentes dessa cadeia de valor.
Rui Duarte Barros se
congratulou com a organização da 1ª
Semana de Manga na Guiné-Bissau e diz que
sobressai como um fórum de discussão, identificação, análise e listagem
de propostas de soluções para vários desafios
relacionados ao desenvolvimento da cadeia de valor da manga no país.
Por seu turno, o
Chefe de Gabinete de ministro de Comércio e da Indústria Mamadjam Djaló salientou
que a cadeia da manga sobressai como uma importante fileira que encerra um
conjunto de oportunidades para os agricultores guineenses, atendendo a sua
importância crescente no mercado internacional.
Disse que, em termos de volume da produção, a manga
foi classificada em 2018, como a variedade da fruta tropical predominante no
mundo, sendo responsável por mais de metade da produção rural das principais
frutas tropicais no mesmo ano, e que em 2019 continuou a ser uma das principais
frutas tropicais, sendo uma das três mais comercializadas excluindo as bananas.
“A Guiné-Bissau tem
uma produção significativa de manga, essencialmente cultivada sem intervenção
humana, dispondo de mais de uma dezena de variedades, incluindo as
comercialmente apelativas dentro e fora do país.
Mamadjam Djaló
defendeu que o Governo, o setor privado
e as organizações internacionais devem
trabalhar para superar os desafios
existentes, nomeadamente a falta de infraestruturas, o acesso limitado ao
financiamento e a capacitação técnica.
Durante três dias
serão discutidos a economia circular e cadeias de valor agroalimentares na
Guiné-Bissau: “potencialidades e desafios”, a “praga da mosca de fruta e o
desafio para aumento da produção primária da manga na Guiné-Bissau” entre
outros. ANG/MI/ÂC//SG
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